Sim, sou mulher, solteira e na casa dos 30. E nunca, nunca sonhei ou desejei casar. Ok? Agora vamos à cena do filme que me fez subitamente perceber que já era uma Bridget Jones involuntária.
Trata-se da pavorosa cena do jantar à mesa. Bridget, a única solteira, acaba bombardeada com perguntas e observações verdadeiramente arrogantes por parte dos restantes presentes. E não é que os casais se comportam mesmo assim? O que se passa com as pessoas, com a sua identidade como indivíduos, que precisam de se agrupar, juntar-se a uma matilha e destilar veneno?
Sem dúvida, existe arrogância na identidade do ser “casal”. Casais só gostam de conviver com outros casais, descartando-se dos amigos solteiros. Mesmo que estes os tenham apoiado muito na vida, mesmo que tenham lá estado nos momentos mais difíceis. Se o indivíduo passa a pertencer à identidade “casal”, cresce-lhe uma arrogância, uma convicção de superioridade, que para cúmulo, o faz olhar de cima para baixo para o amigo solteiro.
Amigos solteiros são bons e lembrados, quando deles precisam. Quando uma babysitter faz falta e mais ninguém tem a vida tão “despreocupada”. O amigo solteiro serve para fazer pequenos favores chatos, que seriam um estorvo na vida de casal. Mas já não é convidado para as festas, passeios ou reuniões de convívio.
E depois, numa mesa de jantar, saem-se com atitudes de superioridade.
Isto leva-me a abordar o tópico do amor. Dizem uns que o amor é ter alguém a quem amar. Para mim este mistério está há muito solucionado. Querer viver um amor não é nada mais que um desejo de raiz egoísta. Não se quer dar. Quer-se receber.
Então, este sentimento que tanto glorificamos, nas relações um-mais-um, não passa de uma atitude egoísta. Amar, na verdadeira essência, é gostar de todas as pessoas com que nos cruzamos na vida. Respeitá-las a todas, gostar de conhecer novas. Amar é, acima de tudo, não querer que isso seja exclusivo.
Depois vêm aquelas pessoas que não são nada quando não são um casal. As “cabras” e “cabrões”, desculpem o termo. Homens e mulheres amargos, azedos, ríspidos no trato, e tudo porque não estão de momento a viver a sua identidade como casal. É egoísmo. Estas pessoas tendem a “amaciar” o comportamento apenas quando o estatuto muda de “livre” para “ocupado”. E ás tantas, tal é a ânsia de nunca ficar “livre”, que qualquer coisa serve. A necessidade de validação, de satisfação egoísta do querer alguém que o valide a si em deferimento aos outros, faz estas pessoas andarem pela vida a “picar o bilhete”. Acaba que nem chegam a conhecer um sentimento verdadeiro para viver a união.
E quem diz que a vida em casal é tão bonita quanto gostam de pintar? A maioria vive de aparências. Mesmo os que avançam nessa direcção o sabem. Mas, por algum motivo, por entre todo este processo, existe uma transformação. Os indivíduos sentem que subiram de “escalão”, são mais “crescidinhos”, têm mais valor ou algo assim. Ou então guardam as frustrações pessoais resultantes da relação monógama e quando vêm um solteiro pensam: Há! Aqui está um que não faz parte da matilha! Vou-te morder!
Inveja?
E eu nem sequer sou de ir ver ao cinema filmes como o de Bridget Jones. Foram precisos anos de repetição na televisão para, então já na casa dos trinta, perceber que já tinha experimentado o meu momento Bridget Jones. E mais virão…
Que se lixem os casais!
Trata-se da pavorosa cena do jantar à mesa. Bridget, a única solteira, acaba bombardeada com perguntas e observações verdadeiramente arrogantes por parte dos restantes presentes. E não é que os casais se comportam mesmo assim? O que se passa com as pessoas, com a sua identidade como indivíduos, que precisam de se agrupar, juntar-se a uma matilha e destilar veneno?
Sem dúvida, existe arrogância na identidade do ser “casal”. Casais só gostam de conviver com outros casais, descartando-se dos amigos solteiros. Mesmo que estes os tenham apoiado muito na vida, mesmo que tenham lá estado nos momentos mais difíceis. Se o indivíduo passa a pertencer à identidade “casal”, cresce-lhe uma arrogância, uma convicção de superioridade, que para cúmulo, o faz olhar de cima para baixo para o amigo solteiro.
Amigos solteiros são bons e lembrados, quando deles precisam. Quando uma babysitter faz falta e mais ninguém tem a vida tão “despreocupada”. O amigo solteiro serve para fazer pequenos favores chatos, que seriam um estorvo na vida de casal. Mas já não é convidado para as festas, passeios ou reuniões de convívio.
E depois, numa mesa de jantar, saem-se com atitudes de superioridade.
Isto leva-me a abordar o tópico do amor. Dizem uns que o amor é ter alguém a quem amar. Para mim este mistério está há muito solucionado. Querer viver um amor não é nada mais que um desejo de raiz egoísta. Não se quer dar. Quer-se receber.
Então, este sentimento que tanto glorificamos, nas relações um-mais-um, não passa de uma atitude egoísta. Amar, na verdadeira essência, é gostar de todas as pessoas com que nos cruzamos na vida. Respeitá-las a todas, gostar de conhecer novas. Amar é, acima de tudo, não querer que isso seja exclusivo.
Depois vêm aquelas pessoas que não são nada quando não são um casal. As “cabras” e “cabrões”, desculpem o termo. Homens e mulheres amargos, azedos, ríspidos no trato, e tudo porque não estão de momento a viver a sua identidade como casal. É egoísmo. Estas pessoas tendem a “amaciar” o comportamento apenas quando o estatuto muda de “livre” para “ocupado”. E ás tantas, tal é a ânsia de nunca ficar “livre”, que qualquer coisa serve. A necessidade de validação, de satisfação egoísta do querer alguém que o valide a si em deferimento aos outros, faz estas pessoas andarem pela vida a “picar o bilhete”. Acaba que nem chegam a conhecer um sentimento verdadeiro para viver a união.
E quem diz que a vida em casal é tão bonita quanto gostam de pintar? A maioria vive de aparências. Mesmo os que avançam nessa direcção o sabem. Mas, por algum motivo, por entre todo este processo, existe uma transformação. Os indivíduos sentem que subiram de “escalão”, são mais “crescidinhos”, têm mais valor ou algo assim. Ou então guardam as frustrações pessoais resultantes da relação monógama e quando vêm um solteiro pensam: Há! Aqui está um que não faz parte da matilha! Vou-te morder!
Inveja?
E eu nem sequer sou de ir ver ao cinema filmes como o de Bridget Jones. Foram precisos anos de repetição na televisão para, então já na casa dos trinta, perceber que já tinha experimentado o meu momento Bridget Jones. E mais virão…
Que se lixem os casais!
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