Metereologia 24 h

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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Queria ir visitar mas... caramba!

 

Tenho vontade de ir visitar o Oceanário de Lisboa. Mas cada vez que vou pesquisar o valor da entrada, percebo que NÃO VOU VISITAR O OCEANÁRIO de Lisboa. 

25€ por pessoa?!?!?!


Caramba! Não é para qualquer bolsa não. 

Imaginem ir num grupo ou em família, o valor absurdo a ter de se pagar. Queria convidar outras pessoas a vir comigo, mas percebo que isso também não vai acontecer. São 100€ gastos de imediato, se decidir levar apenas três comigo. Isto porque me apetece voltar a ver os pinguins, as lontras, os tubarões e raias a nadar no tanque e ouvir a algazarra das aves.

A natureza providencia avistamentos semelhantes de graça. Vou continuar a ver os patos, os cisnes, as aves, os peixes lá nos lagos de Inglaterra. Noutro dia não dei 8 libras para entrar na parte do parque que tem reserva animal, porque seriam 8 em cima de seis que já tinha gasto. Mas por comparação, é uma pechincha. Têm lá aquele animal que aqui não temos: as hienas. 

Os 25€ por pessoa é só mesmo o valor do bilhete SIMPLES. Pessoas com mais de 65 anos pagam um absurdo de 17€!!! Valores que não incluí exposições temporárias. Se incluir visitas ao estuário do Tejo ou Sado para "ver" golfinhos, ronda 90€. Quatro dias no veleiro Santa Maria Madalena - 2.150 euros. Por esse valor fazem-se umas férias jeitosas num lugar qualquer. 

Não que não valha a pena. Mas para quem quer apenas visitar e se distrair um pouco, é um valor absurdo. Até porque não é como o Zoo, um espaço enorme, com muitas áreas onde a pessoa pode ficar a lazer o dia inteiro, ao ar livre ou no interior. 

Imagino que é dispendioso preservar toda a estrutura e responder às necessidades. Mas é um valor muito alto! Famílias, com crianças, fazem o sacrifício. Todos sabem o rio de dinheiro gasto quando se tem crianças. Nem sempre se gasta por necessidade. É mais por serem crianças e os adultos desejarem que elas vejam coisas maravilhosas. Sabendo disso, quem oferece atracções que reúne o interesse da pequenada sabe que pode colocar os valores altos que sacrifícios financeiros serão feitos. 

Não será desta. Fico-me a ver o Tejo. 



terça-feira, 10 de maio de 2022

Visitar o Japão

 Alguém conhece quem tenha vivido no Japão?

É um país que me atrai desde menina. Queria visitá-lo por inteiro. Quero conhecer a cultura e os costumes. Mas não entendo nada de japonês. Este tipo de país merece ser conhecido de uma forma apropriada. Não basta fazer "turismo". Talvez seja preciso viver nele por uns tempos. Ou fazer férias com alguém que viva lá e que possa te apresentar nesse curto tempo a sociedade, cultura, os hábitos, costumes e história

Não me atrai tanto o corriqueiro nas grandes cidades. Metros, comboios, filas de gente a precisar entrar... isso existe em todo o lado. Embora sinta atracção por tudo o que seja tecnologia e inovação! Quero conhecer também as aldeias, os campos a natureza. O "Sol vermelho" do Japão. Kioto, Nagazaki, Hiroshima... lugares que gostaria de visitar. 

Alguém por aí tem o privilégio de ter no seu círculo de amizades alguém a viver no Japão? 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Em Londres - Sky Garden (guia)

O Sky Garden, em Londres, era o local que queria mesmo visitar, fazia já dois anos. A entrada é grátis, mas necessita de marcação com um mês de antecedência. Cada vez que tentei marcar, estavam esgotados. Achei isso muito estranho então entrei em contacto com o local. Fui informada que, chegando antes das portas abrirem, podia entrar, por a maior afluência dar-se depois. Chamam a isso um walk-in

Imagem retirada na internet
Foi a ver esta imagem na internet que me apaixonei... quem não?

O Sky Garden fica no 35º andar do "walkie-talkie", um edifício situado na 20 Fenchurch Street. Funciona como um ponto panorâmico, proporciona uma vista ampla de 360º por toda a margem de Londres, de frente e costas para o rio. Faculta restaurantes e bar. Tendo uma reserva para almoço ou jantar num deles, não é necessário comprar bilhete ou fazer marcação para visitar o espaço. Ele promove-se não só por ser um ponto panorâmico, mas por facultar um jardim dentro do edifício. Eu, «doida» por jardins, tinha de ver.... né?

Fotografia de minha autoria
Há algo que têm de saber desde já: os ingleses podem ser desnecessariamente... complicadinhos. Por vezes, gostam  de exagerar. Por exemplo: dizem que se deve chegar pelo menos meia hora antes de entrar, mas provavelmente estão a referir-se ao período de verão, cuja afluência acredito ser brutal. 

Meia hora depois de aguardar à porta, chegou um jovem casal britânico e uma jovem rapariga estrangeira. Somente nós quatro ali estávamos no momento de abertura das portas. A inglesa até "refilou", por não perceber que tinha de ficar cá fora na fila, ao vento e à chuva. 

Fui a primeira pessoa a entrar no edifício e a chegar ao 35º andar. Subi no elevador sozinha! Quando visitarem o espaço saberão perceber como isso em si é uma raridade. O que só demonstra o quanto a entrada fora de horas é acessível e o repetido «espaço limitado a um número de visitantes» tem uma interpretação relativa. É verdade: o espaço enche. Mas não pela manhã.

Outra dica: a entrada não é pela frente do edifício, que tem massivas portas rotativas. Mas pelas traseiras. Numa das laterais, onde encontram o logotipo do Sky Garden.  Tal como no aeroporto, tem de se despir o casaco, colocar os pertences num tabuleiro e passamos pelo raio-X. Com marcação está claramente escrito que, para entrar, a pessoa tem de transportar consigo um documento de identificação válido. Fui com o passaporte em riste e não quiseram saber do documento para nada, ignoraram-no por completo.

Voltando ao interior... 
Estava num jardim... aproveitei, claro, para colocar a leitura em dia.



O interior é um espaço agradável, com sofás, mesas, cadeiras, mas toda a atenção é puxada para fora, para a paisagem exterior. É inevitável:  as "paredes" são na realidade altas janelas panorâmicas: o olhar escapa sempre para fora. 

A minha ideia era ir para o terraço, mas para quem chega nas primeiras horas do dia, deve saber que este é mantido fechado. Mesmo com a tempestade Dennis no ativo, às 11h abriram-no e as pessoas puderam usufruir da vista do lado de fora.


Parece um cartão postal

A minha fotografia favorita: um senhor idoso a fotografar o Shard


Um pormenor que não escapou à minha atenção é o quanto o espaço é vigiado por CCTV.
Aqui vêm-se um número bem elevado de cameras, sendo que a primeira fica numa grua rotativa.


E pronto: aqui fica o testemunho da portuguesinha no Sky Garden
Espero que vos tenha despertado a vontade de o visitar.



quinta-feira, 18 de maio de 2017

Viagem a Londres


1) - FUI A LONDRES.

Já conhecia a cidade, talvez por isso não senti qualquer deslumbramento. Para dizer a verdade, na primeira vez que lá pisei, também não senti qualquer deslumbre. Recordo que o meu primeiro pensamento foi: «É tal e qual Lisboa». 

Londres é tal e qual qualquer outra cidade capital de um país: muita gente, muita confusão, muitos transportes. O normal de qualquer cidade «grande». O que a distingue é o tempo - sempre de chuva e nublado, com aquele cinza típico. Basta andar uns quilómetros para a periferia e o tempo melhora consideravelmente. Portanto, o que Londres tem de «melhor» e único, é o tempo invernoso


Tem aquela chuvinha miúda, que dispensa que se abra o guarda-chuva e tem aquele vento forte, que parece que te entra nos ossos. Tem oscilação de temperaturas, conforme se entra no tube (metro) ou no interior das casas, como cafés, restaurantes, lojas, museus. Ora se tem imenso calor e se transpira desconfortavelmente, ora se é acomedido de uma súbita rajada de vento polar. 

O MAIS POSITIVO de ter ido a Londres foi ter interagido com os motoristas de autocarro. Tudo gente para lá de simpática e prestativa. Sinceramente, quando precisei largar o tube por o bilhete ficar tão caro quanto um de regresso de comboio, optei pelo do autocarro (opção pouco ou mesmo nada divulgada aos turistas, por sinal). E aí descobri uma simpatia e prestatividade digna de reconhecimento. 


Londres tem outro aspecto positivo: ninguém se perde naquela cidade. Os transportes são frequentes e complementam-se uns aos outros. Qualquer rua tem transportes para alcançar qualquer conhecido lugar. Com setas e indicações claras, consegue-se andar facilmente pela cidade seguindo o mapa do tube ou os nomes das paragens de autocarro. 

Para viver por ali, escolheria a periferia. Porque a qualidade de vida sobe substancialmente e qualquer transporte depressa te leva ao centro ou te afasta do mesmo. Hora e meia - ás vezes o tempo que em Lisboa se perde na fila do trânsito - ali dá para andar quilómetros em transportes. Anda-se muito em Londres - a pé e de transportes - mas também se anda por muitos lugares. 

Voltaria, claro, à cidade. Para conhecer mais lugares, ver o que ainda não vi, como por exemplo os imensos parques que a cidade tem, e para rever. Fui a Picadilly Circus por necessidade mas também para rever a área londrina onde, em tempos idos, fiquei hospedada por uma semana. A praça principal estava quase irreconhecível. Pela fotos que lhe dão fama, não estava a reconhecê-la. Toda a amplitude que se sente ao olhar imagens como a que publico aqui, é inexistente in loco. 

Picadilly Circus - notória praça devido aos logos luminosos
na fachada arredondada de um prédio de esquina
A prejudicar tudo o ex-libris do lugar - refiro-me à fachada de esquina arredondada com monitores de luz - estava cercado de andaimes e tapada por panos de publicidade. Isso descaracterizou totalmente o lugar, tirou-lhe a identidade e misticismo. Uma praça na realidade claustofóbica, pequena, com ruas a seguir em todas as direcções. Mas não me perdi. Fui direta ao lugar que pretendia, mesmo não sabendo ao certo se estava a caminhar na direcção correta. É a beleza de Londres. Ninguém se perde por lá. 


Passei duas vezes sobre o rio Thames - de uma água lamacenta, castanha, que te faz desviar o olhar ao invés de querer procurar aquelas águas. Nada a ver com a magia do Tejo. O Tejo atrai, o Thames repudia. Mais um pouco e seria o rio Ganges, onde cadáveres a boiar ajudam à sensação de repúdio. Se bem que, nunca lá tendo ido (Índia) vou supor que, pelo que sei, até o Gandes consegue ser mais apelativo que o Thames Londrino. O rio passa quase despercebido, circulando calmamente e apagado entre construções feias e modernas de betão e vidraças. O rio não interage com a cidade e o povo - excepção para os cruzeiros turísticos que por lá se fazem. Pelo menos assim me pareceu.

Ao todo, por uma estada e pelas despesas de transporte, devo ter gasto (para duas pessoas) uma soma em torno de 250 libras. Mas não se assustem! Se ficarem mais tempo na cidade, economizam no transportes (mas não na estada). Se escolherem Hosteis para dormir, podem gastar até somente 20 libras por noite (não esperem é muito: contem com maus cheiros, falta de água quente, sensação de pouca higiene, ruído noturno e falta de privacidade- tudo é possível). Se só forem a atracções turísticas gratuitas (como acabou por ser o meu caso) não gastam muito mais. Mas se pretenderem ter um pouco de tudo isso, sim, Londres sai cara e come-se mal :)