sexta-feira, 15 de julho de 2016

Era o que eu mais receava que acontecesse após o mundial de futebol...


Hoje despertei para ficar chocada e solitária para com os nossos irmãos franceses. Ainda ontem, por brincadeira e por causa de um jogo de futebol, eles viraram os nossos adversários. Hoje, infelizmente, voltamos a estreitar os laços que nos unem, por causa de uma tragédia.

Um camião avançou sobre uma multidão numa rua de Nice, durante a noite das celebrações do feriado nacional a 14 de Julho. O veículo pesado percorreu 2 Km sem ser imobilizado, usando como asfalto os corpos de inocentes que apanhou pelo caminho. Nenhum peso de consciência assolou o motorista. Resultado: A frança vai ter de enterrar cerca de 90 cadáveres por estes dias.

Como é isto possível??

Onde estava a segurança das celebrações, o que tinham planeado, como não foi possível parar o veículo antes de mais mortes acontecerem? Que catástrofe triste, verdadeiro motivo para chorar e sentir pesar. 

Era o que eu mais receava depois do mundial de futebol... Uma desgraça, um acto de terrorismo. 


E agora, nós, portugueses, esquecemos as coisas do futebol e voltamos a sentir pesar pelas perdas injustas de frança. Dois povos fortes e resistentes, unidos contra actos de terrorismo, crueldade e assassinato em massa. Que jamais triunfarão. Voltamos a estar solidários com os franceses. Juntos pela paz.



2 comentários:

  1. Fico mentalmente comprometido com esta coisa de agirmos conforme o vento.
    Ontem inimigos, hoje solidários.
    Percebo a ideia. Afinal, o futebol não pode ser subalternizado pelo terrorismo. Mas é, por motivos óbvios.
    Quanto a isto, não teria sido preferível colocar o futebol no nível a que pertence? Ou seja, a coisa mais importante entre as coisas que não têm importância nenhuma.

    Ainda assim, o que é isto comparado com o terrorismo? Nada, rigorosamente nada. A recordar aqueles arrufos de namorados que uma hora depois se traduzem em carícias e afins.

    Os terroristas são assim mesmo, criados para espalhar o terror, nascidos para matar. Mas serão apenas os homens do terror no terreno os culpados? Não, são também e principalmente, os que de uma maneira ou de outra, incentivaram, apoiaram, financiaram toda esta gente que agora cumpre a finalidade para que foi criada.

    Estamos na presença de um 'fenómeno' com tendência para continuar, para fazer mais e pior, em qualquer parte do mundo.
    E vão conseguindo porque ninguém se preocupa verdadeiramente com o problema.

    Como se costuma dizer, 'quem torto nasce tarde ou nunca de endireita'

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    1. Já havia manifestado aqui noutro post a sua indignação com estas atitudes que vêm mais à tona por causa do futebol. Fiz o post assim exatamente por isso. Não gosto de conversas de ódios e ainda existia uma réstia disso por causa das críticas francesas (talvez aumentadas à lupa) à seleção nacional. Nunca é demais clamar algumas palavras que relembrem o que é importante - mesmo em momentos de euforia futebolística.

      Os culpados? São sempre os autores da coisa. Mas esmiuçando bem, por vezes existem ramificações que atingem os inocentes. Às vezes, até nós mesmos.

      E bastam uma troca de palavras (como algumas proferidas durante o mundial), para gerar uma bola de neve que pode deixar ressentimento ou dar mau resultado.

      Ainda não se sabe (que eu saiba) as motivações do homem. Se foi algo fruto de um sentimento pessoal, envolvendo, partilhado, quem sabe, com as pessoas perto de si, se foi algo mais amplo, como um esquema montado à distância pelo cancro terrorista em si.

      Fico sempre um pouco espantada como um indivíduo aparentemente normal e inserido na sociedade (pela foto, que não diz muito) faz uma coisa destas.

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