terça-feira, 30 de junho de 2020

De fazer inveja ao sports Billy

Esta referencia deve passar ao lado de muitos. Mas se foste uma crianca na decada de 80, vais saber que o Sport Billy era um desenho animado em que um rapaz (Billy) conseguia tirar tudo o que precisava no momento de uma aflicao, de dentro da mala desportiva que transportava sempre consigo.

Pois o que tiro da minha cintura ia impressionar até o Sport Billy.


Sem bolsos em lado algum, sem malas, enfio na cintura o telemovel, as chaves de casa, talheres, guardanapos, canetas. Subitamente achei piada a isto. Ia ao WC no trabalho e, para nao tocar em nada, retiro debaixo da camisola um pedaco de papel que uso para puxar o manipulo.

Consigo tirar tudo da cintura: ate embalagens de creme. Parece que descobri um super poder Ahahah.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

As repercucoes um mentira


Estava aqui a pensar nas repercucoes de uma mentira. Quando for a preencher um novo contracto de trabalho ou de arrendamento, sou obrigada a providenciar o contacto do anterior senhorio para este dar referencias.

Ora, estando eu a precisar sair desta casa exatamente por ter sido vitima de character bashing (difamacao de caracter) crime ao qual, para minha surpresa, o senhorio aderiu com gosto, como posso prevenir-me de continuar a ser prejudicada no futuro se é esta gente que vao consultar?

As repercucoes de uma mentira podem arrastar-se por anos e anos, sempre a causar os seus danos. A mentira que me prejudicou nesta casa pode muito bem ter começado com a infantilidade vil com que me deparei na outra.  A palavra viaja rapido de boca em boca, especialmente se for mentira e  intencao é deixar a outra pessoa mal vista. Se a pre-disposicao do individuo ja for para nao gostar se ti, a mentira pega como um fosforo aceso em palha seca.  Eu nunca abri a boca para tentar apagar a chama da difamacao. Sinto e vejo a coisa a alastrar, a ganhar proporcoes maiores, fico triste e chocada, mas continuo na minha, sabendo que nada de mal fiz. Esta postura de "a verdade vai prevalecer" nao faz nada pela minha paz de espírito. Só aqui e pouco mais se soube pelo que venho a passar.

O que fazer, o que fazer... ???

Passar a ser mais agressiva e pagar na mesma moeda.


É uma licao que ja devia ter aprendido. Talvez por isso o destino faz-me sempre passar pelo mesmo.

domingo, 28 de junho de 2020

Vou ser mázinha (aglomerado de posts por fazer)

Decerto que tambem vos acontece. Têm ideias para posts mas depois deixam passar a oportunidade e ja nao os publicam.

Pois eu estava aqui a limpar espaco no telemovel, quando me deparei com alguns. E decidi fazer um "tudo em um".

Querem descobrir que genero de posts ficam empatados no "Aqui se grita"? Estes:

Encalhado 1:
(21 de Abril 2020)



No pico do medo do Covid e a meio do lockdown vi-me sem maneira de ultrapassar estas duas mulheres quando passava por um estreito atalho a caminho do emprego.

Por isso nao tive como nao olhar para o que balanceava à minha frente. Falo do bum-bum cinza.



A primeira coisa que pensei foi que quem exibe um bum-bum destes dentro das calcas justas e de cintura apertada como esta jovem, esta a querer chamar as atencoes. É provavel que seja boa miuda mas insegura, por apostar no fisico para estabelecer relacoes.  (É um pouco triste que alguem sinta que para ser interessante aos outros é pela sexualidade que tem de enveredar, porque geralmente isso conduz  a colecao de uma sequencia de relacoes falhadas).


Ao lado deste bum-bum que desviava as atencoes de todas as direcoes caminhava outro bum-bum. Um bum-bum normal, que decidiu vestir-se casualmente e ir as compras com outro bum-bum cuja dona tinha cabelo longo e apanhado, fazendo com que a ponta no final das costas evidenciase ainda mais o enorme bum-bum balanceante, que ja de si e chamativo que baste.

Tambem me ocorreu pensar que  o que e bonito e para se mostrar, enquanto se o tem. E que a jovem é corajosa  optou por sair a rua praticamente de rabo "sem muito para esconder" sabendo muito bem que todos vao olhar mas nao quer saber do que pensam os outros. É assim que gosta de se  vestir e o facto disso despertar a libido masculina nao ter de a condicionar. Idealisticamente falando, Ela estava a reclamar para si o direito de se vestir como quiser na qualidade de mulher, aparecer nua se lhe apetecesse, sem ser o objecficada.


Por reflectir nesta serie de baboseiras num microsegundo em que vislumbro algo a que geralmente nem presto atencao, tentei capturar o momento, mas sem comprometer a identidade das pessoas. Fiz isso para saber a vossa opiniao. Portanto, comentem. O que acham?

Encalhado 2:
A moda para avozinhas (em catalogos)

Folheava uma revista de venda de roupa por catalogo quando percebo o quanto achava as peças datadas. Podia todas vir numa das La Redoute que folheei nos anos 80/90. Nenhuma era fenomenal, nada era extraordinario: nem pela estampa, nem pelo material, nem pelo design.

Coisas vistas vezes e vezes sem conta. Muita falta de criatividade. A precos pouco reduzidos. Tirando os pentados, nada denunciaria a passagem do tempo pelas roupas se vos disesse que era um catalogo vintage, certo?


Estas escolhi pela falta de imaginacao e originalidade
Cores a combinar, Padroes nas mesma cores...

tenho um cansaco igual a este que e vintage, usei-o com 16 anos. 

 A unica coisa que marca a passagem do tempo sao estes embrulhos plasticos que protegem o papel das revistas e dizem que sao 100% compostaveis. Este e feito de batata. (my my, my...)


O que acham?

sábado, 27 de junho de 2020

Ajuda com o novo interface do blogger

Meus caros,
Em nenhum lugar encontro  o link sobre o novo blogger. Talvez seja por usar um telemovel e nao jm computador?

Voces que devem entender mais disto, por favor expliquem-me. Deixo aqui os pics onde podem ver o menu disponivel.

È que eu quero continuar como esta e quando dia 1 de Julho eles mudaram automaticamente a configuracao, quero converte-la de volta. Ou nao me vou entender com isto.

Bom fim-de-semana.
Muah!



sexta-feira, 26 de junho de 2020

Desabafo: Sentindo a mudanca de postura no ar

Nao estou de todo à vontade porque sinto que o novo rapaz italiano ja esta a evitar ficar no mesmo espaco que eu e manter uma conversa. Na sequencia da tida ha dois dias, que fluiu tao bem, a que tive agora ficou aquem. Foi rapida, mas o detalhe que me escapou ate este momento em que estou a escrever sobre isso, e que ele desviou-se dos dois assuntos que abordei. Perguntei-lhe se conseguiu relaxar neste seu dia de folga e nao pensar no trabalho, e ele respondeu que acha que vai ficar bem nos proximos meses, porque necessitam dele. O que perguntei foi sobre o que me confidenciou: que estava a pensar na quantidade de trabalho que tem de executar na segunda-feira e nem ia conseguir aproveitar os dois dias de folga. Terminou de fazer o cafe e desculpou-se, foi para o quarto bebe-lo.

Eu ja consigo sentir no ar que ele ja recebeu a mordida com o veneno contra mim. Deve estar desconfiado, achando que tudo o que lhe foi dito é verdadeiro. So porque foi dito por duas pessoas, que escolheram bem os metodos, o timing.

Ja nao o vou ver a tomar a iniciativa de me abordar para uma conversa. Vou ter de ser eu a iniciar todas. Vai comecar a procurar pelo em casca de ovo, para encaixar o que lhe foi dito quando me observar. E vai continuar a receber doses apropriadas de veneno. Mentiras que parecem verdades, porque todo o manipulador recorre à mentira suportada por mais uns tantos apoiantes, para assim lhe cunhar a autenticidade que nao tem.

Vamos ver.
Sinto-me triste. Mas nao me vai matar.
Talvez seja desta que aprenda como reagir. Estar correta, aguentar todos os golpes e nao fazer nada - o meu mantra ate agora- esta provado que nao ajuda.

Custa-me tanto abrir a boca para desabafar algo mau sobre alguem. É que trava na garganta. Nao consigo. Escrever e facil, escrevo para mim. E aqui, escrevo porque alguem me le e pode comentar.

Antes deste universo existir, mantive varios diarios. Sempre escrevi mas falar com alguem sobre o que me aflige, so consigo em conversa frontal com a propria pessoa. Mas para isto, é preciso que ela seja honesta e me aborde no momento do problema. Ninguem faz isso. Porque o problema nao deriva de um facto real, mas de uma fabricacao mental da realidade.

Apos muito suportar no que respeita a comportamentos indiretos, sou capaz de tomar a iniciativa e abordar a pessoa. Mas geralmente, ai ja e um pouco tarde para me impedir de passar por muito sofrimento.

Infelizmente a minha capacidade para suportar maus tratos em silencio é inpressionantemente elevada. Dura anos.


Tenho de mudar isso. E abrir a boca para me queixar/desabafar. O meu lado nunca é escutado e as pessoas deixam-se levar pela intriga muito facilmente. De uma maneira que eu nao me deixo levar. Nao sou muito de navegar no Mar das intrigas.

Um abraco a todos voces.




quinta-feira, 25 de junho de 2020

Tenho o parque à minha conta

De passagem naquele que o ano passado foi o parque para o qual vinha todo o dia, na pausa para o almoço.

Chegava a passo apressado, para ver se ainda conseguia um lugar num dos bancos.

Nele comecei e terminei de ler livros. Quase todos deitada num banco em particular: o que fica no final de um passadiço.

Lembram-se?


Pois regressei a este parque e tenho-o todo por minha conta. Faz 20 minutos que aqui estou e nao so nao se ve uma pessoa, como tambem nao se escuta nada alem dos sons do vento, gaivotas e ocasionais rastejantes que fazem movimentar a vegetacao.

No inverno tambem passei por este parque e achei-o morto, sem vida. E tao diferente no inverno.

Mas agora esta paz e quietude da qual usufruo, vem do facto das empresas estarem fechadas e nenhum trabalhador passar por aqui. Ninguem, nem sequer gente que se quer isolar para beber ou fumar substancias ilicitas (ainda bem). Ate para essa pratica tinham de ser os trabalhadores.

 É um parque grande e tenho-o so para mim.

Mas alguem passa por ca em alguma altura. Porque no banco onde li tantos livros, feito de traves de madeira, entre os espacos so se encontra lixo. Papeis que embrulhavam hamburgueres, sandes, embalagens, latas...


Nesta foto mal da para ver a lixarada. Com a ajuda de um pau, ja tinha tentando empurra-la para fora. Mas nao consegui, e demasiado lixo e desisti da empreitada.

Tenho o parque so para mim.
O parque inteiro!


Que sabor e marca escolher?


Estou no supermercado e tenho um dilema. Com tanto por onde escolher, não sei se vou pelo sabor a morango, chocolate, se compro gelado de marca conhecida ou marca branca.

Qual é que voces preferem?

quarta-feira, 24 de junho de 2020

O que e que eu vos disse?

O senhorio passou quase 3h na casa, na conversa com o novo inquilino italiano. As tantas penso te-lo escutar dizer ao outro: "Ela parece simpatica de inicio. Mas nao dura muito".

Era sobre mim que falavam.

EU nao disse aqui que a gorda ia usar outra pessoa para continuar a pratica de envenenar a mente dos que ca entram?

E o senhorio a prestar-se a esse papel. Marioneta sem se dar conta. Aliado agressor.

Fico plasma com.isto. ela limita-se a ficar calada a assistir ao espalhar do que ela espalhou. E impressionante o poder de manipulação que tem e como sabe usa-lo tao bem.

O senhorio nunca viveu comigo para saber se a minha simpatico dura ou nao dura. Esse comentario visperido dele é uma reproducao do dela. Sera que nao o percebe?

Com ele sempre fui a mesma. Ate me sentia grata quando ele andava por ca, porque era alguem que falava comigo. Quando percebi isso, fiquei um pouco surpresa. Nao tinha realmente entendido o quanto estava excluida nesta casa ate perceber que eu so tinha conversas com alguem quando ele aparecia.

Ofereci-lhe o que comer, quando ca andou a fazer obras e tinha fome. Dei-lhe bolo de Rei pelo natal, para levar para a esposa. Dei-lhe um presente (dei a todos) natalicio, coisa que a italiana nunca se lembrou de fazer. Ela so metia presentes literalmente dentro da meia natalicia, aos italianos. Fui super compreensiva quando cheguei das ferias e as obras no quarto nao estavam concluidas. E esperei mais do que o necessario para que ficassem. Ainda nao estao. Ele aparece quando e chamada pelos outros para preparar qualquer coisinha. Nunca esta demasiado ocupado. Comigo parece estar sempre e eu limitei-me a acreditar nele e a esperar que ficasse disponivel.

Onde e que isto demonstra falta de simpatia??? Porque sao estas as interaccoes que tive com ele.

E fiz tudo isto sem interesse algum. Apenas por pura bondade que e a minha natureza.

Nao tenho como vencer.  Os outros vao sempre olhar-me, observar as minha accoes e tentar interpretar nelas tudo o que de mal ouviram falar sobre mim.

Nunca me vao olhar como sou. Vao estar a procurar os sinais do que lhe contaram.

O outro rapaz tambem estava na sala e assim, estava incluido na conversa. EU que pretendia estar a descansar antes de ir trabalhar, estou triste e a chorar.

Nisto tudo, NUNCA que eu falei mal dos que mal falavam de mim a ninguem ca dentro. E podia. Se fosse feita do mesmo tecido vulgar e reles.

Pelo contrario: nao falo com a gorda e evito dar a entender isso aos outros. Tento nao influenciar ninguem. Calo-me quando elogiam o senhorio pela simpatia. Porque sei que ele e como ela: no inicio muito simpatico e passa a sensacao de ser alguem em que se pode confiar. Mas se ele nao gostar um tanto da pessoa, esta passa de bestial a besta.

Nem todos os inquilinos que ca viveram o tinham em tao alta consideracao assim. A primeira a mo dizer foi a Vanessa. Detestava-o. Mas tambem me detestava a mim, so nunca mo disse porque, a boa maneira italiana, na frente sao uma simpatia, pelas Costas Sao execraveis. Seguiu-se a Micaela, etc.

Nem todos iam a bola com a sua personalidade e ideias.

Mas falo eu disso? Fazendo com que aqueles que nao o conhecem o olhem com desconfianca?  Nao.

Nao esta nos meus Genes.
E e por isso que sofro tanto.



O covid está a fazer a todos um favor

Me perdoem os profissionais de saúde na primeira linha. Mas também eles estão incluídos nesta apreciação.

Tenho lido que o confinamento resultou em muitos "divórcios". Pois então: se ficar a viver junto sem poder sair muito do lado um do outro ou procurar outras companhias afastou casais, então o confinamento poupou-lhes anos de tormenta. Sim, porque provavelmente era o que ia acontecer com essas pessoas num relacionamento. Viviam juntas até o limite, a suportar coisas na esperança de que, mais para a frente, tudo se acerta, e vai que a relação esta condenada desde o inicio e o casal nao percebe, investindo anos na tentativa de "resultar".

Veio o confinamento e economizou-lhes tempo. Agora podem ir as suas vidinhas sabendo que, com aquele/a, não vai resultar.

O Corona/Covid-19 também mostrou que os prodissionais de saúde arriscam-se, porque risco fazia parte do todo quando escolheram a profissão. Medicos reformados voluntariaram-se para ajudar com os pacientes infectados.

O covid mostrou-nos, povo nao ligado à comunidade medica, o coração e intregridade destes profissionais.

Se o povo, no geral, lhes dá valor?

Acho que não, na minha modestia opinião. O covid também nos mostrou isso. O mundo da celebridade e ficção continua a exercer um maior fascínio e é o que mais facilmente conduz grande volume de pessoas a mostrar indignação que as leva a organizar manifestações ou festas.

Quando tivermos um Dr. House português, uma celebridade televisiva, então o povo sente mais a luta da classe.

Fica-se pelas palmas e vai para a praia ou sai a rua sem mascara e a não querer saber do distanciamento social.

Clao, não são todos. Muitos ficaram em casa, nao abracaram um ente querido, desinfetaram cada embalagem trazida do supermercado, lavou as maos até encarquelharem, usou máscara, luvas, etc.

Mas basta um pequeno grupo, um pequeno aglomerado de gente e o Covid espalha-se como uma fuga de petróleo no mar.

Já há lares de idosos novamente cheios de infectados. E eu, muito provavelmente, vou novamente perder o dinheiro da passagem de aviao que comprei nos saldos, para usar em Agosto. Mas se tiver de ser, será. Tudo por culpa daqueles que nao tomam cuidado. 

É que não percebem as implicações. As companhias aéreas vão ter de fechar novamente, empregos deixados em stand-by vão ter de ser eliminados, as pessoas vão ficar desempregadas. Aumenta a criminalidade, a loucura, as dividas, o Estado endivida-se e a China compra tudo.

É isso que querem, ó cab@&$ que ainda não perceberam que ser desleixado é mostrar cobardia pelo desconhecido?

Enchem-se de coragem, como eu em Fevereiro, e coloquem uma mascara no rosto. Digam aos amigos onde podem arranjar as suas. E lavem as mãos sempre e antes de tocarem no que seja.

O covid nao vai desaparecer. É uma doenca, veio para ficar. Mas temos de a tornar rara tao rara, que deixe de haver casos em qualquer pais.

Isso so é possivel com prevenção sem excepcao.



terça-feira, 23 de junho de 2020

A dádida do suicídio

Parece que o actor Pedro Lima suicidou-se. E porque? As razoes so ele as sabe.  E talvez aqueles que lhe eram muito proximos.

Os media ja avancam com um motivo: problemas economicos. A reducao de um salario de 6000 euros mensais para metade. E ainda outro:  o receio de nao ver o seu contracto renovado.

Indiretamente dizem que e uma consequencia das mudancas sociais e economicas impostas pelo Covid.

Esta realidade nao o atingiu somente a ele,  mas toda a populacao mundial. Muitos outros tambem com familias grandes e ate a ganhar menos que 6000 ao mes.

Aquilo que devia te-lo feito resistir ao acto de cometer suicidio talvez tenha sido o que o afundou. Nao se sabe ao certo. Homens e mulheres pensam de forma diferente, por vezes. Os homens tendem a sentir que fracassam e sao imprestaveis se nao cumprirem com o papel de provedor economico.

Cinco filhos. Presumo que quem chega a esse número hoje em dia, o faz por escolha. Pelo menos alguma.

Cada um dos filhos devia ter sido uma razão para se agarrar à vida.  Devia ter-se lembrado do nascimento de cada um deles e como dai a diante se tornou aquele de quem aquela nova vida ia depender, por muito e muito tempo. A responsabilidade de os sustentar, que a mais ninguem cabe senao aos pais, devia ser a força motora para adiar o suicidio hoje e esperar pelo amanha. Por mais sombrio que se aviste o futuro imediato, por mais desesperante que seja o hoje, existe um amanhã.

E eu digo isto tendo estado tanta vez, nao digo a contemplar fazer o mesmo mas... a concluir que nao existe proposito algum e nada vale a pena. Estive assim há pouco tempo. Fui até o mar, para ver se ajudava a relativizar... naquele dia nada ajudou. Nem o oceano.

Mas o travesseiro me daria o dia de amanhã. E sabem que mais? Depois da tormenta(s) existe uma calmaria. É ai que se deve tomar folego e encontrar formas de nos fortalecer porque mais tormentas virão. É a propria definicao da vida.

E nao, esta nao e como nos filmes.

Mas sabem o que é preciso dizer sobre o suicídio? É preciso falar sobre a dádiva que um suicida deixa para a familia e amigos.

A Dávida que um suicida deixa para um filho é o receio deste vir a fazer o mesmo.


Se antes um filho nao pensava nesta eventualidade, vai passar a pensar. Vai passar a dominar o pensamento com frequencia. Começa-se a temer o futuro, a temer a vida adulta e os desafios pela frente. Será que os vao aguentar ou vao ser fracos e optar pela mesma accao do pai?

Esta eventualidade passa a ser uma sombra... uma espada em cima da cabeça.

Digamos que é uma forte mensagem, o ultimo gesto em vida de um pai. Um filho dificilmente fica a pensar: "oh, o ultimo acto do meu pai foi pedir a outras pessoas que cuidassem de mim. Ele gostava mesmo muito de mim e dos meus irmãos".

Nao. Os filhos, principalmente se forem crianças, vão é ficar a pensar que o pai não gostava deles o suficiente e escolheu abandoná-los.

A restante família vai ter um trabalhão para remover esta ultima impressão e para fazer os filhos acreditarem no muito amor do pai por eles.

O ultimo acto do pai nao foi a mensagem, foi o mergulho para a morte. Incutindo a outros a responsabilidade de serem estes a olhar pelo bem estar dos seus proprios filhos. Qual a probabilidade destes interpretarem o sucedido da primeira forma escrita em cima?

No meu entender, vao sentir que o pai os abandonou. Nao gostava deles o suficiente para com eles ficar.

O que estes vão receber de legado? O pai nao vai estar presente para os ver casar, para os abraçar, para dar umas palavras de conforto.  Nunca mais. Eliminou-se para sempre das suas vidas, torturando-os ainda por cima, com a sua presenca apenas numa novela na TV.

Vai ser preciso acompanhamento psicologico para os cinco filhos, a companheira, a ex esposa, a avó de 91 anos!!


Os amigos tambem vao ficar a pensar "o que é que eu podia ter feito para o resultado nao ser este?". Vao recriminar-se por um telefonema nao dado, por um convite para uma conversa que foi andiado...

O legado  de um suicida é sofrimento para os que o amavam.

Porquê ele o fez, ninguém sabe. Talvez nao se prenda com nada do que foi avançado. Talvez tenha sido um desgosto amoroso, tao avassalador e vergonhoso que o fez nao ver outra saida.

Talvez nunca tenha desejado o rumo que a sua vida tomou e por isso não foi forte o suficiente para lutar pelas suas escolhas: nunca teve seguro delas.

Os mais dados a teorias de conspiração ate podem avancar que se tratou de homicídio, qualquer um pode ter acedido ao telemovel do actor, enviado as mensagens e te-lo arremeçado de um lugar que todos sabiam que o ator gostava de frequentar cedinho pela manhã. Um plot muito novelesco.

O facto é que ele não está mais vivo e tudo indica que foi por decisao propria. Doença psicológica com um súbito pico? Sim, é possível.

Até sou da opinião de que a pessoa tem direito de fazer isso com a sua vida (eutanasia, por exemplo). Mas quando se tem outros, filhos pequenos em particular, que direito de o fazer te assiste?  Já nao es so tu. Um pedaco de ti gerou mais vidas. A tua vida ja nao é  só tua para ser tirada. Ela pertence também aos filhos. Eu não tenho filhos, é um dos motivos que, por vezes,  me deprime. Este futuro solitário, sem abracos ou beijos. Sem a palavra "mãe" ou "avó" alguma vez me virem a ser pronuciadas.

Cada qual tem uma cruz pesada para carregar. E se nas dão, é porque querem que a carreguemos. Ao menos espero que haja uma aprendizagem em cada solavanco que fui recebendo. Juro: estive bem perto do fim da corda há poucas semanas.

E não me julgo imune de cometer este acto. Sei que ninguém é melhor que ninguém.

Em pequena, num momento de tristeza profunda e sensação de que nada vai dar certo, percebi que algo conspira para nos derrubar. Isso me fez tomar uma posição: "nunca iam conseguir" fazer com que tirasse a minha propria vida. Acontecesse o que acontecesse, isso tornou-se a única coisa que nunca ia fazer, mais que não fosse por teimosia.

Por pior que as coisas ficassem, essa vitória não ia dar ao tinhoso.

Acho até que é por isso que tanta vez sou posta em prova. Há semanas, como sabem, estive bastante deprimida.  (senti-me arrasada com as mentiras criadas para me tirarem da casa, as difamações absurdas, a falsidade dos que me rodeiam e a vontade do senhorio em alinhar no esquema. É muita decepção, que eu não fiz por merecer. Isto,  aliado ao desgosto amoroso cujo amor ainda pulsava forte angustiando-me de desejo, o cancelamento do turno de trabalho que me fez relembrar a probabilidade elevada de deixar de receber turnos, o fracasso na busca de um novo lugar para morar, a solidão, a necessidade de uma palavra amiga (obrigada pelas vossas)). 


Pensei em fazer o meu testamento. Não foi a primeira vez.  Mas desta última, levei o impeto mesmo a serio. Encontrei um site a explicar o processo.

Ainda é algo que acho que convém fazer, por uma questão prática. Pelo que percebi quando a minha avó faleceu, a tua ultima vontade pode muito bem não ser levada em conta. Por isso deixar instrucoes do que fazer em caso de morte, parece-me sensato. Só isso. Afinal, porquê pensamos que só os ricos, com propriedades, é que tem de fazer testamento?

Se o ator tivesse seguro de vida, e temesse realmente nao ter dinheiro para viver, e achasse que todos iam lucrar financeiramente com a sua morte... mas nao conheco nenhum seguro de vida que englobe um suicidio. Ou se calhar até os há. Desconheço.

Também me passa pela cabeça a minha tia... que há três anos, por diferença de dias, perdeu o filho e dois netos no famoso incêndio em Pedrógão grande.

Como pode alguém suicidar-se quando outros perdem a vida de uma forma tão sem sentido e violenta?

Eles não pediram para morrer. Não foi uma escolha. Podiam e deviam cá estar hoje. A envelhecer, a fazer aniversários.

Pedro Lima deixou um aniversário semelhante aquele que os meus tios e restante família têm de atravessar: o aniversario da tragedia.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Ruptura- a curta

Depois de ter visitado D. Redonda e ter lido um post sobre um filme extraterrestre, apeteceu-me ver algo do genero.

Calhei ir parar à rtp2 onde estava a passar um filme portugues legendado em ingles. Aquilo prendeu-me, nao por essa razao mas porque o texto, os dialogos, a entrega e a interpretacao- assim como a direcao, para ser sincera, estavam todas a atrair.


É raro sentir autenticidade em todos estes pontos.

Quando sintonizei, a cena passava-se na bancada de pedra de um campo de futebol abandonado (aqui foi onde senti um pouco a perda de credibilidade) e a conversa entre dois rapazes verosimelmente mostrava um bandido a tentar manter outro dentro da "cena" porque, por experiencia, sabe que nao ha chances para eles no mercado de trabalho e na vida "honesta".


Este filme, acabou por ser uma curta, de nome Ruptura e foi realizado dentro de um projecto escolar de final de licenciatura. (Quando a criatividade esta no auge).  Mas isso nao o faz menor. E uma curta bastante premiada.

A unica coisa que estranhei ligeiramente foram os cenarios. Embora muito bem enquadrados na historia e a servir bem a narrativa, fiquei com a impressao de que o apartamento daquele tipo de familia em dificuldades, de pai que aplica violencia domestica e em que todos estao no limite emocional e falta dinheiro para por comida na mesa era demasiado bom.

No final, chorei. Mesmo no finalzinho.
E por algo tao simples, mas tao silenciosamente bem feito.

Vejam a curta.

domingo, 21 de junho de 2020

Nao lembrar a idade


Sabem uma coisa?
Esqueci a minha idade.

De verdade.
Nao consigo lembrar com exactidao. Sei que tenho esta ou esta, mas ja nao sei precisar.

Falho por um ano a mais ou a menos.

Nao é a primeira vez que percebo isto.
Andei uns meses inteiros a achar que ja tinha chegado a um certo dígito e só depois da minha data de aniversário é que percebi que ia fazer o numero que já pensava ter.

Andei o tempo todo a achar-me velha e ainda não estava com a idade em que me já julgava como tal.

Tudo isto relativiza a importância que se dá a isso. é exagerada, no meu entender. No fundo, nunca dei muita importância há idade. Sempre a vi a ser usada como um peso, uma frustração, uma forma de medir o insucesso pela passagem do tempo.

Desde criança que tenho essa percepção.

A idade so comecou a ser importante para os documentos. Para o institucional , para aa matriculas na escola.

Começa cedo, usar-se a idade para status. Em criança era a "mais velha" da classe primaria, por ser das primeiras a fazer aniversário.

Era frequente escutar que era como se tivesse PERDIDO um ano.

Já a incutirem a percepção de PERDA pela idade "avançada" ahaha.

Ma é verdade. E dai adiante a idade foi sempre mencionada como um factor de derrota, de peso e angústia. "Nova demais" para coisas adultas, "velha demais" aos 10 anos de idade para andar na minha bicicleta dos 9...

Coisas parvas, mas reais, das quais me lembrei agora espontaneamente.

Essa classificação "demasiado velha/jovem" que a idade transporta, transforma todos os aniversários num martírio.

É  como ser lembrado todo o ano do fracasso.

Bom, mas juro que nao era nesta direccao que pretendia levar este post. Nao pretendia sequer que tivesse mais que umas linhas. Senti-me inspirada.

Toda a vida adicionei um ano a mais na minha idade, só como forma de "rebelia" por esta estupidez de lhe incutir um juizo de valor.  Adicionei mas nao aparentava.

Sinceramente, estou a chegar ao fim deste post e ainda não consigo lembrar a idade exacta que tenho.

E para que preciso de lembrar?

Bom domingo!




Papéis de embrulho

Lido com embalagens. São muitas as que me passam pelas mãos. Algumas, pelo papel de embrulho que usam, despertam em mim uma imediata sensação de alegria.

Fazem-me sorrir.

E esse pequeno nada acaba por ser um grande feito.

Gosto de ver papel de embrulho de natal fora de época. Adoro.

Aqui ficam alguns que despertaram em mim um bem-estar instântaneo:

Azevinho em fundo branco

Borboletas coloridas

Padrão natalicio


Também vos dá disto? Com o quê?


sábado, 20 de junho de 2020

Abraçar

Ultimamente tem-me apetecido entrar em casa e ter alguém para abraçar. Sem palavras, sem dizer nada, só chegar, enrolar num corpo, beijar, acarinhar.

Despir casaco, tira sapatos, atira mala para o chão, despir tudo e ser só eu.



Conselho: quem tem com quem fazer isto, faça por manter a relação. Cada vez deparo-me com mais e mais casais separados.

Nos próximos dez dias o meu maior desafio será não ir abaixo. Não deprimir, não sentir ansiedade, não angustiar.

Por saber isto, acho que vai correr bem. Mas nunca se sabe...

Descobri que sou espantosa. Sou tão forte. Resistente. Outros com um grão de poeira daquilo por que passei começam logo a se queixar. Se for a me ver por esta perspectiva, sou admiravel. Idiota, mas resistente como é muito raro alguém ser. E digna. O que também raro é.

Bom fim-de-semana

sexta-feira, 19 de junho de 2020

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Chovia muito quando chegou a hora de sair do emprego. E nao ia abrandar. A scooter eletrica nao deve ser usada à chuva nem em pavimentos com poças de água.

Mas teve de ser. Nao a podia transportar no bolso. Ainda pensei em pedir para trabalhar mais horas só para evitar sujeitá-la à intempérie mas entrei às 6pm e estava a sair às 6am. "Tempo maximo atingido".

A chuva nao ia abrandar... e la fui eu. De vagar, devagarinho. Com os olhos pregados no chao pronta a fazer todo o tipo de curva e contracurva com a pericia de uma profissional. Os sentidos estavam alertas ao que me rodeava, a visao periferica a funcionar mas o foco era cada espelho de água que a luz reflectia no chão e calcular a profundidade.

Nenhuma das (muitas) poças me apanhou. Desviei-me de todas as profundas, as "assim-assim" e as grandes, aquelas que ocupam a area inteira, travei, desmontei e transportei na mao a minha querida trotinete.

Nããã!!
A trotinete náo ia atravessar nenhum charco, nenhum rio, nada.

Cheguei a casa com uma trotinete molhada, suja de lama. Percebi pelo caminho, quando desmontei principalmente, que a dita acomulou um pouco de água na base e não gostei. Mas as areas preocupantes eram a bateria, debaixo da base, e o motor, na roda dianteira.

Será que tinha entrado água?

Decidi entrar com a scooter pela casa a dentro, mas levá-la para a conservatória. Como sempre, dobro-a lá fora na rua, depois pego nela e pouso-a no longo e estreito pedaço de carpete que faz de esteira, fazendo com que a única roda em contacto com o chão deslize um pouco para limpar ali qualquer impureza.

Mas no geral, nada vem agarrado e consigo transporta-la para o andar de cima sem a encostar em mais qualquer lugar.

Uma vez na conservatória, que tem a área do meu quarto, abro-a e começo a preparar as coisas para  limpar e observar como foi a exposição à chuva.

Mas nisto também tenho de ir ao wc, tenho de despir a roupa que usava pois estava enxarcada (todas as tres camadas) e goloquei-a a lavar. Quando cheguei perto da trotinete, verifiquei água no chao.

Prestei atencao de onde pingava mas o que me chamou msis a atenção foi a agua rosada vinda da traseira.

Pronto! Apanhou-me a bateria!!
E isto rosado é o líquido da mesma.

Limpei-a toda, mantive-a na vertical para que todo o liquido rosa escorresse.

O truque final era usar um pouco o secador, para eliminar possíveis  humidades internas.

E foi o que fiz. Lamentei nao ter selado eu mesma com cola transparente estas zonas da scooter. Vi um video onde aconselhavam que se o fizesse e decidi que seria a primeira coisa a fazer. Só que... vi que vinham seladas e pareceu-me um bom trabalho. Diferente do que o homem do video tinha mostrado. Por me faltar a pistola de cola quente, adiei o acto e comecei a usar a minha "bebé".

Bem, funcionar, ela funciona. Mas nao sei em que estado estara por dentro. Terei de a testar e, com o tempo, ver se a bateria revela algum sinal estranho.

Enquanto usava a conservatoria para a limpeza da scooter, nao consegui deixar de reflectir o quanto esta casa me serve tao bem. Parece ser feita à minha medida.

A conservatoria como area para limpezas e optima. Vem mesmo a calhar. Ali da ate para fazer bricolage. Dá para tudo. Mas é usada para estender roupa e é onde os novos inquilinos armazenam malas de viagem.

Se fosse eu a faze-lo, seria uma calamidade. Mas qualquer outra pessoa não tem qualquer problema.

Por isso é que a scotter nao fica ali, nem no armario da entrada ou em qualquer outra area da casa onde seria até mais proprio pela comodidade. Fica no meu quarto. No dia em que a recebi ja estava a italienada a queixar-se do espaço no armário. A Gordzilla decidiu, nesse dia, espreitar o conteudo que la enfiou pelo menos uma duzia de vezes.  Nunca o abre e deu-lhe para isso, sorrateiramente, depois de la ter colocado a scooter.

Se ja estava a incomodar ate era melhor tirar. Melhor e mais seguro.

Bom, o post vai longo e queria-o curto...

Já vi algumas casas. Nenhuma me disse que la consigo viver. E eu estou a desejar isso, podia convencer-me disso. Mas não. Tudo apertado, minusculo, a dividir por muitas pessoas.... sem sala de estar ou com uma do tamanho de um wc secundario. Com uma cozinha mixa com pouco espaço de armazenamento. Os quartos ate eram bons, mas nao conpensa a renda pelo resto.

Ando à procura do que já tenho aqui e isso parece-me um contracenso.

Ainda ontem, pelo jardim, a interagir vom os pássaros, pensei na inutilidade que a casa tem para a Gordzilla. Ela nao usa, nao precisa de tudo isto. A casa ao lafo servia-lhe bem. Tem cozinha e sala no mesmo espaço. Para quem so usa essa divisao e depois vai dormir, é um desperdicio um grande e belo jardim. Só a vi a usa-lo uma vez, e sempre precisa que outros estejam presentes para o jardim lhe ser util. durante um ano inteiro, talvez o use 5 vezes.

Nao quer saber dos passaros , do perfume, das flores, nao se estende na relva, ali nao faz exercício e a mesa do patio ou as cadeiras para ela sao so uma coisa que ali está.

Nao tem hobbies que a façam precisar da conservatoria ou qualquer outro espaço. É so cozinha-sofa-tv.

A casa ao lado tem tudo isso a um braco de distância. Se se sente tao incomodada com a minha presença, porque não se muda ela?

Afinal, tudo tem origem nela. A falta de interesse pela minha pessoa, a má lingua, etc, etc.

Se agora nao gosta do resultado  das  suas maquinações, não as maquinasse. Tivesse agido com decência e respeito ao próximo.

Percebi que eu sou muito forte. Caramba!!
Eu consigo aguentar tanta coisa. Por muito tempo. E sozinha, sem dividir a carga.

Quando percebo que outros nao aguentam nada, é quando me reconheço valor. Mas no dia a dia é dificil pensar assim.

Fui.

  • Saude para todos os que lerem estas linhas. 











segunda-feira, 15 de junho de 2020

O céu estrelado


Por estar a fazer turnos de noite, mantenho o habito dos horarios, mesmo durante o fim-de-semana, quando estou de "folga".

Ate prefiro assim, porque isso diminui as chances de ter de me cruzar com a Gordzilla e me sujeitar a estar sob a sua constante observacao e esquemas maquiavelicos.

Já passava um pouco da meia-noite quando desci à cozinha. A Gordzilla já estava no quarto e por isso senti-me mais livre para o fazer.

Nao tinha fome, mas tinha de comer, porque saco vazio nao fica de pe.

Ao descer as escadas verifico que a luz da sala está acesa, mas isso nao me faz mudar de ideias. É o rapaz italiano que la esta, a ver televisao.  Peço-lhe desculpas por interromper, digo que nao vou demorar muito. Ele diz que nao tem problema.

Falo com ele um pouco, pergunto-lhe se a namorada já foi para italia. Ele diz que o filme que esta a ver é muito viciante e entao tento nao o atrapalhar com constante interrupcoes.

Quando o meu prato de comida  esta pronto para sair do microodas, nao me apetece subir para o quarto nem me sentar na mesa a comer.

O que me apetece?
Ir para o jardim. Ir para o exterior. Tinha aberto a porta das traseiras enquanto a comida congelada aquecia no microondas e adorei aquele momento. Total silencio. Serenidade. Nenhum vento. Nenhuma lua. E um ceu estrelado com somente estrelas la no alto.

Foi nisso que reflecti quando me sentei la fora para comer. Já o fiz algumas vezes antes e sempre olhei para as estrelas, so para ser muitas vezes enganada pela luz forte de um aviao.

Acho que nunca tive a sorte de olhar para o ceu noturno sem uma estrela "falsa", que se movimentava de lugar.

Por isso, sabia que hoje estava a olhar para uma raridade, um privilegio. A visao de hoje era mesmo especial. Eram estrelas, so estrelas que estavam no céu.

Quando sai da cozinha com o prato de comida a caminho do patio, quase que me apeteceu dizer ao italiano para nao me achar estranha, mas ia para a mesa la fora comer. Mas depois vi a cena a passar no monitor e pareceu-me um momento chave. Nao o quis interromper.

Segundos depois, oiço-o a recolher-se. E isso intrigou-me. Achei que o fez nao porque queria, mas por eu estar ali e ter ido para o jardim.

Ouvi tambem ruidos nas escadas, mas ele dormer no quarto de baixo. É muito ruidoso nesse sentido mas nao teria porque subir/descer as escadas.

Quando me recolho - porque so ali fui para comer, mais nada, percebo que a Gordzilla rinha saido do cóvil e estava enfiada no WC.

Ela nunca dorme...
Está sempre a controlar os movimento da casa.  Nao sei se nao tera enviado uma mensagem ao rapaz ou interagido com ele.

Gato escaldado de agua fria tem medo.
EU simplesmente SEI o que está ali. E o perigo que representa. Faco por nao dar importancia, mas esse foi o comportamento que escolhi todos estes anos e deu no que deu: total difamacao de caracter, personalidade, que continua e nunca vai parar.

Ela funciona como as serpentes; fica parada e escondida, mas esta em modo permanente de ataque. Vai dar a mordida.

Ela tambem quer prevenir o meu contacto com terceiros na casa. E se eu os tiver, quer ser informada de tudo o que aconteceu, o que eu disse, o que eu fiz, para depois, na posse desses dados, dizer aos outros como devem interpretar a interaccao.

Já o fez incontaveis vezes antes.
Quando "ele" esteve ca em casa, ela interrogou o comparsa que nos viu entrar e quis saber tudo o que eu e ele falámos.

Diante disto é claro que nao o queria ca, sujeitando-o a este escrutinio e vigilancia. Ele era algo autentico e nao o queria conspurcado com esta lama.

Gostava de interagir mais com os restantes, mas evito fazê-lo diante dela. Porque ela esta obececada por mim. E vai agir de acordo a manipular a percepcao das pessoas. É o seu hobbie, esta no seu ADN.

Noutro dia eu perguntei ao rapaz da guitarra se tinha sido ele a chamar-me porque o correio tinha chegado. Ele disse que nao. EU respondi que so queria agradecer, porque estava a dormir e so ouvi alguem a chamar o meu nome.

Esta breve interaccao teve de ser diante dela, que nunca sai do sofa. E ela esta sempre muito atenta, tentando avaliar qual o melhor momento para introduzir nos outros o seu veneno contra mim. Qual o momento para insinuar algo, como quem nao quer nada e ate tem boas intencoes, quando é a altura para se fazer de amiguinha e conquistar a simpatia alheia.

Nessa noite quando desci para ir trabalhar, estranhei algo e quando percebi, ela tinha puxado uma cadeira ate o sofa para ficar frente-a-frente com quem estava a falar, mum tom muito baixinho. A TV estava apagada, o que nunca antes vi na minha vida.

Percebi que o rapaz da guitarra ja estava a receber os "serviços de conselheira" que ela da. So tem de duplicar um pouco as tecnicas que estudou e que aplica nos alunos da escola onde trabalha.

Vou ali uma oportunidade de aproximacao. Uma vez conquistada a confianca de alguem, fica mais facil manipular essa pessoa. Inclusive, leva-la a  agir e a mentir de acordo com interesses proprios.

E ela PRECISA que um destes novos que chegaram, se nao mesmo todos, fiquem do lado dela e digam da propria boca ao senhorio que o meu conportamento é "esquisito".

Se o rapaz da guitarra comecar a aparecer muito no WC ou no corredor em toalha quando me ouvir a passar, vou temer que isso seja manipulado ate mesmo arquitectado para me prejudicar.

Ela ja usou uma rapariga dos seus 23 anos como se fosse a sua marioneta.... usava-a como ferramenta para me atacar e a burra, que se achava muito esperta, nunca percebeu nada. Até hoje.

Este rapaz parece tao fragil, inseguro, volatil....  ela faz dele o que quiser. Nem sequer sera um desafio.

Mas eu nao vou pensar nisto. So escrevo para desabafar, registar e porque ja a conheço. E por isso nao vou andar pela casa livremente. Porque ela mente. Manipula. Sabendo-me a trabalhar de noite, ainda vai dizer que eu ando pela casa quando todos dormem a aprontar alguma.

Foi capaz de mentir e dizer que ligava o aquecimento todas as noites - sabendo muito bem que o senhorio tem pavor de gastos desnecessarios e controla o temporizador. Disse-lhe que eu nao secava as roupa na marquise mas em cima dos radiadores. Disse-lhe que eu cozinhava de noite. Mentiu. Fez de uma unica ocasiao em dois anos a regra. Faz da excepcao o costume e torna is costumes as excepcoes.

É vil, podre por dentro.

Mas esquecerei isso e vou concentrar-me no belo ceu estrelado que vi la fora. Tentei fotografar para aqui partilhar, mas nao resulta. So aparece isto:


Conseguem encontrar as tres estrelas?

Bons sonhos!














domingo, 14 de junho de 2020

A regeneradora ida ao parque e o direito à LIBERDADE

Foi no dia 31 de Maio. Decidi sair do ambiente toxico que é a casa, atravessei a rua e fui para o parque.

Estava tao bonito ao pé do lago que decidi partilhar um excerto ao vivo no Facebook.

Foi entao que me ocorreu: porque nao fazer um video do parque?

Tenho muitos excertos mas nenhum video em concreto. Ha um Plano, de uma casa num certo angulo que quero filmar novamente. Com a Luz certa, que e quando o relvado nao tem sombras, so reflete a banhada pelo sol.

Fiz desse mini projecto o meu entretem. Achei que me ia fazer bem voltar a treinar o cérebro para pensar em termos de enquadramentos, planos, sequencias. Ocupando-o com algo bom, ao inves do veneno que me andava a consumir por dentro. Ao ponto de, na véspera, ter quase desistido. Nao via nada de bom no meu caminho, so desgraças.

Enquanto filmava (pouco espaco no telemovel), senti-me bem. Pela primeira vez em dias, nao estava arrasada.

Com cuidados, fui filmando. Como estava sem espaco no telemovel, tive de apagar coisas. Isso levou tanto tempo que o relvado diante da casa ganhou sombras.

Nos bancos em frente do casario, Nao me passou despercebido os homens ali sentados, que me observavam e pareceram incomodados com o meu telemovel erguido na direcao da casa.

O parque estava cheio de pessoas. Naturalmente, tentei fazer os planos sem apanhar ninguem. Mas cada vez que conseguia enquadrar o espaço vazio na lente do telemovel,  alguem aparecia para "invadir" o plano. Um parque sem pessoas não mostra realmente a vida que tem. Por isso até gostei daqueles "figurantes" invasores. Tive apenas muito cuidado para nao mostrar ou apanhar grandes planos e preserver um pouco a identidade.

Agora, se isso é obrigatorio em espacos publicos? Não!!

Se estas num parque e alguem esta a fazer um video do mesmo, apareceres nem que seja de relance pode ser uma eventualidade. Quando se esta em espacos publicos devia-se saber disto.

Contudo, senti por parte de todas as pessoas um certo reparo na minha presenca por estar de telemovel a filmar.

Ao longe, a Malta sentada nos bancos do casario, nem pontos negros eram no video. Mal dava para se notar que ali estava gente. Mas mostraram-se inquietos como se estivesse a fazer zoom nas suas caras.

Quando ia para filmar  o lago, surge um grupo que se mete na frente. O que fiz? Continuei a filmar, de longe em travelling até chegar perto. Ficou ate melhor, porque passei por entre as suas silhuetas. Mas claro eles estranharam um pouco. Nada disseram mas senti-o.

O mesmo aconteceu do outro lado mais resguardado do lago. Estava vazio, preparava-me para descer e filmar de uma certas perspectiva, quando oiço uma voz de crianca que nao para de falar. Quando se filma apanha-se o som e por isso esperei que tivesse de passagem. Mas dirigia-se com a Mae para onde eu me dirigia tambem. O parque é publico, Nao posso esperar te-lo vazio, por isso vou me adaptando. Acabo por as deixar entrar no plano. Mas atrapalham-me os de transicao. A "mae" lanca-me olhares furtivos e percebo que nao gosta de ver alguem de telemovel na mao a filmar as aguas e os patos no lago.

Nao quero incomodar e acabo por seguir para outra area do parque: a relvada. É uma extencao tao vasta que pretendo descobrir como melhor a captar à medida que a vou sentindo.

Nisto uma bola de futebol é chutada na minha direcao. Quase me derruba a scooter.
O problema era que a tinha de vigiar e transportar ao mesmo tempo que fazia o video. Aponto o tm a filmar para o cilindro à medida que o devolvo ao "jogador" e neste movimento, vou dando passos para tras. Sempre atenta, percebo uma mulher de bicicleta, fora da ciclovia e ja na relva. Estranhei mas pedi desculpa e deixei que ela encurtasse o meu plano, pois parei o movimento e a filmagem. Ela vira-se para mim  ela que nem estava em cena, e pergunta, em tom agressivo:

-"Pediste autorizacao para filmar as pessoas no parque? Nao podes filmar pessoas".

Ate aquele momento eu estava bem. Como já não me sentia fazia tempo. Subitamente deixei de estar. Graças a ela, à ignorancia dela e das outras pessoas e por me sentir desrespeitada na minha integridade. Mas limitei-me a desviar o olhar do dela e afastei-me, ignorando-a.

Estragou-me o momento. Que estava a ser regenerador, numa altura em que me encontrava ha varios dias muito deprimida.

Ela deve ter-se sentido vitoriosa. "Ameaçou-me" com a sua atitude e eu "fugi" amedrontada- deve ter pensado. Porque eu estava a agir errado - deve ter pensado. Só que nao estava.

Quase lhe gritei que estava num lugar publico e estava a filmar o parque.  Se queria que nao filmasse pessoas, entao que saissem dali.

Percebi o quanto estava emocionalmente fragil porque esta interaccao deprimiu-me novamente.

Passados tantos anos, (mais de vinte!) Em que estudei as leis sobre isto, ainda vigora a ignorancia. E o que é pior: a ignorancia diante de uma realidade muito mais controlada e video-vigiada.

A cada passo que damos estamos a ser filmados. Provavelmente so no WC é que nao existem cameras instaladas. Cada vez que atravesso a passagem de nivel, ha cameras a filmar. Quando entro em shoppings e supermercados, parques de estacionamento, tudo tem videovigilancia.  Empresas, instituicoes, lugares publicos em espacos fechados etc. Estao a filmar cada movimento teu.

E NÃO usam equipamento reles, como um telemovel que nao capta o rosto das pessoas. Mas é dos telemoveis que as pessoas revelam uma fobia estupida.

Nao podem ver uma pessoa a segurar um numa posicao estranha, que logo pensam estar a ser filmados. E sentem-se roubados do seu direito. Mas nao pensam nesse mesmo direito à privacidade quando se passeiam pela Primark, e estao tao à vontade em cafes e esplanadas que exibem comportamentos de foro mais privado, como meter o dedo no nariz, por exemplo.

Essas cameras que os vigiam, (porque é VIGILANCIA nao é filme inocente), essas sim, na pratica, estao a remover a privacidade. Mas como estao fora de vista, ou escondidas... no teto, ninguem se incomoda. Fazem zoom ate os pelos dentro do nariz de uma pessoa, mas nao tem problema.

O problema é um individuo num lugar publico aberto e solarengo, com o seu telemovel, a gravar um dia belo.

E depois tem a estupidez Humana. Alem da ignorancia. E que o ser humano e tao estupido que se a camera que o filmasse fosse daquelas profissionais, e houvesse uma equipa de duas ou quatro pessoas de volta da filmagem, isso ja nao as repele. Ao inves disso, Atrai. Fazem por aparecer. Se for uma equipa de reportagem, tentam aparecer no enquadramento. Se for um filme, meter o nariz e tentam tambem chamar a atencao da camera.

Aparece uma pessoa com um telemovel e estas mesma pessoas ficam iradas. Porque so entao lhes interesse pensar em preservar o seu direito à privacidade.

Burros.

Bom, mas isto para informar que nao e proibido tirar fotografias ou fazer videos  em LUGARES PUBLICOS.

Estao a imaginar um grande concerto? E voces la no meio da multidao a tirar selfies?
A registar a multidao?

Nao vem mal algum nisso, pois nao? Acham natural, se calhar nem pensam que pode "invadir a privacidade" alheia.

Parques e jardins? A mesma coisa.
Nao é proibido. É legal.

O ilicito esta na intencao. Se alguem parecer focar-se em alguem em particular, ou numa crianca, ai é outro tipo de registo. Nao se dece VIGIAR alguem. Mas quando se esta a filmar um dia na Praia, no parque, um passeio em torno do lago... give me a brake!

Ganhem juizo, pessoinhas.
Pensem.
Pensem.

Façam como eu, que me removo do lugar ou viro a cabeca cada vez que alguem esta a tirar uma foto e penso poder estar no enquadramento. Quantas vezes so por atravessar a Praça do comercio do arco da rua Augusta ate o cais das colunas nao fui eu "vitima" de flashes?

Devo estar nas fotos e videos de uns 100 turistas.
Porque o espaco é publico. E todos podem tirar fotos nele.

Se nao fosse assim, viviamos numa ditadura, onde possuir equipamento de registo audiovisual seria um crime com pena de prisão por ser encarado um atentado ao Estado.

A LIBERDADE tem muitas caras.
É preciso defender as CAUSAS CERTAS.

E isto aplica-se tambem à actual situacao das manifs contra a autoridade /o "racismo". Nao se deixem agora levar por manobras de distracao. Precisamos da policia hoje mais do que ontem. E dos bons! Nao a hostilizem ou diminuam. So se faz isso com legitimidade, nao com leviandade.

Agora que o governo quer levantar restricoes ao Covid, a este virus mortal que ainda nao nos abandonou, precisamos da policia para repor a ordem e manter a seguranca.

Quem vai fazer isso?

Nao podemos deixar tudo à merce dos vândalos. Nao alimentem odio.

Tambem estao a sair da quarentena tudo o que é bandido, infractor, carteirista, ladrao.

E todos eles estao com "sede e fome" para voltar a praticar os seus atos. Querem roubar, assaltar e ate pior.

Vai ser esse rapazinho a segurar no cartaz "policia bom é policia morto" que vai dar o peito as balas?

Pela LIBERDADE e PELA ORDEM.
RESPEITEM-SE.








sábado, 13 de junho de 2020

O susto que apanhei

Assim que terminei de usar a sanita, o que é que eu vejo? Um telemovel, deixado mesmo em baixo.

Pela posicao estratégica temi que tivesse sido deixado a filmar. E peguei nele.

Estupido ou nao, foi o que me ocorreu.

O monitor estava todo negro. Com apenas as horas em pequeno e a indicacao da bateria, de lado.

Instintivamente, carreguei num botao. Surge um menu de bloqueio. A imagem é a de um passaro tapado ao centro pelo aviso de mensagem. A ultima dizia "ola fulano" e foi assim, sem qualquer esforço, que deduzi que o proprietario é o rapaz que toca guitarra.

Mas aquilo intrigou-me. Fiquei a mexer no monitor, a tentar perceber se estaria a fazer um video.

Sera que algum modelo de telemovel continua a filmar mesmo quando em menu  de standby?

O que fazer?
Deixar o telemovel ali? Podiam andar à procura dele sem terem ideia onde o deixaram. Achei por bem tentar. Bati suavemente duas vezes com apenas dois nos de dedos na porta do rapaz que toca guitarra.

Como nao escutei qualquer som de retorno, fui embora.

Tentei.

Voltei a entrar no banheiro e coloquei o telemovel em cima do parapeito da janela.

Fui para o meu quarto. Ja nao seria capaz de dormir. O "achado" despertou-me. Preocupada que andassem à procura dele, decidi deixar uma mensagem no chat da casa, dizendo que  estava um tm no wc.

Enquanto faco isto, escuto alguem entrar em casa. Parece-me ser o rapaz do andar de baixo. (Cuja namorada "eclipsou-se" depois do meu ultimo desabafo. Ate comecei a achar que ja descobriram aqui este cantinho).

Mas oico mais ruidos. Talvez alguem a subir ao piso de cima. Sei que uma pessoa entra no wc, liga uma maquina de barbear e depois toma um duche.

É o rapaz que toca guitarra.


E pronto. Foi assim que fiquei desperta as 11.30m.

Nesta casa nao posso relaxar. Tenho de ser um pouco desconfiada, porque tenho inumeros motivos para isso.

Ja assisti a muitas tecnicas de manipulacao e temo, com legitimidade, que armam esquemas para me incutirem um comportamento altamente repreensivo que seja grave ao ponto de ser ligitimo exigirem a minha expulsao.

Assedio é o que me ocorre. Roubo tambem. Nada que ja nao tivesse visto acontecer noutra casas. Aquela de onde sai, por exemplo. O rapaz italiano foi removido de la com uma falsa acusacao de assedio à jovem e atraente rapariga que o outro andava a cobiçar. Os dois combinaram agir assim.

Mete-me nojo que haja quem seja tao leviano e despreocupado em destruir a vida de outra pessoa. Porque a vidinha deles continuou em frente, sem pesos na consciencia e com sorrisos. O desgracado do italiano ficou emocionalmente destruido.

Mudei de casa e passei eu a ser a italiana da outra! Vitimizada às maos de pessoas da mesma nacionalidade daquele a quem estendi uma mao amiga quando ninguem mais mostrou vontade de o fazer e estava sozinho, em minoria, destrocado.

A paga que recebo por ser como sou é estupidamente absurda.

Nao pensem que é descabido achar que me estao a preparar uma armadilha e que possam ja estar a faze-lo em grupo.

Em relacao ao rapaz da guitarra, este teve dois comportamentos que me deixaram alerta. O primeiro foi muito inocente. Mas como aqui pouca coisa é e o rapaz da guitarra foi aquele a quem notei desconforto à minha presenca antes mesmo de se mudar para ca, tenho de considerar a eventualidade dele ja entrar na casa 'alertado' contra mim e isso, como e obvio, condiciona.

Numa ocasiao sai do quarto, tranquei a porta e percebi que alguem estava a tomar um duche mas a porta do wc estava destrancada.

De imediato temi que alegassem que me pus atras da porta. Ouvi a Gordzilla dizer isso com todas as letras e muita insinuacao venenosa ao senhorio. Mais uma vez, indo buscar alguem do passado, alegando sem eu poder contractor caso o desejasse, que essa pessoa tera dito que eu me Punha atras da porta do quarto dele e que me "apanhou" duas vezes a fazer isso.

MENTIRAS!!!
Que eu nem na direcao das portas olho, quanto mais demorar-me atras de uma.

Mas que o meu caracter foi estraçalhado e atirado para a lama ja nao é novidade alguma para quem me le aqui.

A outra atitude do rapaz que toca guitarra que me deixou apreensiva foi quando eu ia a sair do wc. Abro a porta e volto atras para puxar mais uma vez o autoclismo. Demoro dois segundos nisto e quando saio fora, ele aparece-me embrulhado numa toalha.

O que nao quero é que se ponham a dizer que sou eu que me ponho a jeito quando um rapaz vai tomar um duche... porque nesta casa as difamacoes sao cancerigenas. Mudam a realidade e esta passa a ser outra.

Infelizmente isto acontece. Tudo isto ja aconteceu antes. Nao é mais recambulesco, fruto da imaginacao, paranoia...

Foi feito. Foi dito.
Tudo saiu da boca dela...

Uma pessoa extremamente manipuladora, obececada por mim. Sem proposito imediato sem trabalho com que se ocupar. Tem todo o tempo do MUNDO para arquitetar planos e ir "grooming" OS outros.

É uma questao de tempo. E todos vao fazer o que ela quer.

Faltou-me dizer que o telemovel estava con 98% de bateria (portanto tinha sido ali deixado à pouco tempo) e enquanto mexi nele em busca de uma indicacao de video a gravar, a  bateria caiu outros 2%. Entretanto o rapaz da guitarra foi o que se enfiou no WC a tomar um duche, e na saida o TM ja nao estava la.

Espero que nao tenha feito um video de alguem a ir a sanita! Porque se o fez, ve-se tudo e nao é nada lisonjeito.... nao so pelo obvio, mas tambem por ter acabado de despertar e estar com uma cara com a qual nem mais me reconheco.



Abraco e bom fim de semana!
😉



sexta-feira, 12 de junho de 2020

Acho que me vou converter ao Islao


Só para ter as melhores tarefas la no emprego.

Parece impossivel....
Nenhuma senhora de lenço na cabeca se presta as funcoes realmente de esforço fisico. Uma chegou ha quatro noites, tem xa estado sempre sem lhe cancelarem shift algum e so trabalha no facil. Que neste caso é a separacao primaria.

Eu estou nessa funcao, e o manager tira-me do que estou a fazer, para me mandar fazer outra totalmente absurda, somente fisica, que devia ser executada por um homem. Vai demorar imenso tempo a ser concluida  sozinha.

Claro que duas mulheres de Lenco na cabeca tomaram o lugar e a funcao que eu estava a executar e bem.

EU puxo, eu empurro, eu vergo as Costas incontaveis vezes para apanhar packets grandes e minusculos, leves e super-pesados.

Elas atiram... pacotes.


quarta-feira, 10 de junho de 2020

A portuguesa é louca (diz a italiana)


O primeiro ministro ingles vai liberar, a partir de sabado, as visitas a familiares em outras casas. 

E eu tenho seis (!!!!) ITALIANOS na sala.
Gente que nunca vi, que entram por este espaco a dentro como quem esta na sua casa, não na de outros.

So dois ca vivem. Um ha apenas 10 dias! Trouxe de imediato bagagem: uma namorada. Com quem me cruzei na cozinha eram 6.30 da manhã.

Disse-me que tinha acordado e nao conseguia dormir. E eu tinha acabado de entrar em casa, ainda de capacete na cabeca, casaco, luvas, mascara.

Conto com este horario matinal para usufruir um pouco do espaco comum da casa. Porque depois das 9am ate a meia noite, isso nao é possivel. Todos os italianos tomam conta. Como se isto fosse o longe de um hostel.
Nao desgrudam mais. Parece que nao tem outra vida, nada para fazer, sem ser ficar na sala a ver TV e pela cozinha a fazer comida.

Eram 18h ontem quando desci no intuito de fazer uma pizza no forno.

 Para mim que trabalho à noite, esta hora é como a hora de pequeno-almoco. Para eles, que nao saiem para trabalhar, que estao ali desde cedo de manha, julgo que podia ser de lanche.  Encontrei tudo na cozinha a funcionar: forno, fogao, microondas, lavatorio, armarios a serem abertos, frigorificos.... e todos la enfiados. Nao estava uma pessoa num quarto.

Nao tinha espaco de manobra. E a casa permite isso com facilidade.

É incrivel como se apoderam. Ha algo anormal na postura. Parece que fazem de proposito para que outros nao encontrem o espaço vazio e dele possam usufruir  sozinhos.

Já intuia que o meu horario matinal de chegada pudesse ser  "roubado". Gato escaldado... é que a gorda mais o "rei da casa" tinham o habito de combinar partidas e chegadas de forma a que um deles estivesse sempre no dominio da sala/cozinha.

Que agora passe a haver um italiano com "insonia" toda a manha que chego a casa nao é algo que me va surpreender. Ainda assim entristece. Sempre entristece.

Assim como entristece perceber a natureza ruim da maioria das pessoas pos lockdown.

Mais cedo, apos uma amiga me acordar com um telefonema, desci à cozinha e a gorda, claro, estava la. Quando se afasta para a sala é quando consigo ir à torneira. Nisto ela retorna e passa a coŕrer para enfiar-se na utility room, que e onde esta a maquina de lavar roupa. O espaco tem tambem uma porta para o exterior, que da para o jardim e para a frente da casa. Nunca ninguem, Sem ser o senhorio, usa o portao que da para a rua.

A propria gorda contou-me uma  vez que um ex-inquilino (pobre coitado) era muito esquisito, nao falava com ninguem na casa, fechava-se no quarto de onde so saia de noite para cozinhar, deixando a casa empestiada (lol,lol) e ela uma vez queixou-se de algo e ele passou a deixar o portao destrancado para entrar pelas traseiras.

Assim que ela me contou esta historia, eu soube que havia uma outra versao para o mesmo acontecimento.

O descaramento é sempre o mesmo: critica os outros e levanta falsos testemunhos, manipulando as situacoes como lhe convem.

Agora para introduzir uma nova pessoa na casa sem dar nas vistas, (nao me contava ali) usa o portao e a porta das traseiras. Os outros dois italianos que se seguiram ja entraram pela porta da frente.

Seja como for, esta rapariga italiana, loura, aparece do nada, diz ola, senta-se na Mesa e as suas comecam a falar.

Entendi perfeitamente quando o assunto fui eu. E quando nao sou, realmente? A mulher esta obcecada por mim.

E empenhada em me tirar daqui. Sem manchar a maquilhagem, claro. Tera de ser o senhorio a fazer o trabalho sujo dela.

Contou a loura que eu lhe disse que ela nao me conhecia. E deu como resposta a loura que sabe que sou louca.

Gostava de saber de onde vem essa loucura...  Do respeito sempre demonstrado? Da tolerancia para com os abusos psicologicos? Da cedencia de espaco?

Ela criou na sua cabeca, ou melhor, projectou em mim  o que esconde dentro de si. E depois chama louco a outro.

Um dia a mascara cai.
Tem de cair.








Get away Demon

Um colega no emprego conta o cabelo de azul claro. Mas ja se notam as raises louras. Enquanto caminhada a caminho do wc, foi quando o vi e quando pensei nisto. "Nao o favorece"- pensei. "Deve pinta-lo assim para se parecer aqueles bonecos troll que devem ter tido algum significado na infancia dele". "Se calhar devia pintar o cabelo de castanho" (porque o louro natural tambem nao o favorece).

Foi ai que ele veio ha lembranca. Imaginando como poderia aquele brancola louro de olhos claro ficar com o cabelo castanho. So porque ele, que era Moreno, vinha de uma familiar toda loura de olhos azuis.

Imediatamente repeti para mim mesma: foge, demonio! Desaparece.

Tem de ser.

terça-feira, 9 de junho de 2020

A VERDADEIRA natureza humana

Nao vou gostar do que vou escrever neste post. Mas aqui entra a experiencia de vida de uma pessoa a respirar oxigenio nesta terra ha mais de 40 anos. E nao mais tao idealista e esperancosa como aquando nos seus 20 e tantos.

Repararam nos desacatos que surgiram um pouco por todo o lado assim que "saimos" do confinamento imposto pelo Corona Virus?

 Fechadas em suas casas, as pessoas publicavam menaagens e videos sobre aprendermos a nos dar bem, a ajudarmos-nos uns aos outros, a ser caridoso com o vizinho que vive sozinho, a proteger o ambiente da accao humana e da poluicao da aviacao porque os animais apareceram onde ha anos Mao eram vistos: baleias, focas, golfinhos, peixes, carangueijos...

Somos "libertados" de nossas casas e o que fazemos?

Violencia.
Desacatos,  pilhagem, manifs contra a policia, nos EUA, em Lisboa, em Londres. A autoridade que nos protegeu durante o confinamento.

Prontos para Berrar, acusar, exigir, criar conflictos, mostrar comportamentos xenofobos.

O Covid-29 é uma ameaça menor.
EU bem o disse, mas pensei na altura estar so a mencionar o meu caso em particular.


domingo, 7 de junho de 2020

Começou a prostituição da comida

Para quem não sabe, sou uma femea na casa dos 40 emigrada no Reino Unido e a viver numa casa partilhada com estranhos.

Para quem não sabe, vivo há dois anos na presente casa que tem um total de 5 quartos. Um é ocupado por mim (o menor), os restantes, nestes dois anos e picos, sao todos maioritariamente ocupados por italianos. Mesmo saindo uns, entrando outros, a nacionalidade manteve-se. E não, não foi um acaso.

Para quem nao sabe, no final da Pascoa, com todos os italianos a abandonar a casa devido a estarem sem emprego, sobrou a cabecilha. Aquela que se julga dona da casa por cá viver há mais tempo, há uns cinco anos. Tem o senhorio na palma da mão e logo apos a pascoa, altura em quem é cristão devia mostrar compaixão pelo semelhante, ela chama-o, serve-lhe um bolo italiano pascoal  e diz-lhe para me expulsar desta casa, porque nao gosta de viver aqui comigo, conta mentiras a meu respeito e apela há ganância do senhorio dizendo-lhe que nenhum dos amigos dela quer vir morar para cá porque "me conhecem".

De lá para cá vivo em stress emocional e psicológico, não sabendo o que vai acontecer, mas sei que coisa boa não é.

Entretanto, no dia 1 de junho, todos os quartos voltam a ser ocupados. Primeiro mudou-se para o mais caro deles um homem com quem até hoje nao me cruzei. É ingles e faz a vida mais fora do que dentro. Nao cozinha, nao vai há cozinha, penso ate que nem lava a roupa. É pai de um miudo pre adolescente, que por vezes espera do lado de fora da casa por ele. Nunca que ele trouxe o puto para dentro. E tem outro filho, alem deste que passa por cá. Ouvi o senhorio dizer isto. Este mudou-se dia 16 de Maio e nunca o vi sem ser pela janela.

No dia 1 chegaram outros dois: um jovem italiano e um jovem ingles. Vi o ingles no dia da mudança, no corredor. Ignorou-me quando me viu a sair do quarto. Ao invés de se apresentar. No fundo das escadas, fui eu que lhe disse olá e perguntei se era o Adam. Disse olá e nenhum outro som emitiu. Nem mesmo quando continuei a falar e lhe disse que podia sair (a porta da rua estava aberta) porque eu precisava de abrir o armario (que ele obstruia) porque tinha ali os sapatos. O senhorio estava presente. Nao fez as apresentações e só falou algo ao rapaz. Senti tensão no ar. Assim que abri a porta do quarto, para ser sincera. O rapaz, que ja ouvi falar pela janela, é bom falador e parece simpatico. Mas comigo age como um bloco de gelo. É no olhar e na atitude que percebo que entra na casa já "avisado" da portuguesa (seja lá que versão lhe contaram). Ele tem carro estacionado à porta e toca guitarra eletrica.

O italiano conheci faz duas madrugadas, quando entrou na cozinha e eu estava lá. Deduziu que eu tinha estado em casa mas quando me disse que tinha acabado de entrar, respondi-lhe que eu também. Quis saber se fazia o turno da noite (começa cedo a inquisição sobre o teu horário) e disse-me, porque lhe perguntei onde morava antes, que vivia com a namorada num apartamento pequeno. Entao perguntei-lhe pela namorada, pois claramente  numa relação em que se vive junto não faz muito sentido progredir para o viver separado. Disse-me que esta irá mudar-se para italia. Como tinha acabado de entrar e ainda nao está a trabalhar, deduzi que passa as noites com ela, onde quer que ela tenha ido ficar.

Pois não passou mais. Desde então que esta esta cá. De cá não saiu todo o fim de semana. Ainda nao a vi, só os escuto. E como são barulhentos! Adoram bater com as portas. Despertei hoje com isso, seguido do aspirador e barulhos que me fazem agora suspeitar se ela já não se mudou de "mala e cuia" para cá. (A conservatoria esta cheia de malas, esse privilegio costuma ser só dos italianos). É uma coisa impressionante com estes italianos. Tomam logo o espaço para si. Outros levam o seu tempo, ambientam-se... perguntam se podem. Estes chegam e tomam conta. Acho que o imperialismo romano ainda corre no sangue de muitos dessa nacionalidade. Parecem achar-se acima dos outros, superiores, de caracter imaculado, escolhidos, especiais... isto a julgar por todos os que conheci cá  dentro. Foram eles que conduziram cristo à cruz e a lanca de um deles perfurou o Senhor. Como podia esperar compaixão dos italianos durante a Páscoa? O que fizeram foi pegar numa lança e espeta-la na pessoa não-italiana que só bem lhes fez.

Dizer bem só mesmo o fazem a eles proprios. Do resto falam mal ou dizem gostar de alguém mas nota-se sempre convenções. Gostam de forma jucosa. Sempre a emitir uma superioridade, como se outros com quem possam simparizar nao saissem do nivel de "animais de estimação". Divertem o dono, mas são animais, não são seus iguais. A perfeição reside somente neles. Como posso dizer isto? Não é normal a forma como exacerbam o nacionalismo.

Bom mas o título deste post e a prostituição através da comida. Já o disse aqui antes: a gorda usa a comida para aliciar simpatias. Depois de conseguir isso, com cada garfada que as pessoas dão, vai introduzindo pequenas doses de veneno... mais uns tantos vão ser envenenados contra mim às refeicoes. Ontem de noite ficaram os 3 italianos (suspeito que o ingles também) o tempo todo na sala, ate há uma da manhã. Acordam e voltam ao mesmo.

Numa casa partilhada é normal ocupar-se as areas em comum, cozinha, sala, por algum tempo. Mas todo o tempo é um abuso. Geralmente existe a cortesia de nos ausentar-mos por umas horas e disponibilizar o espaço para outras pessoas. Não quando se vive com italianos. Pelo menos estes. Porque vivi com outros e nao foi assim. Mas também vivi com individuos, nao com grupos. E isso pode ditar a diferença. Isolados, nao são uma grande ameaca. Em grande numero.... alimenta-lhes o lado mau que lhes corre no sangue.

Mas hoje percebi que a mais-velha regressou ao seu hábito de cozinhar para todos. É um perigo. Esta acção que parece inócua é tudo menos isso. É apenas uma forma eficaz que ela arranjou para se injectar na vida dos outros, tornando-se uma pessoa de utilidade diaria (cozinha para eles). Com isso ganha a confiança cega deles e pode dizer-lhes como devem interpretar o meu comportamento, pode mentir-lhes que eles vão acreditar, vão tornar-se seus aliados contra mim e alterar os seus comportamentos comigo sem o perceberem.

Ela é uma perita em manipulação. É fácil para ela fazer-se passar por santa. E é fácil eu ser mal interpretada, ainda mais quando outros estão ali com esse intuito.

O rapaz ingles, assim que percebeu que ela e os outros dois italianos estavam na cozinha, saiu do quarto e foi ter com eles. Para mim está tudo dito: foi atrás de uma boca livre (É normal rapazes preferirem que alguem os alimente) e em troca vai ter de pagar com hostilidade à minha pessoa. Tornar-se uma "testemunha" de algo que possam distorcer a meu respeito.

A mais gorda prostitui-se com comida.


quinta-feira, 4 de junho de 2020

Novidades sem novidades

Já passaram alguns dias desde que fiz um post. Isso deve-se maioritariamente ao facto de ter mudado de horario de trabalho.

A agencia estava a cancelar, reduzir para metade e a limitar os turnos para tres por semana. Em alternativa disponibilizaram o turno da noite. Por enquanto este tem a duração de oito horas, cinco dias por semana. Mas também este pode ser cancelado.

Sinto-me um pouco manipulada, porque sei que outros continuam a receber ofertas para o turno da tarde, aquele que eu fazia.

Suspeito que tem os seus favoritos e numa lista à parte, colocam os nomes daqueles que acham que podem dispensar.

Mesmo sendo dificil aguentar as noites a trabalhar, porque de seguida mal se consegue dormir, prefiro que me dem turnos certos do que estar diariamente a temer receber a temível mensagem: "o seu turno foi cancelado".  Isso causava-me profunda ansiedade.

No último sábado fez-me chorar baba e ranho por umas três horas. (Pronto, ate o dia seguinte, mas presumo que foi apenas o catalizador para o facto de tudo parecer estar a desmoronar).

Tenho uma vida laboral incerta.

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Quanto há casa, ao final de um mês ainda estou à procura. Aquela que partilhei aqui como estando a ser renovada para ser ocupada em uma semana, continua fechada e sem sinais de estar pronta.

A busca tem-me feito perceber que estou numa excelente casa. Feita à medida das minhas necessidades. Facto que a gorda sabe muito bem. Por isso é tão possessiva a respeito do espaço e quer ser ela a mandar e a tomar as decisões que a afectam: novos inquilinos, material de limpeza, arrumos, decoração, uso do espaço comum, etc.

Quando fala diz que a "decisão é do senhorio" mas ela age como o grilo falante: está sempre a sussurrar no ouvido dele o que este deve pensar e como deve agir.

Puro veneno manipulador destila a Godzilla.

(Pronto, ficam a saber o cognome que lhe atribuí depois de sentir o chão da sala a tremer e a mesa a abanar à sua passagem).

E não, nao foi imaginação. Deve ter pisado num sitio especifico que provocou o abanar mas se nao fosse tao pesada, não teria surtido efeito. E conhecendo-lhe o caracter de vibora venenosa, achei que de subito tinha-me surgido o equivalente ao trato dado por ela quando falava de mim com outros "fratelos".

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Quanto as dores da paixonite, que haviam regressado devastando-me por dentro tal como aconteceu no verão passado, depois da reza a Eles, fiquei muito mais serena. Nem quero pensar nisso. Não me foge o pensamento para ele. Isso sim, é um milagre. Sei que é, só pode ter sido intervenção vinda do além. Pode não durar mas agradeço que esta dor- a pior de todas- tenha desaparecido.

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E é isto. Novidades sem novidade.

E vocês? Têm alguma?