quinta-feira, 30 de junho de 2016

O Rotativo que antecedeu o teclado




Viajar? Não, obrigado.


Surpreende-me escutar certos jovens dizer que o seu sonho é viajar pelo mundo e ir à Venezuela, Índia, Marrocos... e outros países similares.


Porquê a surpresa? Porque relatam a coisa tal e qual como se num sonho, uma fantasia. Uma experiência que as suas mentes imaginam mística, exótica, quem sabe romântica, espiritualmente poderosa e marcante. 

E eu interrogo-me se com este sonho vem junto uma consciência de outras realidades que possam estar presentes. Como a situação social e cultural destes países, em certos casos tão diferentes. O perigo. Porque será que nunca têm em mente os riscos? Será que têm o pé assente na realidade ou ficam ali pela fantasia que viram nos filmes, leram em livros?

A ingenuidade não faz um bom viajante. 



Não devia ter sintonizado pela primeira vez a CMTV, à procura da tal reportagem sobre o pai(?) do Ronaldo. Esta já não está disponível na programação por já se ter passado mais de uma semana. Mas dei de "caras" com o noticiário. Que mais parece a primeira página de um jornal de criminologia, com a desvantagem de não ser velho e amarelado, com crimes ocorridos no passado. Não, são crimes de agora mesmo. E ocorridos cá, em território português!

Se por cá se degolam avós e se matam bebés, como alguém pode imaginar viajar para um país onde a prática de assassinato é tão banal cujas notícias das mortes nem fazem alguém pestanejar?


A CMTV informa-me que um emigrante luso foi assassinado na venezuela. Mais um empresário, a investir num outro país que decerto adorava, a aparecer morto. Foi decapitado e cortaram-lhe as mãos. O chocante é que ele desapareceu no dia 23 de Maio, o seu dorso e membros inferiores foram encontrados pela polícia dia 28 a boiar no rio Guaire, mas só agora o caso é notícia porque só esta quarta-feira, dia 29 de Junho, quando uma familiar procurou notícias de Carlos Gouveia, é que a família da vítima foi informada. Só agora!! As autoridades.... népia. Um mês depois e já com o que restou do cadáver enterrado por lá na Venezuela.

Disse a notícia, e muito bem, que nestas semanas já foram assassinados na Venezuela dois portugueses e  que em 2015 foram registados 18.000 assassinatos.


Ainda queres viajar?
Força! Não sou contra. Mas não viajes somente com histórias fantasiosas na cabeça. Viaja também com o pé no chão, precavida/o e com segurança.

Para que não tenham de chorar cá em Portugal um não retorno.



segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ronaldogate: Uma solução é sempre melhor que o problema


RONALDOGATE:

Tive esta ideia que partilhei num comentário. 
Para não ter de escrever tudo de novo, aqui fica o print

Excelente ideia, não acham? :=)

BOA SEMANA!





domingo, 26 de junho de 2016

Liberdade de imprensa e o lado do microfone


Ao deparar-me no facebook com uma partilha de uma página que pedia a "todos" para bloquear a CMTV no canal MEO, percebi uma coisa muito importante que está a ser negligenciada nesta história toda do microfone lançado ao lago: A liberdade de Imprensa.


Digam-me: vocês têm noção do quanto existir liberdade de imprensa é importante para a sociedade? 

É quase como oxigénio - na minha opinião.


Tão importante quanto respirar!


E é por isso que agora largo o humor atribuído a esta história e vou falar do ponto de vista do «micro». Não interessa se é a CMTV, a SportTV, a BenficaTV... 


 Um repórter tem um trabalho a realizar. Cabe-lhe tentar chegar o mais longe que conseguir, para trazer mais informação, para fazer uma melhor cobertura de um acontecimento, etc. 

Ao ver a página a pedir para bloquearem o Canal só por causa deste incidente, cheirou-me claramente a censura. A abuso de poder. E não gostei. Acho bem mais escandaloso do que qualquer outra coisa até então relacionada com este episódio. Estão a incentivar um boicote com base nisto?? E os insultos que o «pasquim», como gostam de o referir, tem sofrido desde então? 


É o Ronaldo uma máquina de merchadising inatingível, todo poderoso, que não pode ser arranhada? É crime um repórter legalmente credenciado chegar perto da «vedeta» e lhe fazer uma pergunta cliché?

E decidem que a penitência por tamanha ousadia passa por insultar o repórter, a estação para qual trabalha e sancionar/censurar um meio de comunicação social. E este, seja qual for, é um pulmão português. 

Hoje foi a CMTV, amanhã vai ser outro qualquer que interfira com o humor do cacre. É isso?

Censura...

É isto que as pessoas acham certo?



Ronaldo não é mais que ninguém. E neste aspecto tenho de concordar com as palavras da Ana S. no seu blogue Escrita Desajeitada - ela que escutou em direto uma destas «espécimes» defensoras a todo o custo dos comportamentos das vedetas. 

Que muitos estejam dispostos a se juntar ao fanatismo ou que a máquina de celebridade do Ronaldo esteja tão bem oleada que possa gerar estes movimentos "anti-qualquer coisa", é ao mesmo tempo assustador e um atentado à Liberdade

Ronaldo até pode ter tido as suas razões. Mas são dele. Os teleespectadores em casa não têm nenhuma. Queixam-se do quê? De poderem estar confortavelmente sentados no sofá da sala enquanto 22 tipos correm por um campo de futebol atrás de uma bola? E de poder assistir com detalhes ao ponto de perceberem cada gota de suor que lhes corre no rosto? 


Curem-se. 


sexta-feira, 24 de junho de 2016

Celebridades e seus efeitos no tempo

A capa da revista televisiva do CM:


Esperavam um microfone, não é? Independentemente da reputação que conferem a este media da Cofina, o grupo também tem coisas que se aproveitam. Esta entrevista é um exemplo disso.

Acreditem se quiserem mas andei nestes dias a reflectir nisto. E tenho que dizer: concordo plenamente com esta citação


Ao ver programas sobre as "grandes estrelas" do passado - constato que muitas cairam no esquecimento. Os seus nomes podem até soar a algo familiar, mas os seus feitos - aquilo pelo qual se tornaram famosos, acabam desconhecidos. Com o tempo, conhece-se um ou outro em particular, o que é totalmente redutor perante o panorama real do que foram essas conquistas no tempo em que ocorreram. 


Muitas das estrelas do cinema mudo, por exemplo, ou do cinema musical, se achavam a 5ª essência do mundo artístico. Estavam certas que deixariam uma marca na história do seu metier. Mas quem é que hoje conhece nomes como Jeanette MacDonald, Nelson Eddy, Jane Powell? E estes que atingiram estatuto de estrelas da dança e da música, tiveram muitos outros que os antecederam. Esses ainda mais perdidos na memória.

Porque é disso que se trata: memória. E esta só é razoavelmente boa durante uma a duas gerações. Depois vai sumindo, vira nevoeiro. 


Daqui a mais umas gerações, quem é que saberá ao certo porquê Amália, Eusébio são conhecidos? Elizabeth Taylor, Geen Kelly? E isto só ficando no patamar dos artistas mais conhecidos. Ficam de fora grandiosos de outras profissões não artísticas: médicos, políticos, filósofos, futebolistas, automobilistas, cientistas... Quem se lembrará porque é que o Marquês de Pombal é famoso, quando muitos nem sequer lhe conhecem o nome, só o título? Sim, sabem uma ou outra coisa cuja autoria lhe é atribuída. Mas e tudo o resto que também faz parte de uma pessoa? Família, inclinações políticas, prazeres... coisas que, não tão poucas vezes, ficam de fora dos livros de história? 

Por isto esta citação de João Perry chamou a atenção. A primeira parte "Não quero ser recordado" parece-me óbvia. A segunda, ainda mais: "nunca saberão quem fui!".

Sim, porque mesmo quem é idolatrado por multidões, muitas das vezes não o é por o que é, mas pelo que fez ou faz. Como idolatrar um ator, quando tão pouco se sabe sobre a pessoa? Pode-se gostar dos seus trabalhos, sentir alguma afinidade com algumas ideias, nem tanto com outras... Mas não se conhece uma pessoa assim. Portanto, ao ser "recordado", não está a o ser. 

E recordado para quê?

Por cá, todos os nossos "grandes" artistas homenageados com o seu nome em teatros ou ruas acabam por cair no esquecimento. Teatros então, alguns são uma tristeza de abandono... Cada vez que passava por um que ainda tinha as letras a dizer "Teatro Vasco Santana" fico a pensar na real importância que damos à sua pessoa como artista, para permitir que algo em sua homenagem não passe de escombros.


Temos o "Maria Matos", um nome vagamente recordado mas cujos feitos da artista cairam no esquecimento. Existiu a Laura Alves, que poucos conhecem hoje em dia. Perguntem aos jovens se sabem quem ela foi. E muitos outros, alguns que ainda andam por cá. Então concluo que ninguém, por melhor que seja, será eternamente recordado.

Ser recordado parece ser "empacotado" num rótulo onde muitos dos «ingredientes» ficam de fora. Uma pessoa é tão mais que isso.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

A nova modalidade desportiva de Cristiano Ronaldo

A nova modalidade desportiva de Cristiano Ronaldo assusta muito a sua família, em particular a sua irmã mais famosa. 
Em declarações à CMTV, Kátia Aveiro terá dito:


Circula pelas redes sociais uma petição a incentivar Ronaldo nesta sua nova modalidade de arremesso de micros. Dizem que precisa de praticar mais, para atingir a perfeição. E deve treinar muito em casa :)

A importância da sesta


Os Espanhóis têm este estranho hábito: fazem a sesta.
Ao início da tarde fecha todo o comércio: é hora da sesta e vão todos dormir.

Na escola secundária um colega ficava incomodado quando a "stôra", para terminar a matéria, alongava a aula pelo intervalo de almoço. Para ele isso significava menos tempo para dormir e o facto era-lhe intolerável. Numa ocasião chegou mesmo a levantar-se e ir embora. Imaginem o que é andar na adolescência, ali em torno dos 18 anos, e não esconder de ninguém que vai literalmente a correr para casa à hora de almoço para ingerir a comida da mãe, meter-se rapidamente no pijama e dormir na cama. Parece que está a descrever-se como a um bebé de um aninho... Uma sesta para ele tinha de ter pelo menos duas horas, ou achava pouco e mostrava-se rabugento.

Os colegas da mesma idade estranhavam. Afinal, todos nos sentiamos logo mais energéticos quando chegava o intervalo grande... o do almoço. Tínhamos tanta energia que queríamos despendê-la em actividades variadas e não desperdiçar horas do dia a dormir. Isso era para a noite. E aquele rapaz - um dos mais inteligentes nas matérias todas - só pretendia dormir.

Mais tarde, o ano passado para ser precisa, na universidade, tive um colega com 25 anos que aparecia com cara de quem acabou de acordar, aguentava uma hora de aulas até dizer que o que mais queria era ir dormir. E algumas dessas vezes, foi! 


Dormir? 
Se há coisa que fiz pouco na vida e com a qual muito duelei foi o sono.

Deve ser por isso que agora estou a pagar a factura.


Preciso de tirar uma sesta.
E por sesta quero dizer um curto coma.

Não interessa se durmo duas ou 13 horas.
No dia seguinte ainda me sinto cansado.

Querido sono:
Sei que tivemos problemas no passado.
Mas agora amo-te muito!
A minha droga é o sono...
O meu fornecedor é a cama...
E a polícia é o despertador!




quarta-feira, 22 de junho de 2016

À procura de Nemo? Nova versão



Interesse em ver este filme?

Venenos rotineiros


Tenho esta imagem guardada à meses. E sempre que me deparo com ela, assusta-me constatar o quando somos passivos com a nossa própria saúde, num mundo cada vez mais globalizado, mais alerta mas também, num mundo cada vez mais oportunista.


Como saber se o detergente para a roupa não contém químicos prejudiciais à saúde? Já não digo ao ambiente, como poluidor das águas... mas poluidor da nossa pele, da nossa corrente sanguínea, das nossas vias respiratórias, dos nossos saudáveis órgãos...

O simples plástico de uma garrafa com água, creme solar, maquilhagem, produtos isolantes da estrutura comum de encontrar em qualquer casa, água da torneira, têxteis...

Por acaso costumam pensar nestas coisas?

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Despertar destes...


Hoje despertei sentindo cada uma delas.



Nota: Agora entendo melhor porquê me atrai ir ver o  mar.

EUA: alimentação perigosa e Grupos de terapia


As minhas «amigas» americanas no facebook são, na sua maioria, senhoras com idade para serem (e são) avós. Pessoas que nunca conheci pessoalmente mas que foram simpáticas quando comecei a entrar na rede social para aceder a um jogo que «todos» jogavam. Quantos mais jogadores melhor seria o progresso e então recebiam-se convites ao calhas, de pessoas desconhecidas. Achei que pessoas de fora seriam mais seguras. Certifiquei-me apenas se pareciam jogar e ter coisas «normais» nos perfis. Como tinham, aceitei a amizade. E daí fui progredindo no jogo que «todos jogavam», porque as estrangeiras eram de facto atenciosas jogadoras. Coisa que as de cá esqueciam de ser. 



Bom, este é o motivo pelo qual ainda tenho umas tantas como amigas. Já troquei algumas palavras com uma e outra, sobre o jogo, e todas sempre se mostraram afáveis, generosas e atenciosas. Fiz por retribuir. Se a internet tem algo de bom é isto de poder comunicar com alguém bem longe, desconhecido ou não, para partilhar um prazer em comum. Sei que muitos homens são totalmente obcecados por jogos online com múltiplos jogadores de vários países. Portanto, antes que apareça aqui alguém a dizer que isto é coisa de "gajas", tenham em mente os telhados em vidro, eheheh!


Explicado o motivo pelo qual este contacto começou, vou agora abordar as impressões que acabei por reunir ao longo dos anos, devido aos post que estas americanas vão publicando. 

Fui percebendo graus de parentesco, hábitos, costumes... e estilo de vida. 

Surpreendeu-me por exemplo, que lá se recorra mais do que pensamos aos "grupos terapeuticos". O termo adoptado por cá pode ser "grupos de ajuda" mas prefiro a tradução fidedigna por o significado ser mesmo este. Já todos ouviram falar, mais que não seja pelos filmes, dos AA (Alcóolicos Anónimos). Mas existem mais grupos, tantos que nem dá para contar: fumadores anónimos, toxicodependentes anónimos, sexo-maníacos anónimos, sobreviventes de cancer, etc, etc. Tudo o que precisa de ajuda, criam um grupo e vão frequentar. Isto é comum, não é motivo de constrangimento. Mas ao chegar ao grupo, logo no primeiro dia, as pessoas mais ou menos sentem se aquilo é para elas ou não. E se não sentem uma conexão, partem para outro. Até essa conexão surgir.


Na minha opinião, ao se ter criado um afastamento com a igreja, acabou-se por perder um pouco desta "terapia" que a simples frequência possibilitava a muitas almas. Umas mais necessitadas que outras, umas mais activas que outras, mas creio que todos nós necessitamos de desabafar, de ouvir conselhos, de partilhar coisas. 

Sem dinheiro para terapeutas, psicólogos ou psiquiatras - cujo tempo de espera por consultas pelo que ouvi falar é tão stressante quanto qualquer stress em si - e sem a igreja, recorre-se aos amigos. Mas... amigos também não é coisa que exista muito por aí. Mais outro factor que também atribuo, de certa forma, ao afastamento da igreja. E eu nunca frequentei uma, mas consigo ligar os pontos e chegar a essa conclusão. Qualquer igreja/religião/ajuntamento - católico ou não - acaba por alimentar laços de união, afectividade para com o próximo, etc. Afastando-nos disso e sem mais nada que equilibre a balança, fica-se à mercê da vida e da televisão. E se a vida der limões/morangos e a TV for o único exemplo... 

Enfim, reflexões profundas demais para agora.


Mal ou bem a igreja, os sermões, a confissão... facultavam um pouco de reflexão.  
Quebrado o hábito, fica-se sem o ritual, sem um lugar fixo com o propósito exclusivo para esses desabafos. Uns apegam-se aos animais, a quem "contam tudo" mas isso só vem comprovar que existe uma necessidade por uma "bengala", por uma forma de desabafo.

Existem então os grupos de terapia. Por cá penso que também existem, não tanto quanto lá nem tão facilmente acessíveis como lá mas creio que existam grupos, principalmente para pessoas que têm de passar por traumas ou têm de viver com sérias doenças. E precisam de esclarecimento mas, acima de tudo, de desabafo, compreensão, entendimento. Dar e encontrar.

Uma vez uma destas senhoras americanas desabafou num pequeno texto (sempre que o fazem, acho enternecedor por serem tão genuínas) que estava a sentir-me deprimida e pensou em aderir a um grupo para ver se passava o seu mal-estar. Contou que o fez mas não sentiu aquela conexão. Então estava a pedir aos amigos para darem sugestões de outros grupos. E uma pessoa sugeriu: "Acho que devias aderir a um grupo de greefing(perda)". E aquilo fez sentido para mim, só pelo pouco que li. A senhora estava melancólica e deprimida... foi para um grupo para combater a depressão, mas não adiantou. A solidão é tramada... e a viuvez também. Era o seu caso. Embora tivesse família, netos... ainda assim faltava-lhe "aquela" companhia. À qual se tinha habituado como a um chinelo velho mas confortável. 

E pronto... o meu dom para a escrita nunca foi lá dessas coisas. Mas ignorem a forma e prendam-se no conteúdo. Era disto que andava para cá vir falar. Da vida destas americanas.


Através de receitas "boas e rápidas" de fazer, para as quais lambiam os beiços, também fui percebendo o quanto a alimentação lá é bem diferente de cá. Não existia uma única receita sem massa ou sem algo bastante artificial e calórico, como molho em pó, condimentos diversos, cremes embalados, etc, que não fosse frito. Rara foi a vez que uma daquelas "delícias" me causou outra coisa senão repúdio. 

E quando uma das senhoras começou, esporadicamente, a publicar fotos da neta, fui vendo-a crescer. Uma menina linda, de olhos azuis e cabelos louros, que quando chegou à idade de um ano e pouco, o seu rosto e corpo já começou a parecer um bocado "chubby" (gordinho). Agora publicou nova foto, das duas netas, e a menina está bem mais chubby, com uma barriguinha daquelas que por cá adoramos nas crianças - um pouco saliente, para a qual a avó chamava a atenção, dizendo adorá-la. O rosto dela parecia um balão. Eu, que havia visto uma versão mais saudável, achei que a menina não estava a rumar para uma vida saudável. A continuar assim... ela vai transformar-se numa pré-adolescente complexada, porque tenho quase a certeza que os seus hábitos alimentares já vão de mal a pior. 
E apeteceu-me, assim que o percebi, deixar um comentário a alertar para isso. Mas não posso, nem devo. É rude. Não os conheço... é indelicado e impróprio. Mas que apetece, apetece... parece que estou a ver o futuro daquela menina, a ser gozada por outros meninos, alguns nem por isso melhores do que ela... 

Há uns anos entrou uma criança gordinha num restaurante e uma amiga que estava comigo ficou muito revoltada, quis mesmo ir até a família dar-lhes uma descompostura porque, de acordo com a opinião dela, uma criança só ficava gorda se os pais fossem negligentes. Ela achava que aquilo era um crime! Eu achei-a exagerada e discordei com ela. Nem todas as crianças são gordas porque comem demasiado - e acredito nisto. Aquela, por exemplo, parecia-me um caso desses. Pois além de gorda também era muito peluda - tinha inclusive uma penugem facial e bastante pêlo nas costas. O que só por isso já deve deixar qualquer criança complexada ou vítima de olhares, não era necessário acrescentar mais olhares e uma reprimenda. 

Reality show de uma família americana
peculiar: Here comes Honey Boo Boo
Posso enganar-me, mas acho que algumas crianças aprendem cedo o que são maus hábitos alimentares. E ao ver a foto deles os quatro - avós e netas no facebook, apercebi-me que essa deve ser a realidade daquela família. Avós tudo bem... são adultos. Faz-lhes mal mas são velhos hábitos. Mas as crianças... merecem uma Educação Alimentar adequada. Hoje concluí que a alimentação é saúde. É tudo. Quando começa a falhar a saúde, provavelmente vai algo errado com a alimentação...


Quando era criança minha mãe enfiava-me tudo o que conseguisse pela guela abaixo. Ainda que eu prostestasse, tinha de lhe fazer a vontade. Na idade daquela menina, eu também tinha uma barriguinha chubby. Depois, por um breve momento em que praticava mais desporto na escola e fora dela, fiquei magricela. Mas acabando o desporto na escola - o que me entristeceu porque, apesar de tudo, sempre adorava a sensação que fica após um esforço físico. E com a alimentação em casa sendo inadequada no sentido da quantidade.... voltei a ser "chubby". Mas nunca fui muito gulosa. Os meus hábitos alimentares são errados - concluí anos depois - não tanto pelo que consumo, mas pelos largos períodos que fico sem consumir para depois "compensar" com mais quantidade - e sempre ao final do dia (quando não se queimam calorias, armazenam-se).  E isso é o quê, senão uma má educação alimentar? Na pré-adolescência fiquei por "conta própria" e não tão poucas vezes, mesmo anos depois, preferi nunca tomar o pequeno almoço. De facto, nunca senti vontade de ingerir pão com manteiga, cereais, iogurte ou leite logo ao acordar. Nunca gostei das opções, pelo que depressa enjoei e as dispensei. Até hoje cereais é algo que não consumo. Não gosto. (Acho que sou mais de salsichas com ovos estrelados pela manhã, eheheh).

Dão atenção aos hábitos alimentares?

domingo, 19 de junho de 2016

Do casamento à pedofilia


Noivos de Sto António


Deve ser uma estoupada, passar o dia todo no ritual de um casamento coreografado e televisionado que, ainda por cima, é dividido com outros 15 casais. Mas ainda assim achei imperdoável os noivos não se olharem no rosto quando trocam os votos. "Eu, fulano/a, te recebo XPTO por minha/eu esposo/a e prometo amar-te e respeitar-te até o último dia da minha vida" - lol. Right!

Se nem se olham na cara ao dizer isto, está-se mesmo a ver que os votos são verdadeiros, eheheh!



Conselho; para a próxima aproveitem melhor esse momento. Sintam-no mais como o vosso momento e não apenas um ritual chatérrimo que repetem com gestos mecânicos e voz aborrecida ou nervosa mas, tirando isso, sem outra emoção.


ALGARVE
Fico com a sensação que o All-Garve é, desde há uns bons anos para cá (25 sensivelmente), um óptimo refúgio para pedófilos estrangeiros. Parece que ao se estabelecer uma comunidade de imigrantes aposentados com algum dinheiro, além do que é bom também aparece muita coisa má. E quando uma comunidade se fecha em si mesma - haja ou não dinheiro ou boa formação - nunca dela sai algo especialmente de bom.





sábado, 18 de junho de 2016

Cibernéticos com rabos de fora


Sempre gostei de ler... Dicionários.
Agora que praticamente tudo se resolve por um computador, fui consultar, por mero lazer, um dicionário online. Coloquei uma palavra ao calhas no motor de pesquisa e distraí-me por uns instantes com as pronúncias e demais sinónimos e significados.

A surpresa final foi descobrir que o dicionário online faculta uma lista de "Pesquisas Actuais" de todos os usuários - imagino eu. Sim, porque nenhuma palavra ou expressão naquela lista alguma vez foi pesquisada por mim. E fiquei... incomodada com a primeira pesquisa "popular" que alguém decidiu necessitar traduzir noutra língua que não o português. Consigo mesmo imaginar para o que será.... 

O que concluiriam se percebessem que entre as pesquisas actuais está esta expressão assinalada a vermelho? 


Penso que se trata das palavras/expressões mais recentes. Porque logo a seguir fiz nova experiência e o resultado foi totalmente diferente. Contudo, ainda contendo outra palavra, de certo modo, perturbadora. 



Por instantes fiquei a verificar estas palavras mais pesquisadas, que mudam a cada nova pesquisa. Procurando entender se existe tem um fio condutor...



Silenciador, Revolver, Apontar alto...

Quererá alguém fazer algo?

A internet também é feia. 
Deixa rastos e dúvidas. Tanto pode ser inocente, uma pesquisa para um trabalho ou... não. 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ler um e book pode ser penoso


Ter ficado uma semana sem internet fez com que fosse ler uns livros que havia obtido faz dois anos. Não são exatamente livros. Pois não vêm na forma de papel encadernado em livro. Mas E-books

Os E-books encontram-se somente na internet, são para ser lidos no computador. 
Havia feito o download de umas obras gratuitas que encontrei nem sei bem como. Fui dar com elas numa pasta no computador que estava sem ligação à net e decidi espreitar os títulos e ler algumas obras. 

Escolhi, não sei bem como, na hora do download, obras originais inglesas traduzidas para português. O problema desta tradução é que a maioria dos e-books disponíveis - se não toda, é traduzido em português do Brasil.

O que vos dizer??
É penoso!!!

Faz doer o cérebro. Ler uma obra em português brasileiro é ler algo que se adivinha rico numa versão pobre. Consegue-se perceber, adivinhar inclusive, que aquele excerto no seu original deve estar bem escrito mas a tradução transformou-o em algo demasiado simplório. A leitura consegue ser penosa e em determinados momentos, dolorosa. Alem de se estar simultaneamente a traduzir na mente para um português gramaticalmente mais adequado, no final da leitura fica-se com a certeza de que muito se perdeu pelo caminho naquela básica tradução brasuca. É como comer algo mal cozinhado, quando se esperava ser servido de um prato gourmet ou, pelo menos, algo com melhor gosto. 

Tenham em atenção este excerto original de um livro que encontrei:


 E agora a tradução: 


Bem, isto só pode ser traduzido por um computador. Apesar da capa vir indicado que a obra é da Bertrand Brasil, julgo que só a capa o será porque a tradução é igualzinha ao que o google faria, se não mesmo pior.
Ora vejamos o que escrevem: "Os salões de (da) Del Norte Alto zumbia(m) com (o) primeiro-dia (sem infen) da escola caos (???) como Laurel preso (???) se através de uma multidão de alunos do segundo ano e ombros largos manchado (???) de Davi. Ela entrelaçou os braços ao redor da cintura e apertou o rosto contra seu (a sua) suave T-shirt. "Hey" (em inglês), David (já não é Davi) disse, retornando seu abraço (brrrrr! Calafrios que dá ler isto!). 
(...)
Dá para acreditar? Estamos finalmente idosos!"

- Porque todos os adolescentes de 17 anos ficam entusiasmados por saltar para a terceira idade lol! 

A língua portuguesa é rica em vocabulário. Ler um livro de tradução BR tem servido, até agora,para constatar que 80% dessa riqueza é esquecida. 

E vocês?
Alguma vez leram um texto em português-br?
Qual a experiência?




quarta-feira, 15 de junho de 2016

Uma ida à Praia registada por um turista

Voltei!

Para por os assuntos em dia.

Para começar, Marcelo Rebelo de Sousa na praia de Cascais. 


O que me apeteceu comentar a este respeito é que me entristece que se comece a tratar as pessoas como um objecto de celebridade ao lado do qual se pretende tirar uma foto para ver se esse vedetismo salpica.

No vídeo, um brasileiro - que dizem turista - comenta com espanto o facto do Presidente da República Portuguesa estar na praia sem seguranças como uma pessoa comum. Rodeado de jovens ansiosos pela «foto ao lado da celebridade» e se prestando a isso.

Bem, eu entendo esse espanto porque ele é brasileiro. Mas esse mesmo espanto funciona contra a continuidade do acto. 

Ter divulgado o que presenciou, em vídeo, nas redes sociais, e as TVs portuguesas terem pego nisso e feito notícia, também funciona um pouco CONTRA a possibilidade desta liberdade continuar. Quando os media divulgam um comportamento - e neste caso é o assédio por fotos ao lado do Presidente - eles estão a normalizar esse comportamento. A criar um padrão de incentivo aos mais ousados - onde se incluem pessoas respeitosas mas também outras mais... abusadas. Da próxima não serão 10, mas 100 pessoas que se acham no direito de importunar uma figura que só conhecem da TV, não para trocar algumas palavras, mas apenas para tirar uma foto a seu lado. De preferência com o braço em cima dos ombros ou de bochecha encostada a bochecha e um largo sorriso, numa falsa alusão de intimidade.  

Tudo para se exibir depois.
A parte da exibição sempre me fez alguma confusão.


E ao se divulgar estes comportamentos - que não têm nada demais quando na medida certa - acaba-se por criar uma bola de neve que pode erradicar a liberdade que qualquer pessoa conhecida pelos media ainda possa ter para fazer a sua vida sem ser abordado por centenas de outras que querem algo dela. Nesse incentivo, entra a desordem, o risco. Acabam-se as idas a lugares públicos. Começam a nascer motivos reais e paupáveis para temer pela vida.

Desculpem o raciocínio um pouco atabalhoado (nunca sei se esta palavra existe). Nem sei se estou a conseguir transmitir o que na altura pensei. Escrevo apressadamente, devido ao muito que quero realizar antes da noite terminar.

Quanto a Marcelo na Praia de Cascais... Não tem novidade alguma!
O homem sempre foi para lá, é «notícia» de décadas. 
A única diferença está no cargo que presentemente ocupa.


E que se continue a ser Presidente e a poder ser mais um na multidão de pessoas na praia, aos banhos e ao sol.

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Andava com saudade de vir aqui!
Aguardem-me....

Próximos posts: casamentos de Sto António e ...


segunda-feira, 6 de junho de 2016

Vejam isto:


500 vagas de emprego na Pfizer (nenhuma em Portugal)






Não vou entrar em pormenores. Não quero estender-me neste assunto que me desgasta e considero indigno até de ser mencionado. Legalmente penalizado, ia achar correto. De resto, nada disto me interessa. 

Tentar explicar a alguém de outra geração  - e nem é preciso ser da velha guarda - que um anúncio de centenas de vagas de emprego que por acaso encontra no facebook NÃO É de facto um anúncio e sim uma MENTIRA é desolador. Mas basta entrar no link para o perceber. Todos estes anúncios não datados, têm contudo, comentários DATADOS. Todos têm mais de um ano. O da TAP tem DOIS anos e meio. 

As pessoas continuam a se candidatar, a deixar dados pessoais nos comentários...


É o que dá, cada vez que uma empresa expande ou pretende ganhar projecção no mercado, CORRE para a internet a "falsificar" ou adulterar notícias de crescimento, expansão ou empregabilidade. Sem data de início ou de fim. Uma acto vil, perpetuado por não-me-interessa-quem, com vista a publicidade. Ou tráfego na página de quem a faz, who cares?

A lei devia punir falsos anúncios de emprego. 



Nota: Prevejo uma ausência demorada de actividade nos próximos dias em que irei ficar sem aquilo em que todos nos viciamos como se oxigénio fosse: Internet! 
Deixem-me tentar e depois volto para contar tudo sobre a "desintoxicação" cibernética eheh.

sábado, 4 de junho de 2016

saiu o euromilhoes


Deus devolveu.
Saiu 10€ no euromilhões que ontem fiz após ter deixado cair e perdido essa quantia.
Mas não me vieram para o bolso...

Não faz nada mal.
Agrada-me q.b. que tenha existido esse equilíbrio.

De facto, quase o intuí.
Mas se intuição estiver sempre assim certa, o primeiro prémio há-de cá vir.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Três Soltices


Hoje compreendi porque é que as damas antigas usavam camisas com colarinho a tapar o pescoço. É bom para dias como este: com sol mas muito vento.


Apeteceu-me usar uma. Acho que esta ventania ainda me vai dar uma pneumonia. E se nesta era posso ir ao médico e ficar medicada - coisa que raramente faço - na altura a prevenção era mesmo a única forma de combate à doença. Acho-os mais inteligentes. 



Hoje perdi uma nota de 10€. Quem a achar faça o favor de recambiar à dona. Era novinha, quase sem dobras, das mais recentes. Foi emprestada por uma terceira pessoa para a compra de um produto, que acabei por ter de comprar à mesma e desembolsar do meu bolso o prejuízo. 

Posso garantir que só pode ter caído em 2 lojas onde entrei e em todas demorei-me a ver produtos pelo que, se caiu, ficou perto de mim. Não acho nada improvável que alguém tenha visto a nota cair da minha mão e se precipitado a apanhar, sem nada dizer. 

Mas já disse uma vez minha mãe, após um ato generoso diante de uma circunstância mesquinha: "Deixa estar, Deus devolve".
Fico a aguardar...

Será que a minha cotação com'Ele está em alta?



Proliferam obras em prédios.

Até um leigo é capaz de perceber que algo na lei deve ter tornado muito vantajoso tornar-se arrendatário. Aqui na zona alguém comprou 4 apartamentos de um bloco predial e está a reparar todos em simultâneo. Metros à frente, mais obras. Girando um pouco para a esquerda e andando mais outro bocado, mais obras. Tudo muito discreto, profissional, feito por quem sabe e não está no seu primeiro rodeo. Ó todos ficaram ricos subitamente, ou algo na lei mudou e tornou muito vantajoso para aqueles que já têm dinheiro investir em propriedades. É o meu sonho. Investir em imóveis! Eu, que ainda não tenho um, snif. Quem sabe Ele me compensa a perda dos 10€ e tudo o mais com o ganho do primeiro prémio do Euromilhões?

E a oportunista que se divirta com o bem supérfluo que adquiriu à pala da distração de um pobre que anda sempre a economizar. 

Lavar a alma


Gostei. Tudo o que não fiz grande parte da vida. Os ensinamentos estão a ser assimilados ontem, agora... É mesmo necessário dispensar pessoas tóxicas da nossa vida. Ou o veneno nos matará. Já morri. Mas pretendo ressuscitar. Deixo é para o futuro. Não há futuro. Só presente.


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Que venham os Ikeas, que se banem as lojas chinesas!!


Preciso de desabafar.

E no final vou deixar um sincero apelo.

Se existisse um medidor de nervos os meus indicariam neste instante um elevado nível de nervosidade. Mas depois de desabafar volto quase à serenidade.

Há momentos na minha vida em que gostaria de saber aplicar melhor as leis que praticamente não conheço e sair mais a alguns dos "meus" que me são próximos. Que fazem por reivindicar os seus direitos e protestam em circunstâncias legítimas para tal, nem que tenham de chamar a polícia. Este é um desses momentos.


Fui a uma loja chinesa trocar um produto que não estava a funcionar adequadamente. Cheguei, com a simpatia que me caracteriza, aproximei-me do balcão, apresentei o produto e expliquei ao indivíduo, que tinha sido o mesmo que mos vendera, a razão de pretender a troca. O tipo responde: "não entendo". Tenho a paciência e a calma que me caracterizam de explicar pausadamente o motivo. Ele continua a não entender. Eu mostro-lhe: tenho dois artigos iguais, um funciona bem, o outro não. 

É raro trocar objectos danificados e não me agrada ir para trás e para a frente para o fazer. Porque faço todos os percursos a pé, não ando de carrinho. Pelo que me custa e tenho de organizar bem a minha agenda. E ali estava eu. Nunca me passaria pela cabeça que ia ser um dos momentos mais desagradáveis do dia! 

O que me valeu foi a presença de um empregado que fala português e que apontou para o obvio, que nenhuma barreira linguística seria capaz de impedir de se perceber se existisse boa vontade: um objecto funcionava bem, o outro não. E eu queria dois a funcionar bem! É pedir muito?

O indivíduo, que nem se levantou quando cheguei como cliente nem põs de lado o telemóvel no qual está sempre a mexer, faz então um som de escárnio - "hum!, seguido de um aceno negativo com a cabeça. Tira-me bruscamente o objecto da frente, mete-o de lado e diz: "não pode trocar!".

Eu fico na dúvida... se não posso trocar não deveria ele ter deixado o objecto onde estava ao invés de mo tirar? É o empregado que, mais uma vez, serve de esclarecimento: "pode trocar MAS É A ÚLTIMA VEZ, não troca mais". 

Um ultimato, antecedido de escárnio de reprovação. Que maneira de atender o cliente quando este entra pela porta, jesus!

Logo ali fiquei sem fala. Achei rude. Muito rude. Ainda dava um desconto para a diferença cultural mas... diante das circunstâncias não dava para disfarçar os factos com essa desculpa. Antipatia é antipatia, seja em que cultura for e mau atendimento ao cliente também. No acto de compra fui simpática, desejei-lhe sorte, e o tipo nem um sorriso nem um olhar de jeito. Muito evasivo. E eu nem sou de fazer interrogatórios mas, com uma loja quase vazia, não resisti à vontade de saber se iam fechar. Confirmou o fecho, um pouco com má vontade e não deu mais nenhuma resposta. Então desejei-lhe sorte... Como se pessoas que fecham lojas num lado e abrem noutras precisassem de sorte quando o que fazem é fugir ao pagamento de impostos!

Bom, para encurtar a história, eu é que fui buscar um outro objecto, troquei o objecto e o indivíduo, sempre a mascar pastilha de boca aberta e já a atender outro freguês que também foi trocar um objecto que não funcionava, aproxima-se para reivindicar o objecto devolvido. Aí sinto que não posso virar as costas e ir embora sem fazer o que faria em qualquer outro estabelecimento comercial: demonstrar, com educação, o meu desagrado pela antipatia demonstrada. 

E disse-lhe: Até ia para comprar mais coisas, mas o senhor não foi muito simpático. No acto da compra não nos dão o talão, não fazem devoluções (em dinheiro) até por isso acho que deviam ser um pouco mais simpáticos no atendimento. 

- Xau! - responde-me o tipo, sem me olhar no rosto, com outro som de escárnio e a mascar aquela pastilha.

Ora, isso não é enxovalhar o freguês??
Não é nos tratar como cães?
Foi como se me expulsasse. Quer lá saber se eu volto, se fico satisfeita... está a borrifar-se!
Tenho cá para mim que ser mulher e aparecer sozinha até o deixou mais à vontade para ser desrespeitoso. 


AGORA ENTRA O APELO:


Não comprem nada em lojas chinesas. Absolutamente nada. Nem que o produto venha da china e passe pelas mãos de retalhistas que o levam para as grandes superfícies. Vamos boicotar toda e qualquer loja chinesa. 

Acho que não nos damos valor como povo quando permitimos que estes comerciantes ajam diferente dos outros, quando a lei portuguesa é uma e deve ser cumprida igual por todos. 

Estes comerciantes da china não registam as vendas, não entregam talões de compra, não fazem devoluções em dinheiro... Onde pensam que estão? Os de cá têm de o fazer sempre, ou são punidos. E até aceitam devoluções até aos 30 dias após a compra. Estes não. Podes acabar de comprar e nem passar da porta e mudar de ideias. Voltas atrás e já não te devolvem o dinheiro.


Que venham os suecos e as suas Ikeas, que são empresas respeitadoras dos indivíduos e do ambiente. Não escravizam a mão de obra nativa, como o fazem os chineses. Se estes não estão dispostos a trabalhar pelos costumes de cá, alguns ainda fazem por impor a exploração de lá e ainda tratam o freguês com desprezo, então que voltem para a china que pessoas assim não fazem falta alguma na europa. Voltem.  




Posso jurar que vi aquele indivíduo bem impregnado do pior da cultura chinesa. Com ares de superioridade masculina, menosprezando a mulher, desprezando outras culturas. Tenho cá para mim que se não aparecesse sozinha, frágil e doce, se tivesse um homem grandão ao meu lado, que o trato seria um pouco diferente. Se fosse celebridade, conhecida... aposto que também ia ser "aquela" interesseira simpatia... 

Pessoas assim jamais deviam dedicar-se ao comércio. São intragáveis. 
Só lhe desejo o mesmo Xau que me deu... mas para se por daqui para fora recambiado para de onde veio.

Boa de...


Não sou boa de lábia.
Sou boa em conversa sincera, franca, transparente. Mas não de lábia!

O que me faz totalmente errada para funções de vendas onde se impingem produtos ou serviços.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Allô allô?


Há umas boas semanas em zapping deparei-me com a série Allô Allô no canal RTP memória. E compreendi: se a ditadura do "politicamente correto" de hoje existisse naquela altura, grandes séries como esta jamais teriam visto a luz do dia.

 

Brincar com a segunda Guerra Mundial? Onde tantos padeceram? Tendo esta sido ainda tão recente? Fazer comédia dos alemães, dos italianos, dos franceses, da resistência francesa... com base em alguns estereótipos? Ah não! Isso está mal! Isso está errado! 

Hoje tudo isto seriam fortes "tabus". A guerra, o holocausto... os alemães. 



Curiosidade: um dos produtores da série e co-escritor, David Croft (esq.), escolheu Portugal para viver. Faleceu em 2011, no Algarve, em Tavira, onde tinha casa. Teve sete filhos!! Por altura da sua morte já a série tinha passado diversas vezes na TV portuguesa.