segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Ilusão de interpretação


Estava a pensar que o tal colega de casa que «desapareceu» por umas três semanas ia abandonar esta e ir para outra. Afinal, entrou à socapa, escolheu o dia e hora com mais probabilidade de não ser visto, andou a arrastar sacos pelo chão, abriu o sótão onde guarda as malas de viagem e pareceu estar a tirar muita coisa dentro do quarto. Além de ter aberto e fechado a porta de casa umas 30 vezes.

Mas agora já não sei. 

Talvez não tenha essa coragem. A pesar de não gostar de cá estar, de não gostar das pessoas, ele gosta do dinheiro que economiza com a renda. Paga a mais baixa, por ter o quarto menor. Tão somente METADE do que eu pago. E se percebi bem, é um tanto sovina. Pessoas sovinas, acomodadas e fartas de viver na mesma casa, por acaso saem para outra sabendo que vão duplicar as despesas?

Talvez fosse bom demais...

Tanto barulho e, se calhar, ele estava mesmo a regressar de férias.
Voltou a por as malas no sítio, esteve a arrastar os sacos de roupa que sujou. A máquina ainda não parou de lavar. 

Entretanto saí e no regresso já não o vi.
Encontrei a outra rapariga, que disse um olá fugaz e ao me ver com uma fantasia de criança nas mãos, logo perguntou se ia de férias para Portugal. Disse que sim. Cada vez que lhe conto quando estou ausente, ora a trabalhar ora de férias, os olhos dela brilham. 

Eu sei que é bom ficar em casa sem muita gente. É bom sentir que se está mais à vontade...
Mas não aprecio as técnicas e táticas para extrair essas informações numa aparente conversa inocente. Só isso me incomoda, de resto...

É levar a vida!
O melhor que se poder.

Amor sem tabus


E preocupam-se é com os primos!


Anda esta sociedade moral a temer durante décadas a união carnal entre primos, condenando e vigiando adolescentes com receio que troquem uns beijinhos, para evoluirmos (ou regredirmos?) para situações bem mais picantes...

ler aqui.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Os desejos são PARA SER REVELADOS AOS QUATRO VENTOS!!!


Foi no meu 24º aniversário.
Rodeada de amigos que me exigiram que soprasse as velas fazendo um desejo. Mas advertiram-me: não podia revelar o que desejei a ninguém, caso contrário o desejo jamais se concretizaria

Mal terminei de dar o meu potente sopro, apagando num só fôlego todas as 24 velinhas que me espetaram no bolo da festa surpresa, um deles afirmou convicto:

-"Eu sei o que desejaste".
-"Não sabes não" - respondi.
- "Ai sei, sei!" - diz ele, como se estivesse na posse da capacidade de adivinhação.

Mas intuição de adivinhação é coisa muito mais feminina que masculina. Embora aquele rapaz desse ares e tivesse tiques de quem negava a si próprio uma atracção pelo mesmo sexo, mesmo assim não tinha a intuição típica da sensibilidade feminina.


O desejo nunca se concretizou, mesmo nunca tendo sido revelado. 

E não foi o primeiro. Enquanto crescia, lembro-me de ter desejado com bastante força de vontade, com o sopro que apaga sucessivas velas de aniversário, uma bicicleta. De facto tive uma, que comprei aos 24 anos. Só então se realizou esse desejo.

Não sei de onde vem o mito «se revelares que desejo pediste, este não se concretiza!».
É mentira. Desconfio que se deve fazer exatamente o oposto!! Se for segredo, quem é que vai saber? Quem pode ajudar? 

Mentiras. Assim como tanta outra coisa que se diz e se acredita, sem ter bases fundamentadas para a crença.

É como dizer: "O que não nos mata torna-nos mais fortes".

É um grande disparate
O que «não nos mata» deixa-nos mais fracos. Vai nos matando aos poucos. Nas ilusões, nas esperanças, no corpo. E não é essa a pior forma de morrer?? Se o que não me mata me deixasse mais forte, esta constipação que apanhei na passagem de ano já tinha ido embora, ao invés de me deixar com uma tosse e um nariz pingão que nunca mais desaparecem. Terei de esperar pela Primavera, Jesus? Para me ver livre disto??

De facto, não me mata. Mas me desgaste e me enfraquece. Obriga-me a trabalhar com mais esforço, da mesma forma, mas com menos energia. Obriga-me a ter de assoar o nariz constantemente, a procurar medicação, a sentir dores...

Mas não me mata.  


Há uma peculiaridade sobre os desejos que ainda não mencionei. É que eles, se mantidos em segredo, acabam por realizar-se de forma indirecta. Passam para o vizinho, para o amigo, para aquele conhecido irresponsável que nunca desejou nada semelhante...  Pelo menos comigo tem sido assim. Quase tudo o que desejei mais intimamente aconteceu. Mas no alvo ao lado. Não pensem com isso que tenho ressentimentos. Não os tenho. Sinto - com a tal intuição feminina - que essas coisas vieram a acontecer por interferência energética também minha. O meu desejo, a minha vontade, contribuiu. 

Existem pessoas assim e eu creio ser uma dessas pessoas. 
E foi então que, meses depois, quando soube que o que eu desejei naquele sopro de apaga-vela-de-aniversário ia acontecer com outra pessoa, EU SOUBE. Eu soube que tinha sido a força do meu desejo. Era a forma como teria de concretizá-lo. E com isso teria de me contentar.

Deus, ou quem ou no que queiram acreditar, escuta as nossas preces. E responde a muitas ou mesmo todas. Não faz é as coisas exatamente como as idealizamos. Faz de maneira diferente, através de outros... A vida é uma aprendizagem.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Mudança de Visual


Tem-me apetecido mudar algo na minha aparência.
Mas não estava convicta de que mudar o penteado era a mudança que procuro.

O que mais quero mudar é a aparência da pele do rosto.

Não que tenha problemas mas... queria voltar a reconhecer-me nela. A identificar-me. Com a pele e com os meus traços. A idade e os seus sinais bem que podem ficar. Não me reconheço nos poros mais dilatados, nas diferenças ténues de tez, nas marcas de borbulhas do passado impulsivo... Se um dia soube que ia estragá-la tendo-a boa, hoje quero-a boa tendo-a estragado.

O que preciso agora é de uma mudança diferente.


Peelings?
Não sei.
Talvez um dia vá cuidar de mim como nunca pensei cuidar antes.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

E as coisas andam assim: a rolar


Sinto-me uma amiga «ingrata» por não escrever com mais assiduidade no blogue e interagir com os vossos com mais regularidade. Mas cá estou eu, contente por ler os vossos comentários e ansiosa para me actualizar com os vossos blogues! Eheheh.

Poucas ou nenhumas novidades por terras de Sua Majestade. A vida continua a andar, na sua rotina... Ser uma pedra rolante e não uma parada, já me faz sentir bem. Ser uma pedra parada é quase estar morto enquanto vivo.

Agora me desculpem, mas vou visitar-vos :)



sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Escolhas Existenciais



Estou com dúvidas.

Tenho trabalhado muitas horas. Quando tenho dias de folga, nem sei o que fazer com eles. Sei que tenho de os usar para descansar o corpo e tratar da lida doméstica. Mas no que respeita a actividades de lazer, que é o que realmente nos carrega as baterias para o resto dos dias, começo a sentir desanimo, por não ter com quem as partilhar nem saber onde ir e o que fazer. 

Vim sozinha para outro país. E como comecei quase de imediato a trabalhar, não deu para criar nenhuma relação fora desse contexto. Na casa onde vivo, bem que tentei. Mas depois do que aconteceu semanas antes do Natal e após todos ignorarem a quadra e as decorações Natalícias, entendi perfeitamente onde vinha morar.

Não conheço ninguém cá. Ou melhor: até conheço alguém que vive a uma hora daqui, mas são pessoas que também trabalham e só têm os fins-de-semana livres, coisa que eu não tenho. E ainda que assim os tivesse, começo a ter dúvidas quanto aos passos a dar.

Vim para Inglaterra para me sentir útil e trabalhar.
Isso já consegui.

Mas permanecem sempre dúvidas. 

Devo viver para trabalhar ao invés de trabalhar para viver?
Que tipo de vida será a minha se continuar neste rumo?

Devo tentar encontrar trabalho mais dentro das minhas áreas de prazer e formação, arriscando ter de mudar de cidade, encontrar um emprego menos estável ou com uma remuneração menos aprazível? Devo solicitar uma carga horária semanal menos carregada, a fim de me sobrar tempo para o dedicar a outras actividades? Devo voltar a estudar?

Na vida, as dúvidas persistem... Sempre.
Vir para cá foi uma decisão certa. No fundo sei que, acobardar-me agora, não é certo. Mas ao mesmo tempo... 

Sinto uma vontade grande de me sentir em paz, a viver numa casa própria, onde posso cozinhar e viver completamente à vontade, sem ter de me privar ou me sentir policiada.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Para reler.

7 outubro 2015

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Inglaterra: Desfazendo Mitos -p3

EDUCAÇÃO DE BERÇO

Observei no mesmo dia, à mesma hora, no mesmo restaurante. Uma criança japonesa com talvez 5 anos, acompanhada dos pais. E uma criança inglesa ainda bebé, talvez de um ano e pouco, também com os pais. Ambas as famílias sentadas à mesa de almoço.

A família japonesa surpreendeu-me. O pai brincava com a criança entusiasticamente ao mesmo tempo que esta comia umas bolachas em miniatura que trouxe de casa. Tinham-nas colocado em cima de um guardanapo em papel e a criança petiscava-as sem fazer sujeira. Pareciam pessoas bem educadas. A mesa em si tinha o normal de se encontrar numa mesa de restaurante... e um smartphone com que a criança e o pai se divertiam num misto de brincadeira, com convívio e aprendizagem. Os pratos, talheres e demais utensílios encontravam-se num estado normal.

A família inglesa também surpreendeu-me. A criança bebé, sentada na sua cadeira alta, diante do seu prato de comida tipicamente inglesa, distraía-se tirando as ervilhas do prato, esmagando-as de seguida com os dedos e colocando-as no tampo da mesa. Já tinha uma pilha considerável de ervilhas esmagadas, aquilo mais parecia puré. Os pais limitavam-se a observá-la, sem fazer nada. Não a repreenderam, não a ensinaram a não brincar com a comida no prato, nem sequer tentaram com que ingerisse alguma coisa. Não se envergonharam com a cena. Nem mesmo quando o empregado chegou e meteu-se com o bebé. Não mostraram qualquer impulso de se desculparem ou de simularem quererem desfazer a sujeira das ervilhas, por exemplo, por pegarem num guardanapo em papel para apanhar o montinho de puré que a criança estava a deixar na mesa para o empregado limpar. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Inglaterra: Desfazendo Mitos - p2

LIMPINHOS

É mito que os ingleses são todos limpinhos. É verdade que as ruas estão livres de resíduos considerados "lixo"- aquele que em Portugal costumamos facilmente encontrar. Mas isso tão somente significa que os governantes cumprem o pelouro da limpeza e higiene urbana. Fazem o seu trabalho, ponto. Em privado acho que muitos ingleses são um tanto para o desleixado, revelando que não gostam de sujar as mãos. Nos quintais de algumas casas - poucas, consegue-se ver entulho de anos e lixo recente. Nos restaurantes mais comuns deixam as mesas sujas de tudo um pouco, besuntam cada centímetro com aqueles molhos que todas as comidas inglesas levam e ainda por cima, se trazerem lixo com eles (embalagens de comida rápida, garrafas de refrigerantes, embalagens de perfumes, cigarros, embalagens de aparelhos eletrónicos diversos, de pasta de dentes, fruta a apodrecer, embalagens de sapatos novos, etc) deixam tudo na mesa onde foram almoçar/jantar. Claramente, julgam que quem as limpa, não se aborrece com o entulho extra. 

E para contrariar esta tendência, quando na caixa de supermercado, o empregado/a nunca atende o cliente atrás de ti até te ires embora com as tuas compras. Se ainda tens de as ensacar, eles param de atender. Têm essa cerimónia. Vai-se lá entender esta gente! Cheios de cerimónias numa simples fila de supermercado, mas sem nenhuma quando se trata de abandonar porcaria e lixo desde que seja para outros limpar. 



terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Inglaterra: DESFAZENDO MITOS -p1

RECICLAGEM

É mito que os ingleses são todos muito limpinhos e se preocupam com o meio ambiente. Onde quer que eu vá, vejo que a reciclagem não é coisa que consigam realizar. A simples tarefa de separar o plástico do papel parece-lhes confusa. Não encontrei um único indivíduo que se preocupe ou queira saber. Nos estabelecimentos é necessário separar os resíduos e os funcionários não o fazem com a maior das descontrações. Metem garrafas de plástico dentro do lixo doméstico, ou do contentor destinado ao papel e nos grandes contentores de reciclagem para cartão ou plástico existentes no empreendimento empresarial encontra-se uma mistura de tudo. 


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Fiquei surpresa...


Tomei uma decisão: avisei o emprego que provavelmente não ia aparecer amanhã às 7am para trabalhar, por me encontrar doente. Foi a PRIMEIRA VEZ em toda a minha vida de trabalhadora.

Estou sozinha num país estrangeiro. Cuidar de mim passou a ter mais importância pois, em caso de necessidade, não terei ninguém á minha volta para me acorrer. E decerto não será o chefe que irá fazer canja e cuidar de mim enquanto estiver doente.

Então, pela primeira vez, como disse, avisei que estava doente e que provavelmente iria faltar um dia. Como sempre os contactei por email, decidi voltar a fazê-lo. Mas achei que poderiam duvidar de mim, achar que estava a mentir. Então decidi pegar no telemóvel e fazer um curto vídeo onde explico que tenho andado doente e estou a tentar curar-me a tempo para ir trabalhar. Faço o vídeo e anexo-o à mensagem. Também já havia anexado vídeos antes, aquando um problema de acesso à base de dados online. Portanto, não fiz nada que não tivesse feito antes.

Uma hora após tomar o comprimido para a constipação, toca o telefone estrangeiro. Atendo e reconheço de imediato a voz. É a minha «chefe». Ela põe em causa eu estar doente porque - imaginem, eu havia pedido para começar a semana com um dia de folga. Nunca sei os meus horários com antecedência. Trabalho por turnos e só sei a que horas uns 2 ou 3 dias antes da mudança da semana. Por vezes estou de folga e tenho de ir propositadamente descobrir quando vou trabalhar... 

E como havia pedido para a semana começar com um dia de folga - coisa que foi rejeitada, ela logo deduziu que eu estava a mentir. "Tu pediste este dia e agora telefonas a dizer que estás doente".

PAGA O JUSTO PELO PECADOR - disse-me uma pessoa ao telefone, após lhe contar a história. Acho que acertou na muche. Como já contei aqui várias vezes, eu já fiquei doente noutras ocasiões e sempre optei por ir trabalhar à mesma. Até que o meu corpo não aguentou mais a falta de descanso e meteu-me na cama à força.

Mas agora, além de mais velha, o que significa uma saúde mais fragilizada, mais sábia e, espero, a aprender com os erros do passado, estou também sozinha. O trabalho que faço é puramente físico. E os meus joelhos nem tinham forças para descer os degraus das escadas cá de casa... Como aqui valorizam (ou dizem que valorizam) a saúde e o bem estar dos empregados, não contava que a reacção da «chefe» fosse suspeitar que estou a mentir.

Nunca minto quando se trata de saúde. Sou péssima a mentir, acho que isso vê-se na minha cara, por isso não sou grande praticante. A razão porque lhe pedi o dia, foi porque este seguia-se à folga e eu precisava descansar. Porquê? Porque meteram-me a trabalhar 11 dias seguidos, sem folgas, e nas anteriores, deram-me apenas UM dia para folgar. Após uma semana de mais de 9h de trabalho diário. Ou seja: andam a sobrecarregar-me e o meu corpo começou a dar sinais de que precisava descansar....

Por isso pedi o dia. Ela recusou mas deu-me 2 dias de folga a meio da semana, o que achei ainda melhor, pois a minha prioridade antes mesmo de ficar doente, é usar um desses dias de folga para tratar de descobrir como ir a um médico aqui no UK.

Todos dizem que é super fácil e que conseguem tudo sem grandes despesas.Mas não foi isso que encontrei no meu caso. A primeira ida ao centro médico local deparei-me com um cenário pior que em portugal. NÃO ESTAMOS A ACEITAR MAIS PACIENTES- diziam os cartazes espalhados por toda a parte. AS RECEPCIONISTAS NÃO SÃO CULPADAS PELA FALTA DE MÉDICOS, QUALQUER PESSOA QUE CAUSAR DISTÚRBIOS SERÁ EXPULSA - diziam outros tantos.

E como não estavam a aceitar mais pessoas, deram-me um nº de telefone para ligar e me inscrever, depois disso enviaram-me uma carta dizendo qual era o outro centro de saúde ao qual podia ir. Um que fica a UMA HORA de distância de autocarro de pouca frequência!| Numa outra localidade, bem longe. Ora, para isso prefiro ir a londres, que também fica a uma hora daqui!

No aspecto da saúde, dei-me muito mal por cá. Fui logo parar a um sítio sem nada para oferecer. 
Preciso urgentemente de fazer análises ao sangue. Só isso... tirem-me sangue e mandem analizar. E para tal tenho de me enfiar num bus e viajar uma hora??

Mas estou no UK ou na china??

PS: Ninguém gosta desta chefe, que é francesa de nacionalidade, porque ela fala de uma maneira que faz com que os outros pareçam estar sempre em falta. Além disso, ela não resolve a maioria dos assuntos de sua competência, diz que são transferíveis para os seus «subalternos», não é pontual com os próprios horários, combina coisas e deixa as pessoas penduradas ou combina a contar que outra faça o trabalho e nem a avisa. Portanto não me preocupa assim tanto que ela possa ter deduzido o que deduziu. Provavelmente, como é sempre o caso, estava a falar por experiência própria... 

domingo, 1 de janeiro de 2017

Passagem de ano... pois sim!


Então,como foi a vossa passagem de ano?

2017 começou comigo a desejar muita diarreia e danos materiais aos barulhentos dos vizinhos. 
Não, não tive «boas entradas», nem sequer boas saídas, já que os vizinhos colocam «música» num volume acima do aceitável por volta das 20h do dia 31 de Dezembro de 2016, são 1.50 da madrugada do dia 1 e os parvalhões não diminuíram o volume dos batuques. Para piorar, escuto também o som de pancadas.

Quando vi o anúncio de aluguer desta casa, vinha em destaque que ficava numa rua «sossegada». E de facto foi sossegada, nas primeiras semanas, até estes putos barulhentos se mudarem para a casa ao lado. De todas as casas desabitadas que a rua tem- que são quase todas, foram logo escolher aquela ao lado da minha!

E tinham de ser pessoas egoístas e barulhentas. Pestes que se criam como ervas daninhas por todo o lado! Só pensam em si, os outros que se lixem. Têm para aí 4 carros estacionados á porta, gostam de os ligar e deixar o motor a trabalhar, adoram ter os carros parados com a porta aberta e música a tocar, que nem autênticos bimbos, gostam de ir à noite para a entrada da casa falar alto e apreciam sentar-se na ombreira que separa ambas as casas para fumar, deitando de seguida as beatas para a minha entrada.

Hoje soube finalmente de que nacionalidade são. Na gritaria de celebração de «passagem de ano», um ritual que me é cada vez mais estranho, os parvalhões gritaram, entre muitos gritos dados apenas pelo prazer de gritar, que "ninguém se mete com Roménios e Bulgários!".

Pronto. Está tudo dito...
Bem que podiam voltar para a Roménia e Bulgária e ter este tipo de comportamentos por lá. 

Mas como aqui fazem o que bem lhes dá na gana, não devo ter essa sorte.
O meu ano começa comigo algo doente, com dores de cabeça, febre, tosse, a desejar descansar em total sossego e silêncio, mas a não conseguir devido ao som dos batuques da casa ao lado, que teimam em continuar. Acho que nas próximas 3 horas eles não vão parar. Prefazendo um total de 8h seguidas de «música» alta non-stop. Mas isto aqui ao lado é uma discoteca??

Esta gente não dorme? Se sim, digam-me o que posso fazer para retribuir... o barulho!


Como não sei mais o que fazer, resta-me desejar-lhe que tenham um ano de merda, que tudo em que se metam dê errado, que um meteorito caia do céu direitinho aos seus carros, que um dia queimem a casa de tanto que gostam de queimar porcaria no quintal, etc, etc.

Imagino os meus colegas de casa que têm de ir trabalhar às 6 da manhã...
Horário que eu andei uma semana também a fazer. Tive sorte em estar de folga, pois já não folgava fazia 2 semanas. Mas de quê serve as folgas se não se consegue sossego?

Que o novo ano lhes seja uma merda e desapareçam daqui!!