segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bulling no trabalho

Você seria capaz de se relaccionar com uma pessoa de mau carácter, se esta consigo fosse só delicadezas? É para esta questão que procuro uma resposta. Há uma sondagem ao lado para poder responder.

Falam de mulheres mas, eu tenho mais lembranças más de homens no que respeita a colegas de trabalho sacanas. Neste contexto, mas não só, gostava de saber a resposta à questão. Imagine que, consigo, um colega é só charme. Simpático, com elogios e disponibilidade... mas com outra pessoa e sem razão, é um filho da p*. Você percebe que o seu caracter não é do melhor mas, como a si não o/a afecta, isso muda a sua forma de ser com ele?


Parece não ser uma questão relevante, mas é. Tenho pensado nisso. Se formos amigos de pessoas com atitudes de filho da p*, não se está a ser conivente? Não é esta também uma forma de agredir, por via secundária, a vítima? Depois, se esta um dia se queixar, você não pode com legitimidade mostrar-se indignado/a. O silêncio ou a conivência também é uma forma de agressão. Mais ainda se te consideras amiga dos dois. Por mais que custe há que ter uma conversa esclarecedora.





domingo, 29 de novembro de 2009

Domingos... irra, que há barulho!

Porque é que as pessoas são tão barulhentas ao fim-de-semana?

Repete-se sempre a mesma coisa, todos os sábados, todos os domingos... quero descansar, mas é difícil! Todos gritam, falam alto, fazem barulho, batem portas, deixam cair coisas ao chão, entram e saiem em frenesim.... irra! O que se passa com as pessoas? Não gostam simplesmente de sossego?

Eu cá gosto! Se ao menos o meu vizinho me deixasse dormir até ás 11 horas da manhã, se me apetecesse. Mas o miúdo tem hábitos terríveis, que começam mais cedo ao fim-de-semana: levanta-se às 6h da manhã para brincar e arrastar os brinquedos pelo soalho de parquet bem em cima da minha cabeça. Isto é de loucos! A maioria das vezes ando cansada pela privação de sono. A semana passada então... sentia-me desfalecer e com tonturas... o puto adora atirar bolas, berlindes e sei eu mais o quê para o fino soalho. Estes sons são o meu despertador e antecipam-se sempre ao verdadeiro. Dormi apenas 7.30 horas nas duas noites do fim-de-semana passado.

Depois há os gritos, como os de agora. Não sei o que o puto anda a fazer mas, para mim, não está a fazer tanto como é costume. A mãe não pára de gritar com ele. Fala alto, quase que percebo tudo o que diz. Parece que o puto quer coisas que são para meninas... quando o pai parece não estar, a mãe perde sempre a paciência. A bem dizer, estes conflictos familiares beneficiam-me, porque o puto fica mais quietinho, não corre e pula por todo o lado, não joga à bola dentro de casa e anda aos gritos. Mas também me incomoda tanta irritabilidade no ar, portas a bater sonoramente, 60 segundo de choro do puto...

E volto a repetir a pergunta: o que é que se passa com as pessoas ao fim-de-semana? Não sabem, simplesmente... relaxar?

Top Models

Nem todas as mulheres desejam ser a 8ª maravilha do mundo.



Estou a lembrar-me de Bridget Bardot, Elizabeth Taylor e até Grace Kelly... mas existem mais exemplos. Se ninguém conhecesse a história destas mulheres, talvez não acreditasse que foram desejadas por milhões por todo o planeta. Assediadas, perseguidas, idolatradas, louvadas, admiradas, desejadas... consideradas quase por unanimidade as mais bonitas de sempre. Acredito que, mesmo hoje, quando um homem se depara com os rostos eternamente preservados jovens destas ninfas em fotografias e filmes, sente desejo. A consciência da passagem do tempo, da idade actual das beldades e do quanto estão diferentes fisicamente, em nada lhes diminui a fantasia... de atravessar para a tela e engatar aquela miúda.





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Mas estas mulheres não viveram em função da imagem criada. Ao contrário. Viraram um pouco as costas às pressões da beleza, às exigências da indústria e escolheram uma realidade mais "pés no chão".






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E é compreensível. Não é fácil viver com o extraordinário peso que é ser uma Sex Symbol. Todos te idealizam como a amante perfeita, para começar. Tendem a criar uma imagem que não corresponde à realidade, em quase todos os sentidos, também para começar. Outras mulheres que não recebem a mesma atenção emanam tanta inveja que são capazes de actos indescritivelmente horrendos para prejudicar as outras. E isto é só a ponta do que deve ser o peso do icebergue da mulher Sex Symbol.













E o que é ser Sex Symbol? Pensem lá bem! Ser impressionantemente linda? Enganam-se! Existem por aí centenas de mulheres deslumbrantes. Muitas modelos, muitas actrizes... mas quantas têm este "rótulo" de Sex Symbol? Pouquíssimas...








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É que a beleza em si é apenas e tão somente, a tal ponta do icebergue. Há também uma aura que envolve a mulher que faz com que as atenções convergam para si. Vejam só Elizabeth Taylor. Se formos a ver, a mulher "mais bonita e mais sexy do planeta" não tem um rosto tão especial assim, embora os seus olhos sejam impressionantes! E então?... existem mulheres por aí com o mesmo azul no olhar. Bonitas também. Porque não são consideradas Sex Symbols?

Falta-lhes aura!


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Esta é a minha teoria. Resumidamente, que a beleza que a todos cativa não se resume ao aspecto. Existe algo para além disso, que é mais importante, que é o que realmente fascina. Mas se quem se aproxima (amigos, interessados, apaixonados) não for capaz de descobrir a pessoa para além da fantasia, tudo funciona como peças de um puzzle que nunca encaixam... e é por isso que a beleza se pode virar contra quem a possui, somando-se decepções atrás de decepções...

E assim chego à minha segunda teoria e ao "recado" que quero transmitir. Procurem as vossas "princesas" tal como o príncipe Encantado procurou a Cinderela! Não esperem encontrar a mulher ideal toda embonecada, bem vestida e deslumbrante, com sapatinhos de cristal no virar da esquina ou no escritório do trabalho. Se encontrarem, suspeitem! Pode ser uma daquelas filhas da madastra má, após uns tantos liftings e cirurgias correctivas... cuidado! As princesas, muito provavelmente, ainda andam vestidas em trapos, presas em casa pela maldosa "madrastra"... há que procurar nos lugares mais inesperados e olhar com atenção para o que já nos rodeia... até porque, dita a história, que o "feliz para sempre" com uma mulher bem arranjada, transforma-se num pesadelo com vários quilos e muita insatisfação pessoal, enquanto que uma mulher que se descobre, anda feliz, faz os outros felizes e gosta de agradar o maridinho... olha o sortudo!
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Mas não quero enganar ninguém... a beleza é um óptimo cartão de visita, abre muitas portas! É usada em todas as situações. Só não acho que se deva viver em função dessa futilidade. Existem excepções mas o que mais deve existir são lindas mulheres que não se deixam ver. Andam despenteadas por aí, com uma roupa simples, apressadas para chegar a casa e fazer o jantar, ir ao supermercado pelo caminho, ou na hora para almoço... Até podem ter potencial para ocupar o mesmo patamar que as referidas beldades de Hollywood. Entendem?

E vão deixar de ser reconhecidas porque não se vê a ponta do icebergue? Abrir os olhos pode conduzir a agradáveis surpresas!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Privacidade

Desde criança que tenho a sensação que não há forma de viver a vida sem que outros estejam a a par daquilo que fazes. Falo de privacidade. Em miúda li algures que os satélites enviados para o espaço podiam ler um papel minúsculo caído no passeio com perfeita nitidez. Também li que existiam armas militares capazes de ver as pessoas através das paredes e que, inclusive, já tinham sido usadas para apanhar as pessoas no acto sexual. Nunca gostei de fazer algo privado, como sair da banheira e entrar no quarto, se uns cortinados não estivessem a tapar a janela. Sentia mesmo que mais alguém estava a espreitar. Se escrevo ao computador algo privado, como um diário ou um blogue e a janela estiver sem cortinas, mesmo sabendo que estou num andar alto e o prédio em frente está longe, sempre acho que alguém tem formas de espreitar. Binóculos, telescópio... Com o tempo, fui tentando não me importar com o facto de estar a escrever no computador, por exemplo, e saber que alguém no prédio em frente pode estar a invadir as minhas ideias recorrendo a um destes utensílios de espionagem.


Mas desde o início que não vivo em função desta impressão que tenho. Não é uma mania nem uma paranóia. É algo consciente, apenas isso. Hoje foi reavivada, quando um colega de trabalho aproximou-se para me dizer que sabia qual era a password do meu email. Disse-me que a descobriu num dia em que deixei o email aberto no computador e me ausentei. Ainda me disse que cada vez que acedia à conta, em qualquer parte do mundo, ele sabia-o.




Não sei porquê me disse ele isto. Talvez para me intimidar, desesperar, sei lá. A verdade é que isso me fez pensar no quanto me esforcei, me obriguei a mudar um certo hábito. É que, no emprego, nunca me apetecia consultar os (muitos) emails que tenho. Era sempre uma coisa que fazia depois do expediente, quando chegava a casa. Lá só tinha energia para me ocupar com as tarefas necessárias e, quando dava conta, estava a consultar o meu emails horas depois, em casa, durante umas horas... No entanto sei que os meus colegas, à semelhança da grande maioria das pessoas, aproveita para consultar os emails pessoais no trabalho. Eu me interrogava porquê não tinha eu a mínima inclinação para o fazer também. Ás tantas, comecei a forçar o gesto. Tive mesmo de me obrigar! Comecei por consultar aqueles que menos informações sobre mim podiam facultar. Os abertos para responder a um site duvidoso, para tratar de um assunto específico, etc... depois comecei a abri-los todos. O único que nunca quis abrir foi este, que me dá acesso a este blogue. Mas já não me recordo se, por uma única vez, me senti tentada e experimentei.

Já não é a primeira vez na minha vida que me forço a adquirir um mau hábito, só porque não entendo como posso não partilhar esse fascínio como a maioria das pessoas.
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Em criança nunca fui de experimentar estas teorias aplicadas aos cigarros, drogas, álcool e outras coisas semelhantes. O facto da maioria beber, fumar, drogar-se, andar na rua, maquilhar-se, embonecar-se, etc, nunca me fez querer experimentar. Nunca! Sempre vivi muito bem na minha pele, a pesar de ser um ser frágil e volátil. Sou mais por este tipo de desafio espiritual... porquê não consulto/envio eu emails pessoais no emprego? E como será resistir a uma coisa que me apetece muito? - é este tipo de "desafios" que acabo por agarrar.
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Vivemos numa sociedade informatizada onde tudo está exposto e qualquer pessoa tem acesso aos teus dados pessoais. Juntando uma má indole, o resultado pode mesmo ser algo equivalente à morte.

sábado, 14 de novembro de 2009

Dia de S. Martinho

São Martinho já passou, mas uma observação ou duas ficou...




Chegava eu á noitinha ao terminal de camionetas do Campo Grande, quando me espanta ver uma fila de pessoas por entre um fumo intenso. Sigo com o olhar da última até a da frente e verifico que é fila para comprar castanhas! É dia de S. Martinho, não é de estranhar que as pessoas queiram provar castanhas... mas de noite, FILA para pagar CARO meia-dúzia ou uma dúzia de castanhas no Vendedor Ambulante... que lucro aquele homem não teve só nessa hora!

Outra coisa que S. Martinho ainda me revela é que verifico, com espanto, que a maioria das pessoas desconhece que pode fazer castanhas no microondas. Também não sabia? Pois vá já experimentar, caso tenha comprado algumas e tenha ainda em casa.

Ficam deliciosas (pelo menos assim afirmam as pessoas que as comem depois de eu as fazer). Tão ou melhor que as assadas, por mais tradicional que seja o método. A verdade é que uma boa castanha, bem assada, parece já não existir... algo se perdeu, que o sabor não é mais o mesmo. Mesmo comprando-as nos vendedores ambulantes ou tentando reproduzir a assadura tradicional com carvão e um recepiente próprio no quintal de casa, a verdade é que não sabem tão diferente das do microondas... que todos me dizem ser deliciosas e perguntam como se faz!

Portanto, já sabe: castanhas no microondas: não suja, não polui, não deita mau cheiro.... e sabem bem!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Desabafo do diabo

Tenho no emprego um colega que me trata muito mal. É rude e mal-educado. Trata-me com desdém, dá-me ordens, tenta apontar dedos à eficiência do meu trabalho, não aceita uma sugestão sem ser verbalmente agressivo e tem atitudes de violência passiva. O que fazer?

Esta questão já não me perturbava há algum tempo, a pesar da convivência diária. Mas hoje até me tirou o sono e estou aqui a escrever ás 5.30 da manhã... o mesmo número de horas que estou acordada.

A minha atitude para com ele ou para qualquer outra pessoa, mesmo que rude e agressiva, é pacífica. Sou uma "madre Teresa" (só que esta era impaciente!), no sentido em que consigo engolir todos os disparates que me são lançados e não reagir sem ser com tranquilidade.

Como lidar com uma pessoa destas? Aparentemente é um tipo simpático... mas só há superfície. Posso dizer com sinceridade que ele se mostra tal como é: um desalmado. O que não é nenhum despropósito, visto que tudo o que se relaccione com piedade, compreenção, Deus, milagres, protecção divina é alvo das suas mais impiedosas críticas.

A mim ele se mostra tal como é. Não há nada ali que se aproveite. Diria que não tem essência, não tem conteúdo, é podre. Como diz uma colega: o tipo é um porco. Às mulheres, só trata bem as jovens e bem feitas. Diz com a boca cheia que é exigente e só come "filé-mignon". (olhem só o tipinho...). Chama nomes às outras, sempre pelas costas, e não é nada meigo. Ao implicar com alguém é um desalmado: não mostra sentimentos, não parece reflectir sobre as razões ou validade das suas acções. Parece um animal mas um daqueles irracionais, que só sabe é ver um alvo vermelho à frente e investir, investir, com os cornos. E gosta das vítimas inofensivas e inocentes. Vulneráveis e sem grandes defesas. É mesmo um animal... não implica com ninguém do seu género. Não bate de frente com homens, que esses podiam dar coices. O seu alvo predilecto são mulheres fracas.


Mas quem julga que ele aparenta ser o que é, julgue outra vez. Tem voz doce. Que usa tal e qual uma mulher usa quando quer seduzir. Para mim é uma voz desagradável e tem um tom nojento mas, para quem está de fora, é capaz de iludir. Fala de forma rude e agressiva, mas com aquela voz. É altivo, cheio de si, mas como diz "bom dia" com dois beijinhos no rosto, julga-se o mais bem educado ser à face da terra (sem exagero). Também se julga o único bom trabalhador dentro da sua profissão e já o ouvi falar mal da forma de trabalhar de todos os outros colegas. Mas tem conversa, enrola, diz coisas sem nexo mas vai deixando a pessoa em dúvida...

Uma vez olhei para ele no momento exacto em que disse algo assim:
-"Deus?! Eu acredito é no Diabo, se tiver de escolher prefiro o Diabo a Deus".

Ao olhar para ele não é que visualizei o dito cujo? O rapaz tem até perfil físico para se mascarar no Halloween da sua personagem favorita. O perfil e o espírito, já que é tão ardiloso e maldito. Tem perfil, tem espírito mas duvido que tenha alma... maldito!

Maldito!