segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Ainda sobre aqueles dias antes do dia...


Sobre o assunto menstruação, para ser honesta ainda falta mencionar outros sintomas não físicos, mas emocionais.

É comum naqueles dias antes de surgir, sentir-se menos tolerância para coisinhas de treta. Fica-se mais irritável. Não, não é como nos filmes nem como se gosta de exagerar no imaginário popular. A mulher não vira um monstro que desata a atirar objectos em direcção aos homens e age irracionalmente. Essa descrição é diminutiva e visa minar a imagem da mulher na sociedade.


Também pode ser comum a vontade para comer certas coisas, como chocolate. Isso explica-se simplesmente pelo facto do organismo estar a precisar de alguma coisa que o cérebro sabe reconhecer que encontra em determinado produto. Como ele faz esta espantosa ligação, não se sabe. Mas a verdade é que seja pré-menstruação ou durante a gravidez, se apetecer à mulher ingerir algum tipo de alimento, é porque o corpo precisa. Mas neste requisito, penso que o género não faz qualquer diferença. Aos homens acontece o mesmo. É assim para todo o ser vivo. A única diferença, mais uma vez, reside na forma como a sociedade decide distinguir e exaltar esta característica ao género feminino, tornando-a em mais um traço que visa diminuir a coerência da mulher. 


Outro traço pouco mencionado, é a depressão. Mais uma vez, os filmes abordam esta questão sempre um pouco pelo lado da comédia. Mas a verdade é que as mudanças de humor existem. São usadas na ficção para as gags fáceis, mas não são tão bonitas assim. Preciso realçar nesta altura que, cada caso é um caso. Seja qual for o ponto mencionado: os desejos, a irritabilidade ou a depressão. Posso descrever aquilo que sinto e que os anos disto me fizeram identificar.

Nem sempre se segue o mesmo padrão, mas, por norma, existe uma ligeira diminuição dos níveis de tolerância. Então aquela «coisinha» que sempre te enervou, vai demorar muito menos a voltar a te enervar. 

Ele mastiga sempre de boca aberta? Porra que isso vai irritar-se logo na primeira garfada! Ao invés de te irritar na terceira ou te "aguentares" como de costume...  Este tipo de exemplo. Alguém não bate à porta antes de entrar? Porra que nunca mais aprende! - este tipo de coisa. Menos tolerância, maior irritabilidade mas, no meu caso, nada realmente muito significativo. Resmungo mais, por ter menos tolerância. Mas também tem alturas em que estou de bem com a vida. Vai-se lá entender!

Não sei se os homens entendem isto, porque presumo eu - neste departamento eles são mais acção-reacção. Que tanto pode ser uma bênção como uma catástrofe. Por isso são mais dados à violência - o que pode soar a uma ideia pré-concebida mas, na realidade, a sua condição hormonal ligeiramente diferente da feminina é o que lhes incute essa predisposição. Não é à toa que mal se ouve falar de mulheres que violam homens, é quase sempre o contrário. Uma mulher quando sai de casa, tem de estar atenta a muita coisa. Um homem também, mas o medo de ser violado dificilmente será um deles.

Ai, mas o que me deu para falar! Eheheh. 

Voltando ao assunto principal: a depressão é um dos sintomas menos agradáveis que podem surgir - ou melhor - ser ampliados, nesta altura do mês. A depressão faz com que se pergunte para quê se vive. E obtem-se como resposta uma consciência clara de que não se está cá a fazer nada. E tudo o que nos aguarda não é nada que devamos aguardar com um sorriso no rosto. Vamos todos morrer um dia, porque não pode ser logo? É o tipo de pensamento que ocorre com mais frequência nestas alturas, em certas situações. 

Não quero dizer com isto que se deseja morrer, mas é como se fosse, porque vida, morte, tudo não passa da existência em si. Objectivos, lutar para ganhar dinheiro, correr para um trabalho... tudo parece não ter relevância ou fazer sentido. 

E depois? Depois respira-se fundo e continua-se numa rotina... 
A correr para o emprego, a tentar ganhar dinheiro, a fazer tudo o que nos foi incutido. Ano após ano... Envelhecendo nestas rotinas e stresses. No fundo sabe-se que tudo isso não é nada, porque vida, morte... não somos nada. 


E pronto. Este é um outro lado que todos nós podemos vivenciar, homem ou mulher, mas que, por alguma razão biológica, parece que a mulher é capaz de estar mais sujeita a estes pensamentos e emoções nestes dias em particular. Suspeito que o homem também sente o mesmo «desespero» e receios, até os tem muito presentes no dia a dia. Mas todos nós fazemos o que nos foi incutido: há que afastar estes pensamentos e continuar com as rotinas.

É isso que é viver.

domingo, 26 de novembro de 2017



ASSUSTA

Pensar que daqui a um mês já passou o Natal.

(E irrita, perceber que também e a altura da menstruação, pelos vistos no final. VÁ LÁ.)



E explodiu...

9 dias.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Fui um Pulha - final


O homem continuou em pé e eu distraí-me a começar uma conversa com a senhora idosa que se sentou ao meu lado. 

Só tive tempo para perceber que, na fileira atrás, uma outra mulher se preparava para ceder o lugar ao senhor idoso. Ao que este volta a recusar, acrescentando:

- "Deixe-se estar. Eu não mereço. Sou um pulha. Se a menina soubesse o que fiz na vida não ia querer dar-me o lugar. Fui um pulha nesta vida. Não mereço sentar-me.".


A a rapariga, intimidada e surpreendida com aquele desabafo, contraiu-se de volta para o seu lugar, em profundo silêncio. 

NÃO FOI A PRIMEIRA VEZ QUE ESCUTEI ISTO.

Homens de uma certa idade, nos transportes, a recusar um lugar afirmando serem desmerecedores desse gesto de cortesia, por terem levado uma vida «desmerecedora», e se auto intitularem «canalhas» ou «pulhas».

O que acham disto?
O que faz homens assim?
É a educação e valores que receberam?
É o aproximar da hora do juízo final?

Mas é muito interessante, a franqueza e honestidade com que se assumem pecadores. Talvez arrependidos, ou temerosos devido à avançada idade e à aproximação do dia do julgamento. Ou talvez, se fossem jovens cheios de vitalidade, novamente voltariam a cometer acções que hoje, com mais discernimento, os fazem a seus olhos uns pulhas desmerecedores de certas cortesias.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

Fui um pulha - 2

Como contei, tinha acabado de me sentar no transporte público, grata e aliviada por ter conseguido lugar, quando entrou um senhor idoso, que de início nem vi.

A rapariga à minha frente inicia o movimento para se levantar e lhe ceder o lugar. É aí que dou conta da presença do homem, porque este diz-lhe para se deixar estar. Não precisa que lhe ceda o lugar de propósito, só aceitaria se ela fosse sair na próxima. A rapariga deixa-se, então, estar. E eu estou quase para fazer o mesmo que ela, levantar-me e insistir para que o senhor tome o meu lugar, quando dou conta do meu cansaço mas, também, do jovem rapaz que está sentado à minha frente.

Erámos todas mulheres naqueles quatro bancos. Excepto ele. 

Não é a primeira vez, nem a segunda. Provavelmente nem a vigésima mas é recorrente. O simples conceito disto desilude-me mas é uma realidade que consto facilmente nos transportes públicos: quando alguém vai para se levantar do lugar para ceder o espaço a uma pessoa com mais idade, essa pessoa NUNCA É UM HOMEM. 

Está sempre a acontecer: entram pessoas a quem é suposto ceder o lugar por terem prioridade - grávidas, pessoas com crianças, idosos ou pessoas portadoras de bengalas ou deficiência e NADA de um mancebo que está mesmo ali se levantar. 

São quase sempre as mulheres que cedem lugar, mesmo quando sentadas ao lado de jovens rapazes.

Mas o que é que se passa com o «cavalheirismo», morreu de vez?
Se temos noção de que devemos ceder o lugar, então também sabemos como deve funcionar as prioridades. Também se sabe que fica bem a um homem que viaja sentado ceder o lugar a uma senhora que está em pé. Porquê? Pelo mesmo princípio pelo qual o cedemos a idosos, crianças e pessoas de fraca mobilidade! 

Mas já não se faz isso nem com idosos, como deu para perceber. O rapaz ali sentado nem se mexeu. Estar rodeado de três mulheres, uma prestes a ceder o lugar a um homem idoso, não o sensibilizou para o seu «dever». Aceito, um pouco com maus olhos, que um jovem aparentemente saudável na flor da idade e cheio de vitalidade, acabe por não ceder o seu lugar a uma mulher que, aparentemente, não tem nenhum problema. Pode viajar em pé, simplesmente é mulher e provavelmente está mais cansada ou carrega mais sacos e malas... Mas um jovem rapaz, saudável, capaz de sair dali a correr e subir todos os degraus da escadaria aos pulos, saltando dois em dois...

Fica mal. 

Ainda na véspera, fui eu que cedi lugar a uma senhora que entrou no eletrico (daqueles antigos) com uma criança pela mão. Ainda aguardei uns segundos a ver se o homem ao meu lado ia ter esse gesto de cortesia. Ou qualquer outra pessoa ali, realmente. Mas NINGUÉM reagiu e eu não esperei mais tempo e perguntei à senhora se queria sentar a criança no meu lugar. Ela nem me ouve há primeira, distraída que está a tentar certificar-se que paga a viagem e a criança está junto dela. Pelo que tenho de repetir para que me oiça e para que seja ela a ficar com o lugar, e não outro que vem atrás. 

Nestes preciosos segundos, o homem ao meu lado não tomou a iniciativa, nem nenhum outro naquele eletrico. Não cedem o lugar a mulheres, a idosos nem a crianças. De facto a MULHER tem muita mais sensibilidade. Muitos homens parecem ser uns insensíveis. Até que um dia, sejam eles a precisar de lugar.

E quem é que lhos vai ceder?
As mulheres. 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Fui um pulha - parte 1




Tinha acabado de sair do eléctrico articulado que estava cheio até às costuras. Durante toda a viagem estive tão comprimida entre tanta gente que julguei de verdade que os meus orgãos internos iam demorar a voltar ao lugar. Um homem muito alto entrou por último e, junto com mais dois, conseguiu espremer o já apertado espaço. Segurou-se ao poste onde as minhas costas estavam a ser comprimidas e o seu cotovelo ficou mesmo a bater-me na cara. A única forma de contornar isso foi desviar o pescoço e seguir o resto do percurso assim. Desconfortável? Sim. Bastante!!


Por fim cheguei ao destino. Completamente «prenssada». E logo tive de me enfiar noutro meio de transporte público, pois em Lisboa é assim mesmo que se chega a qualquer lugar: é preciso entrar e sair de vários transportes para chegar a um só destino. Costumava levar duas horas de viagem só para ir de Lisboa para... Lisboa. Segundo o Google Maps, são cerca de 14 quilómetros. Uns meros 15 a 20 minutos de deslocação por carro particular - diz a mesma aplicação. Mas de transportes, não fazendo grande diferença a hora - cerca de 120 minutos.

Até que experimentei recorrer só ao metro. Até onde este vai, claro... O resto do percurso tem de ser feito pelo elétrico, o único que passa pelo ponto A e B, ou vários outros autocarros, do ponto A para o A2 e deste para B.
,
Tenho de andar 15 minutos a pé até alcançar a entrada do metro. Uma vez lá dentro, há que subir e descer uma porção de degraus, trocar de linha e novamente andar um bocado. Por isso dei preferência aos autocarros, por me deixarem mais perto e me pouparem a caminhadas que consomem preciosos minutos. 

Porém, na prática o metro é o transporte que economiza o tempo de deslocação, mesmo incluindo as caminhadas. Esperar por um autocarro pode levar até mais de 15 minutos. Esperar por três, leva muito mais. Porque o percurso nunca é feito num só, há que fazer transbordos para chegar ao desejado destino. Geralmente preciso de fazer três. Além do tempo de espera entre transbordos e os minutos de caminhadas até eles (nunca me calha que a paragem onde desço é onde passa o próximo que preciso apanhar), o veiculo precisa parar várias vezes. Tanto nas paragens de percurso para a recolha e largada de passageiros, como as impostas pelos semáforos e restante tráfego. 

Isto consome tempo. Após muitas tentativas combinadas de diferentes autocarros, o metro acabou por provar ser a melhor opção. Passei a fazer o percurso em cerca de hora e meia, ás vezes um pouco menos.

E digo: são minutos preciosos.

Como dizia, tinha acabado de sair do eletrico e entrado noutro transporte. Nesse tinha um lugar vago . Aliviada e a precisar descansar, sentei-me.

Nisto aparece um senhor de alguma idade. 

domingo, 19 de novembro de 2017

Os dias num mês de vida feminina


Noutro dia a Ana, do Escrevi e Vivi, fez um post sobre a primeira menstruação.
Estava aqui quase a dormir mas incapaz de entrar no sono devido a uma circunstância alheia e foi então que tive vontade de vir escrever sobre o mesmo assunto. Já o fiz antes, mas aqui vai novamente. Os mais sensíveis ao tema ficam já avisados e estão a tempo de voltar atrás Eheheh.

Estou «quase» a ficar menstruada. E quando digo quase, quero dizer que pode levar 10 dias. O meu corpo já mo está a avisar faz dois. E como avisa? "Sente-se" as entranhas do aparelho reprodutivo. A melhor forma que encontro para descrever a sensação é de que o útero está a ser esticado como se estica um elástico. Sente-se toda aquela tensão do esforço. É uma sensação permanente. Não vai embora durante todas as vinte e quatro horas que dura um dia. Outro dos avisos do corpo feminino é essa mesma sensação nos seios. A sensibilidade dos mesmos está ao rubro e é como se se sentisse esse rubro. O mês passado alguém veio dar-me um abraço durante estes dias e devo dizer que a mulher tem sempre de disfarçar... dores. A simples compressão do peito foi dolorosa.

Isto tudo porque a natureza nos quer mães!
Embora cada caso seja um caso em tudo o que aqui vou descrever, no geral o ciclo de uma mulher saudável surge a cada 26 a 28 dias. Quando a menstruação desce, pode durar de 3 até 7 dias. 

 O que aqui vou frisar é a matemática de tudo isto. Para que se compreenda como é um mês na vida de uma mulher. E depois o outro,  o outro, e o outro... sem fim. 

Um mês tem 30 ou 31 dias. A menstruação de uma mulher vulgarmente diz-se que vem "todos os meses", mas na realidade o ciclo é menor que o do calendário convencional, no geral rondando uns estimados 28 dias. 

Parece um intervalo de tempo «aceitável» mas a realidade é diferente.


Vou usar para ilustrar melhor a situação, a menstruação anterior. Que surgiu no dia 1 de Novembro. Reparem, estamos a 19 e desde o dia 17 que o corpo «mudou» e já está a dar sinais físicos de dor e desconforto. E de quanto durou o ciclo? Aproximadamente sete dias. O que significa que chegou a 1 e foi embora a sete. Apenas 10 dias depois, o corpo já avisa que deu início à fase de maturação do óvulo, preparando-se para o fazer descer ao útero e, eventualmente, expulsar. 


Penso que neste instante o que «sinto» com esta sensação de tensão elástica e sensibilidade é o malandro do óvulo a passear feliz desde a trompas de falópio em direcção ao útero. E pode levar 10 dias nisto. Enquanto o malandro viaja, não se incomoda de «expandir» as paredes à sua passagem, de forma a incomodar o hospedeiro KKKkk

 Quando chegar ao destino, aloja-se por um dia e impaciente e chateado por não ter tido companhia para o receber, decide explodir com aquela cena toda! E é então que se dá a menstruação. Por sete dias. 

Resumo matemático:
A mulher tem em média apenas 10 dias no mês em que não sente nada incómodo relacionado com a sua  feminilidade. 


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Nasceu Jesus Cristo (e outras coisas)

Impressões sobre a nossa Comunicação Social:


1) A julgar pelo telejornal da CM, o nascimento de Jesus Cristo há 2017 anos foi totalmente ofuscado pelo nascimento de Alana Martina. 

A miúda nasceu há dois dias, mas o telejornal não pára de falar disso. Faz um indeferido à porta da maternidade em madrid, põe-se a adivinhar as emoções dos pais e faz autênticas dissertações à fotografia pós-parto publicada por Georgina, a mãe da bebé, assim que chegou a casa. 


Isto de querer ser «chique» e imitar todas as estrelas internacionais, não resultou para Georgina. Olhem que falta de chá na foto... Diria que os dedos dos pés esticados para ficar bem na imagem já denuncia onde está o foco da maternidade... E as flores à volta de todo o sofá? Há que saber construir um cenário e este não foi bem conseguido. 



2) Entre Marido e Mulher, não se põe a colher

Parece que a Comunicação Social só agora descobriu que ser-se polícia é uma PROFISSÃO DE RISCO.
Ao que tudo indica, ao se ser polícia e tentar interromper uma briga, por espantoso que pareça, corre-se o risco de apanhar uns estalos. Vejam só! A descoberta que os media fizeram... Isto e a pólvora não sei não... qual a mais surpreendente. 

O pior é que está a fazer com que aqueles que não são tão estúpidos, sintam-se assim. 
O que pretende com todo este alarmismo?



Jantar «Polémico» 

A mesma comunicação social demorou DOIS DIAS a descobrir que o jantar da web summit no Panteão Nacional não foi o único a realizar-se naquela localização. E depois demorou dois dias para falar de todos os prévios. Isto é que é saber mugir a vaca! Não tem mais leite para dar, mas recicla-se. 


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Portuguesinha está de regresso


Novidades, pessoal, novidades: A Portuguesinha está em Portugal!

Pois é...
Estou para ficar um pouco, mas tenho bilhete para voltar.
Só não retorno se, por um fantástico golpe de sorte, a situação laboral mudasse para algo fantástico.

Enquanto isso... as saudades! Vão ser eliminadas.
As férias que não tirei vão ser aproveitadas agora. E sinto-me feliz.
Por ter de volta a luz desta cidade, da qual senti saudade.
Já me acostumei ao clima inglês mas a identidade deste sol!!!


Sei que está frio e vento mas é como se fosse primavera.
As cores são mais vivas, a luz é mais forte... tudo em Portugal é mais intenso! É assim que explico a diferença de um país par ao outro. Cá quando dá sol, é forte, é luminoso, é intenso. Quando chove cai grossa, ruidosa, oblíqua ou suave, delicada... Lá tudo é mais blasé. As gotas de chuva são finas, gostam de cair direitas, sem causar muito ruído e sem ficar por muito tempo. O sol espreita mas esconde-se no mesmo minuto. Aqui ele é mais decidido! 


Lá deixei árvores caducas, passeios cravados de folhas secas, chuviscos constantes, temperaturas baixas e... a escuridão das 16.30h. Ah, como não sinto saudade disso! Gosto de ter claridade, como gosto da luz de Portugal!


Sei que vim e o sol vai ficar a acompanhar-me.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Só quem não é apanhado é que se safa


Uma hospedeira de bordo da British Airways foi demitida após a divulgação de um vídeo onde fez uns comentários sobre os clientes que recebe no avião. 

É típico dos ingleses.
TODOS O FAZEM.
E até pior que esta jovem aqui. 


Mas não foram apanhados. Ao invés de desculpar por saberem muito bem que tudo o que é dito é verdade e não teve real malícia ou consciência de ser impróprio, como com facilidade a tudo colam o rótulo de "racismo" e foi isso que prevaleceu, mais fácil que tomar a decisão compreensiva é DEMITIR a pessoa. 

Simples porque as pessoas são números. São importantes até à altura de causarem um mínimo desconforto. Aí são descartáveis como, aliás, sempre foram. As pessoas têm de se comportar muito bem - mas só nas aparências. Podem ser os piores «terroristas» e terem crenças realmente racistas. Mas desde que não sejam apanhadas e censuradas publicamente por as expressar, é como se fossem inocentes.

A meu ver esta ex-hospedeira da BA não disse as graçolas mal intencionada. Estava a tentar ser engraçada entre amigos. Mas descobriu que amigos há poucos... Ela própria afirmou que foi ludibriada por uns colegas, que a incentivaram a dizer aquelas coisas achando-lhe graça. Quem atende clientes sabe que existem padrões comportamentais que nada têm de racismo, apenas espelham uma questão cultural. E é natural que numa rota para a Nabímbia ou algo assim, se note o padrão comportamental das pessoas naturais desse país, assim como se conhecem os padrões dos orientais para a cortesia, pela preferência pelo chá... Onde está o racismo?

Este mundo está cada vez pior.
Isto do «politicamente correcto» é um veneno que se pode espalhar perigosamente na sociedade.
E é uma hipocrisia. 


Comentários gerais:
"Não detestam que hoje em dia tudo seja considerado racismo? Mesmo quando não é."

"Tendo crescido nos anos 60, crescemos sobre o sistema de "pedras e paus". Agora, graças ao Blair e companhia (tony Blair, ex primeiro ministro) vivemos na Grã-Bretanha Orweliana (George Orwel descreveu um mundo vigiado e censurado no seu romance 1984) onde tem de se olhar acima do ombro antes de dizer seja o que for. Patético".

"Sou um negro nigeriano e não vi nada de mais nos vídeos. Aliás, até comecei a rir. Os brancos é que acham que é ofensivo".


domingo, 5 de novembro de 2017

Kevin Spacey Predador Sexual de Menores


Kevin Spacey admitiu ser GAY.
Isto quando veio a lume uma sua tentativa de assediar sexualmente um rapaz, muitos anos antes.

E por isso, agora, ele decidiu comunicar ao mundo: "Sou Gay!"

O que ele não quis comunicar ao mundo é que é pedófilo.

Sim, porque ele não se interessou, pelos vistos, por homens. Mas por meninos. Só meninos.


Certamente não é o único. Muitos outros haverão naquele mundo «encantado» e simultanemante nojento de Hollywood. Estou a recordar-me daquele actor octogenário (ou quase) que entrou em todos os filmes do X-Men. O vilão... Desde que vi fotos dele com «chavalos» prostitutos ao lado que passou a transmitir-me uma vibração muito desagradável.


As fotos que vi eram daquela «hollywood» feia de que algumas vezes se escutam histórias. Aquela que já existia nos tempos do ator Rock Hudson, que faleceu em 1985 com SIDA e que ocultou a vida inteira que era gay e que a sua vida privada era rodeada de orgias, onde entravam muitos meninos.


50 anos se passaram... 

E Hollywood, aparentemente, mudou pouco. Mudou só por fora. No núcleo, os lobbies continuam os mesmos e aqueles que continuam a querer prevaricar com crueldade e abuso, continuam a ter o seu espaço. 



Documentário: 

Hollywood's Dark Secrets / An Open Secret


Vi este documentário quando apareceu. Ainda anda algures pelo youtube, mas está a tornar-se mais raro de encontrar. Tem sido eliminado. Há um link acima. Mas existem mais. Muitos mais. Parece até que o mês passado veio a lume outro indivíduo poderoso (Homem, claro, Harvey Weinstein) que também andou a molestar mulheres e actrizes que empregava. E ouvi nas notícias o caso de um outro que já morreu mas até a sua morte esse seu lado da vida permaneceu oculto. Conhecido só de alguns. E das vítimas.

Todos se calam. Não é de espantar. 

Mas um dia, a coisa vem ao de cima. Basta um abrir a boca. E muitos outros se seguirão. Ao que parece, chegou a vez de Kevin Spacey ser descoberto pelo público. Agora soube-se que ele teve comportamentos inadequados com jovens rapazes ao longo da sua vida. Graças a Anthony Rapp, o  primeiro a mencionar o que lhe aconteceu com o poderoso e admirável ator da série "House of Cards". Logo a seguir o filho do ator Richard Dreifuss (o oceanográfico no filme "Tubarão") afirmou que Kevin enfiou-lhe a mão na cocha quando este tinha 18 anos. Só contou ao pai anos mais tarde, como tanta vez acontece. Alegadamente o ator terá ficado irritado mas optou por manter a situação no privado. E é assim que é possível as coisas continuarem a acontecer. Seja dentro, seja fora de hollywood. Comportamentos «bizarros» de Spacey já deviam ser do conhecimentos de alguns, da suspeita de muitos e do conhecimentos de muitos mais. 

Grande ator? Sem dúvida! Gay? Já adivinhava... Mas pedófilo... Isso não fazia ideia! Ao mesmo tempo, não é assim tão surpreendente. Porque será que gay e pedofilia andam tanto de «mãos dadas»??




sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Receitas anti-depressão


Fui casualmente parar a um site com uma «receita» para transformar a depressão em felicidade. Por curiosidade, espreitei o que dizia.


De todos as 8 maneiras apresentadas para alterar de um estado de espírito depressivo para um de felicidade, o único «ingrediente» que me pareceu ser realmente eficiente é este:




Tradução livre:
Mantenha o seu pensamento no «aqui e agora»
Parte do motivo pelo qual se sente triste e depressivo tem a ver com a quantidade de tempo que fica a pensar em coisas do passado ou o não estar entusiasmado com o que se segue, não perseguir um futuro. Pode contornar estas emoções negativas simplesmente por se concentrar no "aqui e agora". Faz parte do HOJE e deixa tudo o resto para trás. A depressão começa a afastar-se e a energia que precisas para fazer parte da vida regressa. 


Devo dizer que isto é muito parecido àquela antiga expressão "não vale a pena chorar sobre o leite derramado". 

Os provérbios portugueses são em si um livro de auto-ajuda e conhecimento


E está tudo certo.
Imediatamente PAREI de pensar no que aconteceu no passado e me pus no presente. E o presente estava também a planear o futuro. E não é que aquele peso nos ombros foi embora? 

Se isto resultar sempre, vou recorrer a esta simples constatação mais vezes :D 



quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Casamento Religioso ou espetáculo?


Desculpem-me mas isto não me cai bem.

Ou bem que te casas, ou bem que dás um espetáculo. 



Entendo perfeitamente o querer cantar no próprio casamento... Algures durante a cerimónia, como por exemplo, durante o copo d'água. Mas «parar» no casamento em si, de pé no altar, dentro da igreja, ao lado do noivo que daí adiante ignora por completo e desatar a cantar uma longa Avé-Maria com direito a versão internacional... não me cai bem. 

Se ficasse na intimidade, algo feito para os presentes convidados, tudo bem. Mas não... foi capturado por uma equipa profissional de cameras com todos os enquadramentos e movimentos de imagem típicos de quem dá um show televisivo...  e divulgado nas redes sociais. 

A mim não me caiu bem. 
Mas hei... 
Cada um tem a sua sensibilidade.
Pode ser que um dia isto se banalize demasiado e já nem incomode.

Sou muito receptiva a muitas ideias «out of the box» e adoro coisas assim mas... tem de fazer sentido. Exibicionismo, aproveitamento profissional ou alienação dos restantes... Isto é uma mistura de dois momentos íntimos distintos que, a meu ver, não combinam. 

As vísceras das redes sociais não «caíram em cima» disto??
Muito me surpreende Kkkk