sábado, 30 de agosto de 2008

Portugal abriu as fronteiras e entra o crime

Tenho um pouco de receio do aumento da violência e dos chamados crimes violentos. Sempre guardei para mim a satisfação reconfortante de sentir que vivo num país que, apesar de tudo, mantinha-se diferente. Diferente da violência que lia ocorrer noutros locais do mundo. No meu Portugal, não há aqueles mísseis a cruzar o céu que me fizeram chorar quando na Tv os vi no céu do Rio de Janeiro, no Brasil. Não há nada que me faça sentir aquele embrulho no estômago e aquela sensação terrível indescritível que tenho quando me chegam aos ouvidos actos humanos do pior que existe, como os genocídios em África ou o funcionamento das redes de pedofilia mundiais. Não que nunca tenha existido violência em Portugal. Mas é muito diferente. Os crimes violentos praticamente não constituiam uma ameaça à população em geral. No máximo, eram crimes passionais ou macabros, ocorridos entre conhecidos que se desentendiam. Geralmente em zonas específicas ou isoladas de Portugal, quase sempre entre pessoas de baixa instrução e condição de vida miserável. Crime de morte por coisa alguma, não.

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A primeira notícia que me marcou de um crime violento onde assassinaram uma pessoa sem necessidade para tal foi há uns anos, quando assassinaram com várias facadas e depois um tiro, um homem que trabalhava na sua ourivesaria. Fiquei impressionada. Como, e desde quando, alguém aqui pratica um crime estúpido destes? Nunca antes tinha ouvido falar de tal coisa. Matar para roubar! Não assim, entre pessoas sem desentendimentos à muito pendentes. Não com intenção, não sem ser um acidente, um imprevisto. Não uma ourivesaria, muito menos com tal crueldade e indiferença. Três facadas (?) e um tiro! Mas o que é isto? Que tipo de pessoa comete tal acto? Mesmo na eventualidade das coisas correrem mal, nunca tal podia ter tal desfecho. Este acto estava em dessintonia com a norma. Foi muito cruel. Desnecessário, gratuito e fútil. Cobarde. .

.Acredito que dar um tiro possa ser «fácil» pela ausência de contacto físico. O que facilitaria o indivíduo já covarde de dar azo à sua cobardia. Mas antes do tiro, existiu a sordidez das múltiplas facadas. Aí existe contacto, dá para sentir tudo, suja-se as mãos de sangue, escuta-se de perto o som da vítima a agonizar a cada perfuração. É uma vilanice. Cobardes!!


A polícia através das imagens da câmera de vigilância, conseguiu identificar e prender os assassinos. No jornal onde li a notícia publicaram essa imagem, momentos antes do acto criminoso. Ali estava a vítima, viva, a respirar pela última vez. Tudo tão desnecessário! No retrato aparece um casal, homem e mulher, bem vestidos. Ele de fato e gravata. Boa aparência. Pois sim... mas foi quem enfiou três facadas naquele pai de família ali a trabalhar para sustentar os seus. É que é tão inusitado, tão imprevisto, que o pobre homem não podia sequer ter imaginado que, um dia, ia ser este o seu desfecho. Afinal, quem é que acorda de manhã a pensar que é naquele dia que não vai regressar a casa?


As ironias macabras e injustas da vida são terríveis. O casal de assassinos eram brasileiros ilegais em Portugal. Quem diria que a vida do homem assassinado e a existência de dois Brasileiros nascidos sabe-se lá onde do outro lado do planeta, ia cruzar-se para ter este desfecho?


E porquê o fazem? Porquê andam estes criminosos por aí, a achar que escapam ilesos? Não sabem que uma acusação de furto é uma coisa e o acto de matar, outra totalmente diferente? Não sabem que o limite é a vida? Porque foram aqueles brasileiros que em Campolide assaltaram o Banco Espírito Santo piorar a situação ao fazer reféns? Nunca se viu tal coisa... a não ser nos filmes americanos. Porquê acordaram eles naquele dia e decidiram que ia ser aquele o dia em que iam morrer? É que não deram alternativas. Os reféns podiam ter morrido. O desfecho podia ter sido outro sem ser necessário alguém morrer. Nem mesmo os bandidos.


Calhou ser o dia do emigrante e veio à televisão um diácono comunicar à população que não devemos alimentar pensamentos xenófobos diante desta notícias quase diárias de crimes violentos a serem cometidos quase sem excepção por indivíduos de outros países. Até concordo com ele. Sou contra qualquer tipo de discriminação gratuíta e imediata. Mas factos são factos. Ao abrir as portas, Portugal importou a criminalidade. A livre circulação de pessoas e bens também significa o facilitismo para os actos criminosos. Isto não é ser xenófobo. É ser realista. E se não se admitir o facto, dificilmente vai haver uma solução para o problema. A crise económica do país, com cada vez mais portugueses a viver na miséria e com falta de dinheiro, não vai facilitar as coisas. Um dia uns podem decidir que, se vêm para cá uns roubar ou matar e até em alguns casos, escapam com impunidade, então porque não os da casa? É perigoso.


Agora a polícia está a desenvolver unidades especiais de combate ao crime violento. Sim porque, se formos a ver, Portugal tinha indivíduos mas unidades, um esquema organizado que necessitasse de labutar incessantemente, talvez não fosse o caso.


Temo muito que o que vejo na televisão, nos filmes e séries americanas, passe em pouco tempo a ser a realidade portuguesa. E andem polícias e criminosos, envolvidos nestas teias de crimes e corrupção, em que o que é certo e errado é cada vez mais uma definição subjectiva, difícil de definir. Não pode nunca ser assim, ou seremos todos bandidos.


No meio de tudo isto, apetece-me agradecer aos indivíduos incógnitos e invisíveis, que fazem do combate à violência e à criminalidade a sua profissão. Todos os dias estão actualizados com tudo o que o ser humano tem de pior. Vez e vez sem conta. Talvez também eu, se tal tivesse de ser, conseguisse ter essa vida. Mas não aguentaria. É que de noite, quando se quer dormir e pensar noutras coisas, os pensamentos viajam para as visões macabras do dia.


Ás vezes penso que devemos todos nos comportar como antigamente. Sermos pró-activos e agir de forma popular. Pegar no chinelo em riste e ameaçar o malandro que vem perturbar o bem estar da vizinhança. Afinal, o povo unido, jamais será vencido.


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sotaques e raízes

Sou um desastre para sotaques.
Não só não os sei imitar, como me passam ao lado.


Já cometi a «gaffe», por assim dizer, de conversar com alguém por uns minutos e acabar por ouvir as pessoas a me dizer: «então não se vê logo pelo sotaque?».


Só oiço o português. A forma como me chega, quase sempre passa despercebida. Venha com sotaque do alentejo, do norte, do sul, dos Açores, dos emigrantes. É isto um mal? Ou um bem? Acho que demonstra o quanto não é de meu carácter a tendência para descriminar, por isso considero um bem. Porém, dependendo da ocasião, pode vir a ser um mal. Quando para os outros isso importa e a mim não, acabo por virar vítima desta situação.


Sou a portuguesinha, Lisboeta assumida em mensagens anteriores. É suposto ser aqui o «sotaque zero». Ou seja: o povo de Lisboa não fala com sotaque. O português-padrão é aqui, é o que é divulgado nos meios de comunicação em massa, considerado «sem sotaque».


Hoje deu-se um acidente de viação numa estrada do norte. Um camião-cisterna virou e derramou ácido. Estou atenta à notícia quando o entrevistado diz: «o camião viroue». A palavra viroue ficou ali a pairar uns instantes no ar até me lembrar porquê: era assim que o meu avô falava. Com sotaque do norte.


Minha avó também. Embora seja Lisboeta e quase nunca saiu para além desta cidade, o seu português falado está cheio de expressões com «sotaque» que, para minha vantagem ou desvantagem futura, me enternecem quando as escuto.


No entanto, toda a minha vida, estas características das pessoas mais próximas a mim passaram-me ao lado. Era tudo igual. Escutava-os, entendia-os, e nenhuma diferença continua a me fazer se os escuto a dizer «bassoura» ao invés de vassoura. Entendo-os perfeitamente de qualquer das formas que tenham para se expressar. O curioso para mim é só recentemente ter percebido esta coisa dos sotaques e de que forma fizeram eles parte da minha vida, sem lhes ter prestado mais um pouco de atenção.


Podemos ser fruto que o vento soprou para longe. Mas as raízes nos acompanham por muitas e muitas gerações...

sábado, 23 de agosto de 2008

Homem versus Mulher: o feminismo e o hoje

O feminismo foi inventado pelos homens, não por uma mulher. O que ela pretendia foi altamente distorcido para a prejudicar. A mulher nunca quis nada a não ser poder escolher. E ainda hoje paga caro por isso.

Durante a Guerra descobriu o que é trabalhar fora do lar e ter uma profissão. Descobriu o que é realizar-se noutras áreas não-domésticas e também descobriu o que é ter a mente ocupada com outras coisas. Muitas conseguiram assim se abstrair dos problemas domésticos e familiares, que não eram pouca coisa.

E hoje a maioria deixou de ser dona-de-casa para virar assumidamente super-mulheres.

Os homens, salvo excepções claro, também mostram um pouco mais para onde inclina a sua verdadeira natureza: cada vez são em maior número aqueles que são sustentados economicamente pela mulher, assim como delas sempre foram dependentes para comer, vestir e viver.

Homens e mulheres são diferentes. Acho até que o homem chegou primeiro.
Aí o criador viu que o modelo não estava perfeito e criou a mulher.

A mulher sempre teve capacidade para se ocupar de multi-tarefas, enquanto o homem, segundo estudos recentes, tem bastante dificuldade em se ocupar com mais de uma coisa ao mesmo tempo. É a genética, a comprovar a «superioridade» feminina no que respeita a decisões de organização, planeamento e acção. É claro que o homem cedo descobriu isso. E como sempre acontece, o mais fraco oprime o mais forte…




Os inactivos activos


Conheço muita boa gente que cumpre o seu horário de trabalho e corre para casa onde se deixa afundar no sofá. Aí ficam a resmungar da vida, a julgar os outros e a fazer críticas a tudo um pouco. Nos dias de folga, não se levantam para ir trabalhar mas também não vão passear ou fazem algo positivo. Voltam a afundar no sofá.

Também conheço muita boa gente sem emprego. Ou porque se ocupam da casa, ou por uma qualquer outra razão, como a reforma antecipada e até mesmo o desemprego.

Cada caso é um caso mas nem tudo o que parece é.

Não são poucas as vezes que observo o indivíduo «inactivo», descriminado por não estar a trabalhar quando a idade o permite, num lufa-lufa com as ocupações que entretanto arranjou. Não são remuneradas nem lhe proporcionam a satisfação de sair de casa e estar com alguém. Mas o lufa-lufa de um indivíduo que, activo ou não, não se limita a afundar no sofá, indica uma pessoa activa.

Já não se pode dizer que aqueles que saem de casa para os empregos são necessariamente pessoas activas. Muitos são indivíduos que vão cumprir uma obrigação, uma tarefa que cumprem para ter dinheiro e depois, regressam maldispostos, incapazes de estarem felizes consigo próprios, a descarregar nos outros, quase sempre uma frágil criança.

Cada caso é um caso, e bem que os há também diferentes.

Mas a quem cabe julgar?
O que leva a esta classificação generalista de quem «presta e não presta» de acordo com este particular factor?

domingo, 17 de agosto de 2008

União por outra razão

Uma vez uma amiga confidenciou-me que uma colega nossa devia estar mesmo muito apaixonada pelo seu namorado. Pois tinha outro há anos, que abandonou rápido, para ficar com o novo. Estava sempre a repetir esta constatação e nunca contestei o seu ponto de vista. Porém, estava longe de concordar.

Porquê as pessoas se fiam tanto na aparência? Nas histórias dos contos?

Pelo que conheci desta colega, ela era uma pessoa acima de tudo ambiciosa. Ao ponto de pisar nos outros para chegar onde acha que merece. Com desprezo pela sua origem e vergonha dos pais, ambicionava «ser alguém» noutro local que não aquele onde vivia. Desprezava a vida que sempre conheceu, achava os pais uns ignorantes incultos que não lhe deram o suficiente e ainda lhe deviam e se achava merecedora do melhor. No seu raciocínio, só podia atingir os seus objectivos em Lisboa.

Entretanto, tudo o que desejava para si, desprezava quando o via nos outros. Falava mal e invejava. Mas enganam-se se pensam que o fazia de forma obvia. Os seus comentários eram nos momentos certos e podiam passar despercebidos. Com as pessoas tinha um comportamento politicamente correcto. Mas não gostava delas. Era um tanto seca. Conforme a popularidade do indivíduo, assim recebia mais ou menos daquela cordialidade sintética. Preocupava-se muito com a aparência e a imagem que projectava. O comportamento fazia parte desse grupo. Nem sei se alguma vez foi natural e se mostrou livre. Estava sempre rígida na postura e na atitude que achava ser a única digna de uma pessoa de sucesso. Era exageradamente vaidosa com o cabelo, e começou a usar óculos não por necessitar, mas porque tinha virado moda e era um acessório que lhe conferia um ar responsável e intelectual que procurava criar para a sua pessoa.

Ou seja: quem se guiasse apenas pela aparência, ia ver uma rapariga bem vestida, educada e inteligente. Era tudo o que pretendia. Tinha tanto cuidado em não revelar o que realmente fazia e de onde vinha, que dava para perceber que, como diz a expressão, arrotava caviar e comia postas de pescada. Se algo que tivesse feito não fosse nada que a fizesse sentir orgulho, falava pouco mas quando falava, dizia sempre que tinha sido maravilhoso, gostou muito e fez um trabalho importante e essencial. Mas não diz que andou a servir cafés. Diz que era a auxiliar do director. Entendem?

Na primeira oportunidade que teve de se mostrar onde queria estar, não a deixou escapar. Escreveu a toda a gente, foi buscar endereços de email do arco-da-velha, escreveu para todos aqueles a quem nunca antes tinha escrito, só para poder mostrar que tinha chegado a algum lugar. Mesmo não sendo bem o que projectava, servia para alimentar a imagem que queriam que tivesse de si: bem sucedida. Uma vencedora.
E agora, roam-se de inveja! – deve ter pensado, pois toda a vida conheceu essa sensação.

Entendem agora porquê não concordei eu com a minha amiga, que dizia que o amor dela pelo novo namorado devia ter sido uma coisa bonita e avassaladora, como nos filmes?

Porque não era. Uma pessoa como ela não sabe o que isso é. É demasiado seca e racional para viver o amor. Amor é emoção. É sentimento. É asneira. Aquela pessoa era demasiado calculista e fria. Um namorado para ela não passava de um item. Uma aquisição. Um upgrade, um acessório necessário à sua imagem, um troféu para exibir a vaidade. É claro que trocou um pelo outro. O «novo» modelo vinha com apetrechos que pessoas como ela adoram: podia fazer dele o que quisesse.

Ele obedecia. Ele funcionava como ela dizia que ele devia funcionar. Ele ia fazer tudo o que ela manda, quando manda e assim que manda. Era o seu criado.

Que mais uma mulher como a que descrevi podia querer num homem?
É claro que trocou um pelo outro! E nem se aborreceu com isso.

Tenho que apelar para que se pense para lá das histórias dos contos. Não é porque um casal está junto à 2 anos que isso significa que estão sólidos e gostam muito um do outro. Não é porque subitamente alguém começa a namorar com outro que isso quer dizer que o ama apaixonadamente. Os dois juntos acabavam por impressionar os restantes que, levados na fantasia dos contos, sabem como «devia ser» e não estava a ser. Os recém-pombinhos tinham menos afecto um pelo outro, que casais que estavam «só a brincar», ficando junto. Mas serviam as necessidades um do outro.

Ela tinha o seu criado e ele, carente e desesperado, alguém para o «amar».

Não foi o único caso que conheci. Normalmente, até termina em casamento. Afinal, nada melhor para os narcisistas que um criado pessoal, mascarado de marido. E para aqueles que pouco ou nada de experiência em namoro obtiveram mas se lembram da dor da carência e do desespero de se imaginarem sem ninguém para o resto da vida, infelizmente, para esses (poucos) homens, essa gratidão é tudo o que basta para defender com toda a alma aquela pessoa para o resto da vida.

Ser narcisista compensa, não??

escravos da química?

Quem é que nós somos?

De onde vem a personalidade?



Quantas e quantas vezes fazemos esta pergunta. Principalmente quando pensamos nas nossas diferenças com os outros, com os que nos são próximos. É comum pessoas com laços de sangue directos serem pessoas totalmente diferentes. Uns dizem que o que somos é fruto daquilo a que somos expostos. A minha teoria é que isso nos molda, mas o que somos, já nascemos sendo.



Muitas vezes interrogo se o que somos não passa do conjunto químico do nosso organismo. É sabido que pequenas alterações causam pequenas alterações de comportamento. As mulheres então, sabem-no como ninguém. O aparelho reprodutor não as deixa esquecer e de semana a semana, traz um estado químico diferente. Sim, estou a falar de SPM (Síndrome pré-menstrual) ou TPM, como se diz no Brasil. Mas a mulher ainda tem pela frente a gravidez e posteriormente a menopausa. E ambos os sexos passam pelos hormónios da adolescência, que chegam a extremos. Da depressão suicida à invencibilidade.



Somos por isso, escravos da química do nosso organismo?
Acho que sim, um pouco. Que não é pouco.


Se privados de sono por umas noites, ficamos irritáveis. Se privados de oxigénio ficamos lerdos. Privados de outras e tantas substâncias ou elementos essênciais ao bom funcionamento do organismo, mudamos como pessoas. Isso também bem o sabem quem sofre de doenças como a Bipolaridade, a mania, a paranoia e a depressão.

São tantas e tantas as condições humanas que influênciam o nosso bem estar físico e psicológico, que se pode concluir a vulnerabilidade do ser humano a tudo e qualquer coisa.


Mas o perigo maior não reside na existência destas condições mas em dois outros factores: o primeiro, a incapacidade geral de uma massa de indivíduos ou mesmo de poucos indivíduos ou do próprio, de entender que padece de algum distúrbio. O outro factor mais nocivo que a condição em si, é a ausência de tratamento adequado e capacidade de diagnóstico.



A ciência da medicina tem evoluído ao longo dos anos, mas parece também que não sai do lugar. Quem é doente continua doente, quem se trata não vê surtir efeito e descobrir a causa-remédio é ainda difícil de precisar, quando não impossível.



Mas a medicina está a entrar noutras áreas, no campo molecular e a investir na medicina mais científica, menos colateral e mais eficaz. Apenas nunca mais é implantada, massificada e distribuida a todos. Será esta a verdadeira medicina curativa? Disponível só para ricos?



Uma dica para fugir a estas perturbações nada fáceis de detectar, é levar uma vida e viver num ambiente saudável. É cliché, mas é o que funciona. Horas fixas para levantar e deitar, refeições leves, variadas e espaçadas de três em três horas, preferindo não comer nada após as 18.00 horas. Mas não prive o organismo de alimento, se este o pedir. Eduque-o. Quer pão com manteiga? Beba um copo de leite morno. Quer bolachas? Coma metade de uma maça. E beba água. Saia de casa e faça passeios, faça desporto, conviva com terceiros, trabalhe no que lhe dá prazer, se puder escolher. Tudo isto é cliché mas é até agora, o que faz sentido para evitar as maleitas do mundo moderno.



Mas quantos, mesmo sabendo, conseguem fazer o que descrevi? Garanto que eu não... vejam as horas a que escrevo e entendem de imediato. O ambiente é essêncial. Se não tem aquele que precisa, é necessário criar um. Na verdade, o primeiro e mais importante passo para a cura de qualquer malfeita está acima de tudo nas mãos do doente. O médico orienta, o médico tem recursos científicos mas é o paciente que decide.


Decida então se quer ser escravo das suas hormonas e se não, comece já a mudar o que não está bem na sua vida. Falar é fácil, agir também, embora pareça difícil.



Encontrei uma página na internet por demais interessante e informativa. Há que espreitar. Nela pode navegar e descobrir várias informações sobre o funcionamento do organismo e a nossa saúde. Ponha a saúde em dia e já que se fala de hormonas, começe por aqui:



http://www.glssite.net/edusex/edusex/as.htm


EDUQUE-SE!

sábado, 16 de agosto de 2008

Já vi um O.V.N.I

Que fique bem entendido: já vi um Objecto Voador Não Identificado. Não quero com isto dizer que vi uma nave espacial. Isso são, até ao momento, fantasias dos filmes. Mas se me perguntarem se acredito em vida fora da Terra (extraterrestre) respondo já que sim. Daí a homenzinhos verdes vai um esticão...
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Avistamentos de OVNIS têm sido comentados por toda a parte. Inclusive Portugal. São muitos os casos relatados, com particular incidência para o sul do país. Era aí que me encontrava na altura do «encontro», por volta do ano 2000. Estava à janela de um dos prédios mais altos da zona, com uma vasta vista priveligiada de 180º. Era meio-dia de um dia de verão, bem quente e nem uma nuvem ou ave avistei no vasto céu.
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Assim que o pensei, tão depressa virei o olhar para baixo, para o chão. Nisto, a uma velocidade extraordinária, o olhar avista sombras ovais em movimento na minha direcção. Mas... como, se tinha acabado de olhar para cima e constatado o céu vazio? Olhei imediatamente para cima. Nada vi. Regressei com o olhar para baixo. Tudo em movimentos tão rápidos como só o olhar o permite. Ainda avistei o final das sombras rápidas, que logo desapareceram. Vinham na minha direcção e em formação, como se fossem pássaros migratórios. Mas pássaros não são ovais, invisíveis e ultrarápidos.
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Tal como tinha constatado o céu limpo, a minha seguinte constatação foi pensar: bem, avistei um ovni. E não fiz muito caso.
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O meu espírito analítico ainda procurou arranjar explicações óbvias para o sucedido. Olhei por uns segundos directamente para o sol para ficar encadeada pela sua luz. Isso faz com que o olhar fique temporáriamente «cego» no ponto de focagem e dá a ilusão, com a mudança desse ponto, de existirem sombras em movimento. Repeti a experiência mas as sombras do encadeamento fizeram aquilo que sempre fazem. Não seguiram um trajecto linear, a alta velocidade e desapareceram logo de seguida, nem vinham em formação homogênea e eram igualmente ovais.
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Costumo anotar, umas vezes mentalemente outras num pedaço de papel, pequenas coisas que me chamam a atenção. Olhei então para o relógio, que marcava apenas alguns minutos depois do meio dia. Tomei uma nota mental para não esquecer de relatar o sucedido, dia e hora, e fiquei mais uns minutos à janela.
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Nem as sombras voltaram, nem as nuvens apareceram, nem uma ave sobrevoou, nem um avião ao longe... nada. Infelismente adiei a anotação até que perdi noção do dia e hora do ocorrido.
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Na verdade, não vi um o.v.n.i. mas as sombras de um aglomerado deles. Porque no céu só estava o céu mesmo. Se não fosse o olhar regressar àquele chão plano do campo desportivo e voltar a ver aquelas formas geométricas bem alinhadas a passar e desaparecer a muita velocidade diria que podia ter sido «impressão», sem ficar muito convencida.
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Nisto tudo ocorreu-me um pensamento. Podem voar abaixo do radar e fazer máquinas voadoras invisíveis (já existem). Mas não podem retirar-lhes a sombra!
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Irónico.
Alguém por aí já viu um ovni?

domingo, 10 de agosto de 2008

As pessoas erradas ou Quem me conhece?

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Por vezes passamos anos da nossa vida mais envolvidos com as pessoas erradas que com as certas.


Cheguei a esta conclusão ao lembrar de uma conversa banal com um colega, na sala de aula nos tempos da faculdade. Tinhamos afinidade mas pouco contacto. No entanto, simpatizava com ele e penso que o mesmo era recíproco.


Naquilo que é o mais importante para o ser humano, a construção de amizades, muitas vezes deixamos passar ao lado quem realmente interessa. E andamos com quem sabemos nunca poder ser nosso amigo.

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Jjá depois de terminados os estudos, descobri ter também afinidade com um outro colega. É curioso. Quatro anos de convívio constante e não conheci estas pessoas como gostaria de ter conhecido. E duvido também que tenham me conhecido.


Vou fazer de conta que estou no confessionário e vou confessar.

Confesso que sou altruísta;
Confesso que não torturo ninguém;
Confesso que sou o que se vê;

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Confesso ter sido torturada;
Confesso tender para a autodestruição;
Confesso que tenho segredos;
Confesso que sempre chorei.


Confesso que me submeto a torturas;
Confesso sofrer.
Confesso estar a sofrer agora
Confesso prever sofrer.

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Confesso que o mundo não é o que foi ensinado,
Confesso não encaixar bem.
Confesso que daqui não saio,
Confesso que fico doa o que doer.

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Confesso ter sonhos,
Confesso manter a esperança.
Confesso achar de nada valer.

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Confesso o meu sorriso.
Confesso o idealismo.

Confesso que sou um amor.
Confesso que não me conheces.
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Sou um amor...

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E agora: será que me conhecem?

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