quarta-feira, 18 de junho de 2025

Uma pequena consulta médica - algum enfermeiro por aí?

 Se uma pessoa está sempre a beber água mas está desidratada, o que pode significar?

Se uma pessoa mal engole algo já precisa de evacuar, o que quer dizer?

se uma pessoa sente imensa sede depois de evacuar ou sair do duche ou entrar num lugar aquecido, qual a causa?

se uma pessoa bebe água e logo sofre de refluxo gástrico onde só despeja essa água, o que quer dizer?

Bebendo agua enquanto recuperava o fôlego na sala de espera do consultório médico a meio da tarde. Uma enfermeira chamou meu none, conduziu-me ate uma sala que me é familiar. Sentei-me na poltrona e estiquei o braço esquerdo para ser aquele onde espetam a agulha. Esta entra bem, mas o sangue nao escorre. 

A enfermeira pergunta-me:

Bebeu água?

Respondo-lhe que tinha acabado de beber mas que podia beber mais pois tinha a garrafa de água na mala.

Ela remove a agulha sem a tirar da pele e reajusta a posição. Não funciona. Tira a agulha novamente e espeta-a novamente. Não funciona. Nisto quando vai para a remover mais um vez antecipa: "vai fazer barulho".

Tira a agulha e pergunto-lhe o que quis dizer com "fazer barulho". Com o tubo conectado à seringa, ela explica que quando sangue "fica assim" - umas pequenas gotas separadas com espaço entre si podiam se observar no tubo que precede a entrada da agulha - quer dizer que a pessoa está desidratada

Ela afasta-se, talvez para preparar outra seringa e eu aproveito, saio da cadeira e agarro a minha garrafa de água, dizendo que ia beber para ajudar. 

Ela experimenta e espeta-me novamente a agulha no braço. Sai um pouquinho mas deixa de correr. Enfio mais água goela abaixo, incrédula que faça efeito imediato mas, tentar não custa. Ela desiste e pergunta-me se pode tentar no outro braço. Explico-lhe o que venho a dizer a todas as enfermeiras faz décadas: Pode. Mas geralmente, ninguém consegue encontrar as minhas veias no outro braço. Muitos tentaram, falhando. 

Ela tenta, e consegue. Volta a espetar uma agulha no meu braço, enquanto eu, com o outro que fora várias vezes espetado, pego na garrafa de água e volto a ingerir o líquido precioso, na esperança deste fazer fluir o meu sangue com facilidade para dentro dos dois tubinhos que ela anexa à seringa. 

Lá se consegue mas ela acha que tirou pouco. Explica que, cada tubo, permite fazer oito testes. Mas que se for chamada novamente para repetir, é porque a quantidade tirada não foi suficiente para todos os exames sanguíneos. 

O que quis saber foi o que iam testar. "Fígado, açúcar, tiróide" - foi o que conseguir reter. Perguntei se também faziam à vitamina D, pois há dois ou três anos deu que estava deficiente. Respondeu-me que o NHS não faz mais esse teste, pois ficou "provado" que cerca de 80% da população do Reino Unido sofre, a dada altura, de carência de vitamina D e preferem aconselhar as pessoas a tomarem uns suplementos no inverno. 

Desconhecia. Mais uma coisa que o NHS (Sistema Nacional de Saúde) deixa de providenciar. Aos poucos a tendência é, como em toda a parte do mundo, deixar de providenciar muita coisa. 

Ma fiquei "contente" que iam fazer 8 exames ao meu sangue. Tenho andado com muita pouca energia. Se tentar correr, não consigo dar mais que uns tantos passos, uma meia dúzia, até sentir muito cansaço e perder o fôlego. Sei que o tempo não volta atrás e não serei capaz de vencer corridas e correr muito e rápido, como quando criança. Nem pretendo. Mas sei que me mantenho uma pessoa ativa e que a falta de energia, a languidez, a incapacidade de caminhar uma hora na rua sem sentir exaustão deve ter uma causa num problema de saúde menor qualquer. 

É melhor continuar a rastrear a minha tiróide. 

E pronto. Saí de lá com duas bolas de algodão agarradas aos braços com adesivo branco, que chamaram a atenção dos olhares mais curiosos. Pelo caminho de volta a casa, regurgitei quatro vezes, mas só saiu a água que havia engolido. Chegando a casa, descolei as bolas de algodão, que revelaram pequenas pintas de sangue em cada uma e fui tomar um duche. 

A pesar de bastante espetada nos braços por ter veias "muito finas", nenhuma marca negra sequer parece querer surgir.   

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Queer Pride

 

Caminhava apressadamente ontem pela rua, saída do emprego até casa. Perto de um edifício que costumava ser de escritórios mas foi transformado em apartamentos, no qual já passei algumas vezes sem ver ninguém por perto, estava uma pessoa magrinha, sentada a fumar e agarrada ao telemóvel. O cabelo louro e comprido a esvoaçar com o vento. Mas as pernas, cruzadas e nuas sob o sol, mostravam veias grossas e músculos salientes, além de pêlos compridos louros que cintilavam com o sol. A cabelo tapava o rosto da pessoa mas tive curiosidade em colocar os olhos para olhar. Porque para mim, tratava-se de um homem de cabelo comprido, embora parecesse uma mulher de relance - que foi como avistei o vulto.  Vi um bigode farfalhudo louro numa semi barba e todo aquele cabelo louro, comprido e solto. 

Comprovado que as pernas estranhas para uma mulher eram de facto de um homem, desviei o olhar e este foi parar no olhar de outra pessoa. Um outro fumador, sentado mais dentro do pátio, que estava a mirar-me com intensidade. Assim, um olhar desafiador, que eu interpretei como: 
"Sim, somos queer. E daí? Tens algum problema com isso??".

O "orgulho gay" está por toda a parte. As cores do arco-íris, apropriadas sem permissão ou timidez da inocência das crianças e da infância para se tornar um símbolo para um grupo sexualmente ativo com preferências diferentes. 

Nas lojas, nas prateleiras dos supermercados, em cartazes nas ruas, em bancadas montadas nos centros comerciais, na cafetaria do meu emprego. Ontem quase tirei uma foto porque subitamente, pareceu-me desnecessário e até redutor todos aqueles enfeites. Mas depois deixei para lá. 

Já fui a duas paradas gay aqui no Reino Unido. Por casualidade, pela alegria e animação. Na primeira, anunciada com popa e circunstância por mais de uma hora por uma banda de música a desfilar pelas ruas da cidade tocando um ritmo de tambor semelhante ao samba até chegar ao parque onde se realizava o evento. Entrada a pagar embora eu, como moradora local, tivesse recebido um convite pelo correio. Acabei por o oferecer a um pai que estava com duas crianças e aguardava a chegada da mãe para entrar no evento. Que consiste em uma espécie de feira popular com barraquinhas de comes e bebes e animações mecânicas e um espetáculo musical ao vivo, tudo vedado.

O estranho nestas coisas é o excesso de arco-íris numa só pessoa e os excessos de indumentária. Parece que quando mais chocante, melhor. Não sei se isto é defender uma causa, uma preferência, mas não faz muito sentido. O queer é tão aceite hoje, está tudo tão sensibilizado para as suas "lutas" que se esquecem que todos nós, como seres humanos que somos, estamos sempre a travar as nossas lutas. Os que não pertencem a grupos específicos, que infelizmente a sociedade apelidou de minoria não o sendo - também travam lutas de descriminação, intolerância, desrespeito. 

Não percebo é que estas lutas, importantes que são, precisem de ter festas, de serem exuberantes, chocantes até e ai de uma voz que o questione. Passa a não ser um evento pela liberdade, mas um evento de repressão. 

Nada me choca e nada me incomoda. A não ser a malícia que encontro nas pessoas. Essa sempre me choca muito. Ainda que lide com ela tanta vez. São lutas diárias que todos nós travamos. Não tanto por uma banalidade como gostar de um ou de outro... Mas lutas que duram uma vida inteira... lutas por justiça, pelo que está correto, para o prevalecer do bem. Lutar não para tirar benefícios sociais e profissionais à custa de algum guilty feeling/guilt bashing - mas lutar pelo sentido de que é justo. Sem filiações partidárias, sociais, grupais. Lutar contra um dos males que mais prejudica a vivência humana: a difamação. A maldade e malícia. O gashlighting. A saúde mental e o bem estar das pessoas - cada vez mais alvo desta sociedade mais desenvolvida, mais digital. 

Andamos a ignorar estes males - que atingem todos nós desde que o mundo é mundo. 
Andamos a ignorar que estão a crescer e que pouco fazemos - até mesmo em termos de leis - para nos proteger-mos com dignidade e justiça. 

Estamos cada vez mais à mercê de intriguistas, de mentirosos, de manipuladores. Seja em círculos pequenos quer seja em massa - na comunicação em massa. 

Fake news, notícias falsas cada vez a proliferar mais - o controle total do que cada indivíduo faz no seu universo digital - desde o uso do telemóvel a um email, o reconhecimento facial que agora não é exclusivo de aeroportos, mas de qualquer loja ou supermercado que se frequente, a Inteligência Artificial, o espalhar de boatos em redes sociais que proliferam como um incêndio, a manipulação de imagens.. TANTA coisa. Pela qual temos de lutar para que possamos ter uma convivência o mais igualitária e justa possível. 

Enquanto isso, pessoas caem vítimas destes abusos e violências contra seu carácter. Acho isso a maior calamidade que se pode infligir a alguém. Despir a pessoa do que é e fazer com que todos acreditem que é outra coisa que nunca foi ou poderá ser. 

E contra isso, quem anda a lutar?? 

sábado, 14 de junho de 2025

Menstruar não é normal

 A curiosidade fez-me pegar neste livro. 


De seguida reparei nos dizeres no canto inferior esquerdo onde diz "ciclo masculino" e pensei, por esta referência, que o livro foi escrito por um homem visando os mesmos.

Depois abri uma página ao acaso e coloquei os olhos numa frase ao acaso. 

Logo senti que estava diante de um disparate autêntico, um livro cheio de parvoíces misóginas, fruto de uma mentalidade cultural de ignorância onde a mulher é inferiorizada e o homem aclamado em excesso. 

Só há uma maneira de impedir uma mulher de menstruar. E essa maneira é um homem estar sempre a usá-la para sexo e mantê-la grávida. Como se fazem com as vacas para estar sempre a produzia leite.

Achei por isso que este livro era capaz de estar a enviar sinais de misoginia, de perpetuação do papel da mulher apenas como um de subjugação ao poder masculino.

Virei então para a contra capa e lá estava o género da autoria: homem. 

Mas não um homem qualquer: auto intitula-se um "verdadeiro génio". Bem ao jeito de muitos africanos que precisam de se sentir  superiores aos restantes e fabricam currículos para o aparentar.


Olhei novamente para a capa, a procura do clichê "doutor fulano cicrano".

Sabem o estilo... Como aqueles bem conhecidos anúncios nos jornais e revistas de charlatões africanos que se auto proclamam doutores "pai se santo" africanos super poderosos e milagrosos que oferecem ajuda espiritual e resolve "qualquer problema".

Mas na capa, o nome do autor não é precedido de um título auto atribuído. Talvez por precaução. Já na contracapa surge  a palavra "doutor" bem antes de seu nome.


Tinha de estar!

Olhando melhor a capa também vem escrito em cima á esquerda o primeiro nome do autor seguido da designação "pai da medicina".

Estes pequenos truques de associação mental e auto valorização para enganar as pessoas são amplamente conhecidos na Europa.

E digo Europa, porque na contra capa do livro assim surge essa referência para designar tudo o que não vem de africa. "escrito do ponto de vista africano  APROPRIADAMENTE condena o comercialismo europeu, pessoas descendentes da Europa assim como as descendentes de África vão encontrar neste livro a CHAVE para tornar seus corpos mais saudáveis".

Engraçado que, para conquistar um mercado mais amplo e usufruir do "consumismo" europeu que diz condenar (é mais desejar se associar), as "pessoas descendentes da Europa" podem usufruir deste livro.

Este livro serve para todos. É escrito por um génio. Perito na Arte e Ciência africana holística, diagnóstico e remédios.

Mas diz que a Menstruação na mulher não é normal! Mas se foi assim que Deus nos fez... Vem ele dizer que a natureza desde que o mundo é mundo é anormal?

Parece-me venda da banha da cobra. Bem ao estilo africano.

Creio que o próprio nome do autor é também ele uma fabricação visando impressionar um grupo. Suspeito não ser de baptismo e aposto que foi construído a partir de um aglomerado de nomes bem escolhidos, com significado holístico e mítico visando impressionar pelo status e influenciar grupos africanos pelo seu significado no imaginário das pessoas. Para dar credibilidade automática ao autor.

Ainda assim vou dar uma olhada, pois diferentes pontos de vista me interessam, ainda que suspeite dos mesmos. 

Onde diz que a menstruação da mulher não é normal ou saudável, vem escrito:

A menstruação é uma hemorragia. Hemorragias, seja onde ocorrerem, não são normais. Holísticamente, mulheres africanas negras numa dieta natural não menstruam. Estudos Antropológicos revelam que mulheres africanas anciãs não menstruavam. 

Mulheres holísticas seguem um ciclo reprodutor natural (até aqui tudo o que está a ser afirmado carece de explicação e também de fundamento, como costuma ser  comum neste género de autoria) com regras rígidas. Mulheres africanas anciãs não praticam sexo enquanto grávidas (uma forma de validar o homem pular a cerca), a amamentar ou a menstruar.

A amamentação durava entre 3 a 5 anos. ( Tempo esse que o homem africano se privava de qualquer atividade sexual pela esposa holística? Claro que não).

Sexo durante a gravidez ou amamentação provoca uma alteração de nutrientes e no nível hormonal. O que altera a capacidade em criar células saudáveis no corpo do bebê, diminuindo a saúde da criança por nascer. 

(Todos nós amplamente sabemos como todo o povo africano é altamente saudável, vende saúde. Aqueles pedidos humanitários para os alimentar, tratar da saúde em risco de morte por desnutrição... Devem ter sido todos inventados pelos europeus).

Relações sexuais em excesso e fora do ciclo (??) faz a mulher MENSTRUAR. Sexo á noite é anormal e fora do ciclo (ah, a explicação, depois do fato dado como certo...) e enfraquece os órgãos sexuais e a saúde. Sexo durante o dia segue o ritmo Circadiano do corpo. Sexo durante a noite explora emocionalmente e espiritualmente a mulher e contribuí para a hemorragia a que chamam de menstruação. 
 
O fluído da descarga vaginal (não a lubrificação para o sexo) causa a menstruação. As descargas vaginais são altamente concentradas em hormonas, vitaminas e minerais. É uma mistura muito concentrada que equivale ao valor nutricional do sémen. Nutrição que se perde devido à leitosa descarga vaginal e é a causa para que o tecido endométrio (pele do útero) perca a vitalidade e deteore. Esta deteorização celular é conhecida como hemorragia e é comum chamá-la de menstruação. 

Nenhuma mulher tem um ciclo menstrual lunar. Mulheres esquimós mentruam num ciclo solar a cada três anos ou mais. A sua menstruação é muito leve e não este jorrar de sangue da hemorrogia  mentrual dos dias de hoje. 

Menstruação entre mulheres que seguem uma dieta natural mas não seguem práticas sexuais holíticas ocorrem sempre durante o período solar. Períodos lunares são novas ocorrências entre as mulheres. 

Menstruação lunar (o período) pode ser uma fabricação social geneticamente transmitida de geração a geração. O período lunar pode ter sido causado pelo habitual consistente e persistente sexo lunar, orgias e violação da mulher e da dieta nutricionalmente inadequada.

Bem, e vou parar por aqui. Acho que ficam com uma ideia. 









domingo, 8 de junho de 2025

Bloody finger: dedo ensanguentado

 


Há medida que ia retirando os molhos de envelopes da máquina reparei que em alguns ficava uma mancha vermelha sangue.

E era sangue mesmo. O meu. A sair da ponta de um dedo onde, desde que o meu turno começara, as 8.30, repousava um penso.

Mas com um trabalho como este não há luvas -,quanto mais pensos, que resistam.

E assim um monte de gente que não conheço espalhadas pelo reino unido inteiro irão receber amanhã cedo cartas com o meu ADN. A minha mancha de sangue.

Enquanto puxava os molhos de envelopes fila a fila para os passar pela máquina novamente, em alguns a mancha ficava, noutros não. Só depois percebi que eram todos envelopes do NHS. (Sistema nacional de saúde britânico).

Pus-me a pensar se a marca ficar ao acaso nuns e não pegar noutros - (mesmo quando passei o dedo para ver se ficava) significava que os manchados de sangue, apontavam para as pessoas com doença séria e se os que não se mancharam eram os das pessoas que iam ter boas notícias.


sábado, 7 de junho de 2025

me da vossa opinião

 

Ter casa própria e uma necessidade que me bateu a sério pelos 16, 18 anos. 

Não por grandeza mas por sentir que precisava do meu próprio espaço onde pudesse ter sossego e crescer interiormente.

Imagino-me a concretizar isso com 16 e sei que teria sido um sucesso. Aos 16 há imensa coisa que não se sabe. Mas dá para aprender. Sei que ter essa e outras responsabilidades bem cedo teria sido benéfico para mim. O principal benefício é que teria me feito crescer em todo os aspectos. Principalmente em alguns que até hoje não se desenvolveram. 


Eu teria sido... Eu. Mais eu. A pessoa de quem as vezes sinto saudade, a que podia ter existido mas não. Parte do que sou e muito expressei neste blogue não teria existido.

A pessoa que deixa e permite tanto abuso... Não teria saído tanto assim. Teria sabido cortar logo pela raiz esses males, antes destes se propagarem.

Agora estou a refletir na REALIDADE.

Que vou partilhar aqui convosco pela primeira vez.

Estou a pensar comprar casa. 

Vocês todos que já passaram por essa fase respondam-me apenas ao seguinte:

Se fosse hoje o que optariam por fazer? 

Sendo que têm algum dinheiro poupado. Que pode servir para viajar e dar alguns mimos mais caros. Já não precisam de casa para crescer na vossa independência ou para constituir família.

Não tem prestações de NADA para pagar. Nada de seguros, nem de vida, nem de carro, nem de casa. Nada de prestações para pagar TV, telemóvel, carro... Nem sequer cartão de crédito.

São livres de dívidas e tem dinheiro no banco. Não muito mas razoável.

Ainda assim iam comprar casa? E com isso se endividarem para além da idade da reforma, vivendo de tostões contados e se calhar a fazer uma dieta alimentar mais pela imposição das circunstâncias do que outra coisa?

Iam optar por esse sacrifício agora pelo bem estar de morar em casa própria?

E voltar a sentir o gosto amargo como uma moeda de níquel que é não ter dinheiro suficiente para pequenas coisas? Provavelmente a ter de pedir empréstimos para arranjar a mais mínima avaria que a casa necessitar. Telhado, canalização, eletricidade 


Decerto já passaram por tudo isso. Imaginem agora ter de optar por comprar casa e ficar endividado para além da vida ou ficar com algum dinheiro no bolso.

Opiniões?


domingo, 1 de junho de 2025

Sem ser drogas ou álcool

 Um anónimo no Facebook perguntou num grupo o seguinte:

 Sem ser drogas ou álcool o que há para fazer para fugir da realidade?


Alguém respondeu:

"Arranja um cão 🐕‍🦺 e esquece as pessoas".

Será que vai ser esta a conclusão a que também irei chegar?


quinta-feira, 29 de maio de 2025

E se eu só tiver mais uns 20 e tanto anos de vida?

 Não pensamos nestas coisas mas não faria mal pensar.


Estava a medir as 🫀 pulsações por minuto e deu o valor de 72.



Subitamente o número revelou-se como a idade da minha morte.

Fiz os cálculos de quanto falta para essa idade e percebi que é pouco. Comparado aos anos em que já cá estou.

Então, dá que pensar.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

A fruta sem sabor, consistência, cheiro

 

Há sempre uma primeira vez em que se experimenta algo. Com a passagem dos anos fica cada vez mais raro poder se dizer:

-"Nunca fiz isto" ou "Nunca provei".

Pois tive oportunidade de provar algo que nunca tinha comido: Pitaya, fruta também conhecida por Dragon Fruit.

Estava no supermercado e peguei nela, decidida a experimentar esta fruta de cor chamativa mas de aspeto tão estranho que até dá ares de vir de outro planeta.  👽 

Achei boa mas como explicar? Não tem gosto. Pelo menos não está que provei, a púrpura. Pois descobri que existem outras variedades: amarela, supostamente a mais saborosa e branca.

A Pitaya não tem gosto, a textura também não está lá mas é boa de engolir. As sementes nem se sentem, parecem nem existir. Sente-se que se podem ingerir umas 10 sem se dar conta.

Depois de comida, a casca não se desmancha, não fede, não apodrece e mantém aquela cor rosa chamativa.

Quem aí conhece bem este fruto?


quinta-feira, 22 de maio de 2025

Vídeo de viajantes

 

Lugares onde este viajante nunca voltará por más experiências:

Antenas, Grécia, Roma, Itália, etc



sexta-feira, 16 de maio de 2025

Roupa de verão tem um problema...

 Quando nao temos bolsos há que ser criativo.



terça-feira, 6 de maio de 2025

Não posso!

 

Como piada da internet compreendo.

Agora publicada pela própria Casa Branca (ainda que em partilha) é super incorrecto e desrespeitoso!!



segunda-feira, 5 de maio de 2025

Ternurenta e gloriosa forma de ser

 Foi em Janeiro de 2024 que guardei esta imagem que apanhei nas redes sociais. Acho-a FANTÁSTICA.


Ao contrário da maioria, não me apeteceu "gozar" com a autora da mesma. Trata-se de um comentário de opinião, sobre um programa televisivo. A parte que considero fantástica é que a pessoa soube escrever tal e qual como fala. E isso, meus caros, é raríssimo de encontrar. Talvez seja fruto de um aprender diferente. Revela a capacidade do ser humano em sempre conseguir atingir as suas metas, esteja ou não munido com as melhores ou piores ferramentas. 



terça-feira, 29 de abril de 2025

O apagão que desligou metade da Europa

 

Portugal, Espanha, Parte de França, Bélgica e Marrocos.

Pelos vistos foram estes os países europeus, todos na área geográfica da Península Ibérica, os atingidos por um ainda por explicar apagão. Qualquer fornecimento de eletricidade deixou de ser facultado. Hospitais, quaisquer serviços - até as pessoas a viajar em carruagens de comboio - agora que tudo é elétrico - ficaram onde estavam até ao momento da eletricidade se desligar. 

Esquentadores eletricos caseiros - deixaram de poder aquecer a água, nenhum fogão elétrico pode o substituir. Os telemóveis também deixaram de funcionar e os que estavam a perder bateria não tinham como carregar. Nada de redes sociais, wifi, semáforos que ordenam o trânsito, automóveis elétricos, elevadores, caixas multibanco, caixas registadoras, fontes noticiosas. Enfim, a dependência da eletricidade, algo que venho a apontar aos meus faz muito tempo, ficou exposta. 

A VIDA não funciona mais sem eletricidade. 

Acho que devíamos criar uma existência alternativa, onde tudo na sociedade continuaria a funcionar minimamente bem, caso um dia o "cordão" fosse cortado. 

 

domingo, 27 de abril de 2025

Como e que as pessoas podem começar o seu dia com barulho??

 No bus (autocarro), 7 da manhã de Domingo. A caminho do emprego. Entra uma mulher que se senta na parte de trás e põe-se a ver ruídosos vídeos no telemóvel.

Que horror!

Não entendo como podem preferir começar logo no caus do que permanecer na tranquilidade de uma manhã bonita, serena, solarenga e com um bus silencioso.

Logo a seguir a outra mulher (somos somente 3) põe-se a falar ao telemóvel.


Mal posso esperar para sair e só ter o silêncio da manhã! Será que isso existe??

sábado, 26 de abril de 2025

O PApa faleceu

 Foi com surpresa que soube, está quinta-feira, que o sumo sacerdote da Igreja Católica - o Papa Francisco, tinha falecido.

Está certo que não vejo notícias. Não vejo televisão ou leio jornais. Só trabalho. Mas nós períodos de relaxamento fiquei a ver vídeos e reels no YouTube. É uma rede social onde somos bombardeados de publicidade e pop-up com notícias.

No canto direito até surge "vídeos recomendados" - geralmente os mais recentes, colocados há horas.

E nem assim, neste mundo excessivamente bombardeado com informação não solicitada soube de imediato que o Papa havia falecido logo a seguir á páscoa. 

Acho que foi na terça de madrugada... Sendo que eu trabalhei na noite de segunda para terça de madrugada. E folguei na quarta. 

Até vi um reel com O Papa e um outro sacerdote sentados em cadeiras num evento e surge uma criança. Que os ignora e vai apertar a mão enluvada de um sentinela. As palavras de Francisco sobre aquele simples momento foram de abrir a mente. 

Mas não o sabia morto.

Foi quando no Youtube surgiu como sugestão um vídeo intitulado "O que o médico que viu o corpo do Papa disse"  que aquilo me intrigou.

Bom, e lá foi ele encontrar-se com os seus. Bem haja a sua alma. 

sábado, 12 de abril de 2025

lua Rosa (a menor de 2025)

 

Hoje de madrugada, ao sair do emprego, notei que a lua estava  brilhante e redonda no céu. 

Tirei uma fotografia e achei piada. 

Parece mais um foco de luz no alinhamento visual dos postes de iluminação à beira da estrada. Mas este "globo" brilhante não era, de todo, artificial.

Li agora que esta lua de hoje é especial. Chama-se Lua Rosa - não que a cor mude. Mas seria giro se fosse esse o motivo.




terça-feira, 8 de abril de 2025

Reflexões instantâneas - 02

 

Como pude me desviar tanto da rota?

Podia fazer parte daqueles 10% e fui parar no lado dos 90%.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Dia começa em solidão mas termina com 😂

 

No meu dia sem ir trabalhar, sentia-me um tanto em solidao. Saí de casa porque tinha de ir levantar os óculos com a nova graduacao. Já nao leio livros como fiz a vida inteira e acho que parte disso ter acontecido se deve a ter deixado de conseguir ver nitidamente ao perto. Nao quero acabar por agir igual a minha mae que desiste com repudio e desdem de tudo o que sabe fazer bem, assim que lhe aparece o primeiro contratempo.

Levantei os óculos, satisfeita por ter investido na qualidade e profissionalismo de um oftalmologista ao inves de ter ficado com os oculos de ver ao longe que ja tinha e complementar com uns outros para leitura com variada graduação que se vendem ao desbarato em todo o tipo de lojas. Sao uma tentacao: baratos e com grande variedade de armacoes. Mas a saude merece qualidade. Foi a opcao que tomei.

Á saída, decidi ir comprar leite numa loja que tem uns pacotes de longa duracao dos quais gosto e confio. Nao havia em stock então decidi  espreitar a minha secao favorita daquela loja: a da eletronica e eletrodomésticos. 

Pelo caminho passei pela dos pets - pois agora existe um cao na familia e acabo por nao resistir em ir espreitar os tipos de alimentos que existem para o jovem canídeo. Passo pela secao de casa... e é onde me perco.

 Coisas lindas, a combinar, com motivo e em conta. Fiquei ali a namorar e a escolher quais colocar no cesto. No intuito de as oferecer a alguem. Porque compro muita coisa que gosto para oferecer. Fico a olhar o que combina com quem e a pensar quem iria gostar de os receber. E compro.

Uma mulher aproxima-se e logo me diz: "que coisas lindas! Dá vontade de comprar tudo nao é?" Respondo que dá vontade de comprar uma nova casa só para a decorar com novas coisas".

Saio dali maioritariamente com umas velas em formatos originais em vidro, que depois de usadas tem serventia como caixinhas e copos. Um amor! Tambem trouxe uma pequena lancheira em formato de morango, ideal para guardar frutas e as transportar para o emprego etc. Isto a pensar numa pessoa doida por morangos. A pensar nela tambem trouxe um ambientador de varetas com um morango em louça. 

Para mim só comprei chocolate e bolachas. 

Para minha surpresa deixei na caixa registadora mais de 20 libras. Mas valeu a pena. Saí feliz. 

Tinha de ir ao wc do shopping, que fica no piso inferior. Visto que as escadas rolantes e o elevador ficam longe, decido cortar caminho usando as escadas rolantes da Primark, loja de dois andares. Entrei e acabei por espreitar o que tinham. Uma variedade de óculos para o sol impressionante chamou a minha atenção. Tive de os ir ver. Acabei por escolher uns enormes mas as opções eram variadas e originais.

 Gostei bastante do que lá encontrei. Depois avistei pelo canto do olho velas... em formato de fruto. Não resisti! Tive de ir ver. Acabei por trazer velas normais, por o perfume parecer agradável. Trouxe tambem uns paus ambientadores de baunilha negra... que achei soltarem um aroma delicioso.

O curioso sobre mim é que estou SEMPRE a comprar destas coisas, principalmente velas. Mas usar... usei uma vez uma pequena vela de aroma a morango faz uns 4 anos. E ainda é essa a vela que ocasionalmente acendo para aromatizar o quarto. Deixo ficar pouco tempo e apago, por já nao gostar de a cheirar.

Uso muito mais paus de incenso. Mas tambem esses comprei-os faz muito tempo e me duram decadas. Adoro os colocar nas gavetas com roupa, pois as perfuma. Ultimamente, antes de entrar no duche, é algo relaxante que, se vivesse sozinha, faria mais vezes.

Mas voltando ao esbanjamento de dinheiro em coisinhas bonitinhas que se vem nas lojas... é primavera. Ou quase. Acho que isso nos entusiasma a ser mais maos largas e a gastar mais. No final do ano tudo fica tao mais caro que uma pessoa, junto com a escuridao do inverno, desanima. Ate os produtos que as lojas colocam a vender sao sem animo. Parecem restos de colecao, em cores deprimentes e sem originalidade.


Escolhidos mais itens, dirijo-me para a fila para pagar, que era enorme. Há minha frente encontra-se uma mulher com um carrinho de bebe. Demora-se a avançar na fila e eis que surge uma outra que se mete na frente, como que a fingir que era ali o fim.

Digo-lhe que não foi rápida o suficiente e, sem mais nada, começamos a conversar. Uma moça simpática e bem disposta, que não resistiu, tal como eu, as tentações das compras mas estava receosa  que a sua "pequena aventura" a deixasse em problemas com o marido e a mãe, que eram da opinião que não era preciso comprar mais nada.

 Compreensivelmente qualquer futura mãe de uma menina que entre numa loja cheia de coisas fofas e bonitas, é incapaz de resistir à compra de algo lindo na qual já imagina a criança. Entendi-a perfeitamente e demonstrei que, na minha perspectiva, era só dinheiro... este vai e volta. Comprar de vez em quando aquilo nos deixa feliz, com um sorriso no rosto, não ha mal algum nisso.

Conheci a Charlote, talvez antes de outros saberem que este ia ser o seu nome. Daqui a uns meses ia estar aqui, connosco, uma nova vida, linda, já com um irmão dois anos mais velho.

Depois fui comprar Frango frito para almoçar e as pessoas atrás do balcão fizeram-me perguntas pessoais e foram muito interessadas e simpáticas.

E assim, num dia que começou com uma sensação de isolamento e solidão, acabei por experienciar a simpatia e amizade de estranhos.



 






nova prescricao de oculos

sexta-feira, 14 de março de 2025

Ácido Hialuronico - Onde ir?

 Uma pesquisa exaustiva para encontrar onde aplicar Ácido Hialuronico deixa-me sempre exausta e sem encontrada uma solução. Por isso pergunto: quem aí já se sujeitou a essa intervenção e onde a fez? Incluiu outros procedimentos? O que achou do resultado, qual a sensação? Existiram consequências?



Acho muito ruim que a comunidade Médica em Portugal não consiga por ordem na desordem que são os procedimentos estéticos em Portugal. Cair em mãos erradas não é uma probabilidade baixa. 

Fiarmo-nos no que a Internet diz sobre um médico ou instituição é um erro crasso. Institutos criados há um ano com 100% de boas críticas no google - embora só se consigam ler umas dez, é comum e é, a meu ver, um sinal de alerta VERMELHO. Também é preciso perceber no quê esses elogios se referem - não vá ser à parte de... cabeleireiro. Elogios rasgados dos próprios doutores a si mesmos e um curriculo demasiado bom para ser verdade e muito conveniente, reforça a bandeira vermelha. Ou não? 

Devia ser a ERS (Entidade Reguladora de Saúde), a Ordem dos Médicos, ou outra mais específica, como a Sociedade de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética a EXPLICAR claramente quais os sinais que devem estar presentes para garantir uma intervenção nas mãos de alguém qualificado e facultar meios para qualquer cidadão ficar bem informado. 

Pelo que entendi da pesquisa, em Portugal só um médico pode fazer injeções de "botox". Em países com o Brasil, um técnico de estética pode fazer o mesmo. Assim, alguns esteticistas brasileiros ao chegar a Portugal vêm-se impedidos de ganhar dinheiro com esta especialidade. Só um médico pode aplicar Ácido Hialurónico. INFELIZMENTE isso não é GARANTIA de segurança. Pois um médico pediatra pode fazer o mesmo. Não deve, mas pode, com base no facto de ser médico, embora não necessariamente tenha formação adequada. E quantos não andam por aí na Internet a exibir um currículo de "três meses num curso disto e um mês do curso daquilo?". 

São preciso um mínimo de SEIS ANOS de prática em Cirurgia Estética em Portugal para se considerar apto. Para procedimentos estéticos não cirúrgicos, como o "botox", não sei. E não é só A PESSOA que faz o procedimento que nos deve preocupar. É também a QUALIDADE do produto injetado. 

Será que é mesmo aquilo que é dito? E se sim, qual a qualidade? Muitos "self-employed", alguns médicos a trabalhar por conta própria, devem de precisar encomendar o produto de algum local. E para maximizar o lucro, têm de cobrar o dobro e comprar barato. Será que compram substâncias no mercado negro chinês?

A entidade de Saúde devia impor regras específicas, pois esta área tende somente a crescer. MUITAS PESSOAS DESLOCAM-SE AO EXTERIOR para fazer intervenções cirúrgicas de grande complexidade - uma mummy makeover total. Removem gordura de todo o corpo, adelgam a cintura, mudam o rosto... são cirurgias de elevado risco. Dispendiosas em Portugal e outros países desenvolvidos, pela metade do preço em países com o Brasil ou a Tunísia. 


Recebi uns contactos de clínicas em ambos os países e, de facto, o valor cobrado por muitas intervenções é bem acessível. O feedback de que recorreu às clínicas, super positivo. E isso CONTA MUITO. 
Em Portugal, o "feedback" surgem nas revistas cor-de-rosa, vem de indivíduos dúbios, que só podem falar bem porque recebem cirurgias de graça em troca de as publicitar. Não é garantia de NADA. 

Estes procedimentos só tendem a ter uma procura aumentada. Qualquer pessoa hoje em dia, o porteiro da discoteca, o rapaz estudante, a empregada de limpeza, a professora - qualquer pessoa, hoje em dia, recorre a estes procediementos para melhorarem algo em si. Para se sentirem melhor. Devia estar bem seguro. Em países que oferecem estas intervenções por 1/3 do que se cobra em Portugal, se bem escolhido, pode-se, de facto, encontrar bons profissionais. O risco é tão elevado quanto é... em Portugal. Mas o preço, tão acessível!! 
  

Quem desse lado já fez qualquer intervenção estético-cirúrgica plástica, pode partilhar a experiência nos comentários?


terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Quem entende alemão? Sabe o que é isto? (série: Na primeira pessoa)

 

Um excerto de um relatório em que um funcionário esta a tentar mostrar ao patrão o elevado número de eficiência. Aposto que até existia COMPETIÇÃO entre colegas, para ver quem apresentava o número mais elevado e assim cair nas boas graças dos seus superiores. Quem sabe, inclusive, ser distinguido e ter a honra de ir conhecer o seu chefe à sua casa, para receber os parabéns por um trabalho bem feito.

Total numérico: noventa e um mil, seiscentos e setenta e oito "unidades". 

Só que isto não é sobre a compra de produtos e mercadorias para aumentar os lucros de um negócio. Embora fosse assim que foi encarado. 

Nós podemos apenas IMAGINAR o que foi. Outros, SABEM o que foi. Não porque herdaram as palavras de quem o viveu. Mas porque o VIVERAM REALMENTE. Vejam de seguida, pois vale sempre a pena. Na primeira pessoa.  



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A borboleta dos descontos

 Fui às compras e acabei por trazer uma série de alimentos com desconto. Aqueles cujo prazo de validade expira nesse dia e por isso o valor é reduzido para ver se o cliente pega.

No total paguei um valor que achei curioso. Porque nunca na vida surge um valor cujo total, em euros e em cêntimos é todo feito com um número. Neste caso foi o n. 1.

Desde o tempo antes do COVID que não via descontos tão razoáveis. Costumava-se encontrar carnes a 50 cêntimos, legumes a 30, e refeições pré preparadas a 0.25 cêntimos a unidade.

Isto fazia com que certas pessoas corressem todos os supermercados e até fizessem compras em grupo para assim apanharem tudo. 

Era uma vergonha - a meu ver. Podiam até levar uma boa quantidade de artigos a preços reduzidos. Afinal, um saco enorme de pão de forma a custar 0.15 cêntimos é uma tentação. Entendo. E até compraria dois ou três, congelava um e ia comendo.

Mas haviam pessoas que levavam um carrinho de compras daqueles fundos e enviavam dezenas de embalagens de pão. Deixando quase nada ou nada para os restantes. Eram sempre os mesmos rostos, a rondar a área das promoções, a ficar horas dentro do supermercado de cesto ou carrinhos vazios, a posicionaram-se pelo momento da chegada dos preços reduzidos. 

Depois do COVID surgiu o aumento dos preços e subitamente *deixou* de haver produtos tão reduzidos nos supermercados. Apenas cerca de 10% mais baratos - o que, para artigos que estão expirados é um valor bem caro. Quem quer uma pizza expirada a 2.99 quando o valor de outra idêntica e ainda no prazo de validade deve rondar os 3.49?

O que eu gostei quando percebi que todos aqueles rostos oportunistas desapareceram de vez!!

Foram anos e anos sempre a bater com as suas caras no supermercado. Todos a aclamar que eram decentes, que eram os outros que não sabiam ter maneiras e levavam tudo das prateleiras.

Assim que os preços dos descontos subiram apenas 0.50 cêntimos, e uma embalagem de comida pré preparada passou a custar 1.20 ao invés de 0.25 ou 0.50  - a turma dos cêntimos desapareceu. Cheguei a escutar uns dizerem que estava muito caro. Que 1 libra já era muito. 

E desapareceram totalmente. É que nem se vêm ocasionalmente a fazer compras. Eles não compravam. Eu comprava outros artigos sem ser os promocionais. Considerava-me cliente. Não me sentiria bem se dali só levasse as coisas em promoção e não comprasse outras.

Eles eram as ratazanas dos cêntimos. Vira os artigos a passarem da margem dos 0.50, resmungaram, passaram a levar menos e desapareceram, queixando-se que saia caro. Aleluia!

Agora nem a 1.20 se encontra mais. É muito raro.

Esta compra espetacular que fiz não aconteceu no supermercado mas na loja dos "300". A Poundland.

É lá que encontro o gênero de comida fast food que gosto mais. As sandes deles são mais saborosas que as do Asda e mais em conta também.

Hoje acordei bem cedo - involuntariamente - e fui lá espreitar. Decidi trazer em quantidade para durar uns dias - pois passei o fim de semana sem comer nada porque tudo fecha cedo e eu trabalho continuamente e sempre que saio já está tudo fechado. Pelo que, de quinta a domingo... Não tenho hipóteses de entrar num supermercado para comprar seja o que for. Desta vez andei a iogurtes e umas sopas enlatadas. Apeteceu-me tanto umas sandes e bolachas como snack que agora abasteci-me. 

E não trouxe tudo o que estava disponível. Existia cinco ou seis vezes mais do que mostro aqui.


O chato é que cada artigo tem de passar na caixa registadora a preço normal e tem de ser um funcionário a introduzir o desconto. Tudo manual, tudo demorado e tudo muito dependendo de erro. O que quase sempre acontece - para prejuízo do cliente, que paga mais.


Deixo aqui a foto com os preços marcados nas etiquetas mais 4 libras que gastei em gelados. Somando tudo isto dá os acima referidos 11.11?

Claro que não. Paguei 1 libra a mais. O que me chateia não é o valor, pois comprei tudo reduzido, logo não é muito grave. O que me chateia é que já comi uma embalagem dos wraps, quero comer outra (isto não tem nutrientes come-se e fica uma insaciedade) e a libra que me levaram dava para comer outros dois wraps!!😅


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Como as coisas mudam : tirar uma foto

 Lembro-me de fotos tipo passe que tirei na vida. Lembro-me da expressão que tenho nelas, no cabelo. As fotos eram necessárias para a identificação do cartão escolar, do Bilhete de Identidade etc. 

Muitas delas tiradas numa boot telefónica como aquela onde me encontro agora, sentada, a aguardar a chegada de uma amiga que vai demorar. 

Nisto olho para as instruções de como se posicionar para tirar uma foto corretamente e noto as diferenças. As mudanças sociais que tudo transformam até nós menores detalhes.

A primeira coisa que notei foi o dizer: "só uma pessoa na fotografia".

Lembrei-me dos muitos filmes em que um casal feliz de namorados ou de amigos sempre entram nas cabines de fotografia automática para tirarem fotos engraçadas juntos.

Não pode.

Ou melhor: não deve.

Depois diz que não se pode sorrir.

Antigamente até os fotógrafos profissionais nos mandavam sorrir.

Diz também para manter o cabelo atrás das orelhas. Mais uma coisa que antes não fazia diferença e até preferiam ter o cabelo comprido na frente para ficar bonito.

E por último um aviso em letras vermelhas: não use nada a cobrir a cabeça a menos que seja por motivos religiosos ou razões médicas. 


E é isto.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Novo ano chinês: wooden snake em trafagal square

 Trafagal square encheu-se de pessoas para ver o espetáculo que a camara de Londres ou a London Chinatown Association organizou para celebrar o novo ano chinês.

Fui convidada por amigos para ir e lá fui. Mesmo a tempo de abrirem as cancelas e ver a multidão a invadir a praça e a correr para ocupar a escadaria situada diante do improvisado palco.

Também entrei. Assim que me posicionei as duas pessoas mais altas que vi entre a multidão meteram-se descaradamente á minha frente e fincaram pé que nem estátuas. Achei má educação. Haviam outros espaços, elas viram-me e ainda assim posicionaram-se mesmo coladas a mim tapando-me toda a visão. Tive de mudar de lugar, fazendo questão de me posicionar novamente de modo a não incomodar quem estivesse atrás. 

Em poucos minutos conclui que não gostava da nossa posição porque ficamos muito atrás das cabeças de uma enorme multidão e mesmo atrás de um corredor de movimentação de pessoas. É o mesmo que tentar me concentrar num ponto ao longe ou tentar ver um programa de TV mas à entrada do metropolitano: um horror.

 Estava a sentir a cabeça a ficar zonza devido ao constante movimento que meus olhos captavam vindo de todas as direções. Parece magoar a vista e causar dor de cabeça. 

O evento lá começou. Só que não. É que primeiro chamaram ao palco uma série de vips. Cada um fez um discurso que não acrescentava nada ao anterior. Alternados apenas pelos diálogos introducionais de dois apresentadores, que recorriam entre discursos, a adjectivações generalistas, exageradas e ocas de sentido: "obrigada sra. X, por esse discurso Inspirador/Fantástico/maravilhoso"

E a multidão já a vaiar.

 Uma hora depois ainda estavam nisso. A multidão vaiava e o palco parecia ignorar. Quando parecia que iam acabar, voltavam a chamar outro VIP ou liam a carta de um VIP, tal como leram os desejos escritos de Sua Magestade.

Além disso, estar ali de pé quando já fico várias horas de pé no trabalho não fazia sentido para mim. Minhas pernas sentem sensações esquisitas e incomodativas. 

Ficar ali de pé para nada ver, só para ouvir longos e chatos discursos de cada membro envolvido na organização do evento não valia a pena. Ficou claro que o melhor a fazer seria  abandonar o evento e começar o quanto antes o passeio por Londres. Porque o melhor do dia estava a ser o próprio dia. Um dia com sol!

Sol, céu azul, frio mas um dia abençoado por luz. Em Inglaterra isso não dura muito e quase nunca para além do meio dia. E era quase 1 da tarde. 

Os organizadores do evento não eram lá muito inteligentes para achar que podiam manter uma multidão interessada em mais de uma hora de discursos que ultrapassam as horas de almoço, sem sequer mostrar um pouco de entretenimento.

Temi que o frio predominasse, que o sol ficasse encoberto e o passeio que íamos dar pela cidade depois fosse menos agradável.

Mas nada disse aos restantes e deixei que fosse o grupo a decidir quando partir. Para quebrar o tédio avisei que ia ao WC. Esses foram os melhores minutos de tudo aquilo. Sai quando os apresentadores do evento estavam há uns 20 minutos a dizer que iam acordar o dragão 🐲.

Dirigi-me aos lavabos da trafagal square e percebi que existia muita mais espaço livre por ali, mais conforto, muitas pessoas sentadas. Por mim teria procurado melhor posição pois não via nada sem ser cabeças e corpos sempre em movimento. Mas não quis dizer nada ao grupo. Afinal, foi a primeira vez que saí com estas pessoas, elas é que tinham experiência.

Meti-me numa cabine de WC, aliviei-me, abri a mala para beber um gole de água mas acabei por tirar um iogurte. Enchi o estômago de sabor a frutos silvestres... Delícia.

Nem me apetecia voltar. Estava com vontade de explorar a cidade, antes que escurecesse ou o sol perdesse a força do seu calor. Sem muita pressa, lá sai do lavabo, lavei as mãos e voltei a juntar-se ao grupo. O meu consolo estava em achar que, pelo tempo demorado, o tal do dragão já tinha sido acordado. 

Cheguei ao sítio e os colegas tinham avançado para a frente do corredor de tráfego, o que por si me deixou bem aliviada. Quando percebi que ainda não tinham acordado o dragão e iam chamar mais alguém ao palco para discursar fiz o primeiro comentário a respeito: "O quê? Ainda não acordaram o dragão? Quando fui ao WC ja o estavam a acordar". 

- "É por isso que as pessoas acabaram de vaiar. Não ouviste?"

Pouco depois escutou-se um forte e sonoro som de desagrado vindo de parte da multidão: um grande "Vooooo".

Pensava nos ensinamentos daquela situação. Ali estava espelhada o que é, na realidade, a verdadeira e mais forte faceta da China: a burocracia. O mascarar da realidade. Uma multidão descontente e aborrecida e as pessoas no palco a pedir para que gritassem que estavam a gostar. 

Os meios de comunicação que forem informar o que ocorreu no evento vão falar bem de tudo quando na realidade foi tudo muito poucochinho e muito secante.

Fez-me perceber que a China é um país comunista e o que se divulga não é a verdade. 

Percebi que culturalmente dão muita importância a rituais burocráticos de faz-de-conta, mais do que são capazes de honrar o muito anunciado entretenimento que foi o que levou as pessoas até ali. 

Finalmente, com o dragão já acordado e com uns 50 envelopes vermelhos distribuídos aos vips, lá veio o espetáculo de acrobacia, com os artistas enveredando um fato de dragão e a pular de poste em poste.

As pessoas começaram a abandonar o recinto por essa altura. Era quase uma da tarde.

Esperamos para ver se existia outro ato artístico mas como foram para INTERVALO.... Nós e muitos outros fomos embora.

Achei aquilo mal organizado porque faltou a todos a percepção do que é entretenimento. Aquilo esteve mais para canal de parlamento que outra coisa. Só que pior, porque ao menos no parlamento ainda se trocam uns insultos e a coisa aquece...

Lamentei pelo povo na China, que tinha aquilo como o pão de todo o dia. Sem se perceber é assim que se cansam as pessoas e as fazem obedecer e ignorar outras formas de viver a vida.

Fomos então passear para China Town. Cheia de gente, também com vários dragões ao som de tambores. Nem seria preciso ficar na praça trafagal, bastaria andar pelo bairro.

Enquanto por todo lado se escutava o som de estalos com pólvora a rebentar no chão, o que me deu uma saudade de memória de infância, dei com uma faixa com o nome FALUN GONG e me interessei de imediato. Disse aos meus colegas: olhem, aquilo é importante. Vou lá espreitar

Eles não pararam de caminhar entre a multidão e se afastavam de mim, então aproximei-me muito rapidamente e estiquei a mão. Outra foi estendida de volta e me entregou um panfleto, com um simples "thank you". 

Não quiseram discursar nada, falar nada, explicar nada. Estava uma senhora idosa em posição de pernas e braços abertos, imóvel como uma estátua diante da faixa que juntava as palavras FALUN GONG +ORGANS + SIGNATURE.

Apressei-me para não perder de vista o meu grupo e olhava o panfleto, procurando perceber se podia dar a minha assinatura uma vez em casa. Senti incómodo. 

Aproximei-me do grupo e disse-lhes que aquilo era importante. Depois, olhando de volta, percebi que podia deixar a minha assinatura ali mesmo. Pelo que voltei a avisar o grupo que ia me afastar e assinei uma folha de papel que continha, até o momento, poucos nomes.  

Não me pediram nada. Nem dinheiro, nada. 

Escutei um outro "muito obrigado" e voltei ao grupo, dizendo que eles não pediam nada a não ser uma assinatura não custava nada. Eles deviam assinar também porque era sobre retirar órgãos de pessoas com estas ainda vivas. 

Mas ninguém pareceu entender. Depois, passeando e vendo a alegria das crianças, lembrei-me das saudades que tive e que nunca mais vi - por ser proibido, os tais "estalinhos" de carnaval - pois era assim que se chamavam no meu tempo. Vinham embrulhados em papel fino e colorido e era tão divertido atira-los ao chão para ver a faísca e ouvir o estalo.

Enquanto o grupo olhava para mais um tipo aos pulos vergando um fato de dragao, avisei que ia até uma bancada improvisada para ver o que estavam a vender como souvenirs. O mais barato e mais interessante eram mesmo os estalidos. Acho que já ia com essa ideia em mente, ainda que não o soubesse.

Comprei os estalidos com alegria de nostalgia. Infelizmente não mais em papéis coloridos, nem vendidos á unidade na papelaria como em saudosos dias de carnaval... Mas ainda assim, algo que não existe mais em Portugal e que agora posso recordar.

O pó dos mesmos não é escuro como me recordo ser os de antigamente. É branco. Embora escutasse os estalidos por toda a parte não detetei de onde vinham nem vi clarões de súbita faisca. Talvez hoje sejam diferentes mas pronto. Pela nostalgia... Comprei uma caixinha com 50 unidades.

Depois fomos almoçar e caminhar por Londres, só a ver a paisagem.

De toda esta experiência o que concluo ter sido a de maior valor e importância foi mesmo aquela petição de recolhas de assinaturas contra a prática de genocídio e recolha de órgãos em pessoas vivas, tendo como alvos preferenciais as pessoas pacíficas e inocentes que praticam a meditação FALUN GONG. Mas também qualquer pessoa que o estado da China considere traidor pode ser vítima desta atrocidade de fazer dinheiro com órgãos removidos de pessoas saudáveis e vivas.(E não pensem que colocam anestesia).

O lado da China que se varre debaixo do tapete - assim como tanta outra atrocidade.

O mundo tem de começar a ver o real e não procurar só o entretenimento. Dragões coloridos aos pulos não define tudo o que vem da China.

Agora é na China. Amanhã...

Se é crime contra a vida humana é contra todos nós e a todos diz respeito.


domingo, 2 de fevereiro de 2025

O futuro do corriqueiro social é minado de controlo absoluto e imposições anti- direito à liberdade

 Leiam até ao fim, onde se encontra a nova forma de ir às compras nos supermercados. 

É preciso controlar / legislar o AI urgentemente. Esta tecnologia não serve para mais nada senão para facultar o mesmo que toda a tecnologia prévia faculta: controlo absoluto sobre os cidadãos. Em sociedades que dizem ter o seu pilar de alicerce assente na liberdade, é permitido o recurso a muita tecnologia que vai de contra esse mesmo pilar. 

Preocupo-me com a Inteligência Artificial  - que está a ser usada para muita coisa que ainda nem conheço na totalidade. Mas pelo pouco que conheço - já me preocupa. Ao que parece, a Inteligência Artificial (AI) pode até tomar a vez de personagens num filme. Sim, já tínhamos tecnologia que fazia praticamente o mesmo (Ex: O planeta dos Macacos). Mas para isso sempre era preciso mão-de-obra humana - atores vestindo fato-sensores e muitos peritos passando meses diante de um computador para os transformar visualmente em gorilas e macacos credíveis. A AI dispensa tudo isto. Podem ficar todos em casa, desempregados. A AI toma os seus lugares. Gostam de jogar jogos de computador? Apreciam o grafismo? Pois a AI também pode se encarregar disso, "expulsando" o contributo humano.

É a tesoura do último link que separa a tecnologia de existir dependente do ser Humano.  

Atentem a esta notícia sobre a nova forma de fazer compras na cadeia de supermercados ALDI, no Reino Unido. Para começar, é preciso facultar para os seus dados pessoais a CONTA BANCÁRIA e, a cada entrada, automaticamente é descontado do saldo £10.

Sim, entenderam bem. Só por pisar e entrar, tiram-te dez "euros". 

Porquê? Porque é uma forma muito anti-liberdade de se impor uma compra mandatória. Os 10 euros são depois "descontados" da tua conta final de supermercado. Mas... e se não comprares nada? Depois "devolvem" o dinheiro. Só que não de imediato. Pode levar DIAS. 

Além disso, existem cameras de AI com o único propósito de VIGIAR cada cliente e registar cada artigo que este pegar das prateleiras. Seja para olhar, seja para meter no cesto de compras... TUDO controlado. Cada gesto... 

Isto lá é sociedade onde uma pessoa queira viver? Sinceramente. Já me basta ter o RECONHECIMENTO FACIAL cada vez que entro no supermercado. Agora também vão vigiar ainda com mais rigor e precisão cada gesto meu dentro dessa superfície?

Vão-se F*D*E*! 
Desculpem a linguagem. 

Desgosto profundamente do rumo que as coisas parecem estar a tomar. O futuro parece-me de puro controlo o que é uma característica não tanto de Estado Livre mas de Ditadura. Mas ao ponto de, ao olhar para trás para as anteriores Ditaduras, encontrarmos coisas que eram bem melhores. Sinto apreensão com o futuro que se avizinha. Sinto dó e um lamento pelas gerações que vão nascer e vão ter de fazer o seu percurso neste "novo mundo". De certo foi assim com todas a gerações e as "novas" vão nascer só conhecendo o que existir, desconhecendo o "sabor" da diferença. E quando não se conhece, não se pode sentir saudade de algo que não se viveu e nem sequer se CONHECE. Aceita-se como é. E é assim que ganha força as coisas "menos positivas" que possam surgir neste mundo cada vez mais tecnológico e que impõe várias regras de controlo para se fazer compras em supermercado, para se viajar em aeroportos, para tudo e mais alguma coisa mas que, infelizmente, FALHA MISERÁVELMENTE em facultar um bom SISTEMA DE SAÚDE a esses mesmos cidadãos que tanto controla. 


Em Greenwitch, Londres, o supermercado ALDI introduziu uma taxa de cobrança de £10 libras a ser paga ANTES de se entrar no supermercado. Esse valor será depois descontado da conta final. Contudo, os que gastarem menos de 10 libras ou saírem sem nada comprar terão de esperar até UMA SEMANA para serem reembolsados. 

Esta taxa pré-cobrada antes da entrada aplica-se também aos utilizadores da APP e aos clientes que paguem com cartão na opção "Shop & Go". 

As lojas SHOP & GO da ALDI usam cameras de INTELIGENCIA ARTIFICIAL para rastrear o que o cliente tira das prateleiras e desconta o valor do seu cartão bancário depois deste sair. 

Para ter acesso ao "saia andando" (Shop & Go), os clientes têm de descarregar a Aplicação Shop & Go, registar um cartão de crédito ou passar o cartão contactless à entrada. 

  

Agora fiquei confusa...

Mas começo a perceber onde o futuro das compras nos vai levar a todos. 
Chegamos ao supermercado, somos super vigiados por cameras de AI, pegamos aquilo que queremos e saimos porta fora. Sem ter o gesto de pagar. Nada de caixas registadoras em grande número, nada de ter pessoas a trabalhar nas mesmas. É pegar e levar para casa. 

Contudo, com toda a tecnologia disponível, levamos as coisas sem perceber que pagamos por elas mas pagamos... E só para garantir, 10 euros são logo cobrados antes mesmo de se fazerem compras. 

Agora: sabemos lá nós se nos cobram o valor certo? Se cobram em preço promocional se vão colocar mais unidades, se vão se enganar? Claro que vão! É a tecnologia a fazer as coisas... vai falhar. 

No supermercado ao qual vou, meteram lá cameras de reconhecimento facial e existem seguranças à porta a olhar para monitores e a barrar as pessoas que passem e façam o detetor de metais apitar. (outro bom exemplo de algo que mudou e que aceitamos). Mas as máquinas registadoras automáticas não são NADA fidedignas. São a maior bosta que já vi e de todos os supermercados, aquelas são as únicas que dão sempre defeito: 

1) Não reconhecem o peso dos artigos e não permitem continuar a compra

2) Nem todas registam o preço promocional dos artigos em promoção

3) Algumas não lêm o código de barras dos artigos de preço reduzido

4) Cobram duplamente o mesmo artigo

5) Adicionaram-me uma vez o valor de 12 euros por.... um saco plástico. (se não tivesse visto...)

6) Permitem escutar o som do artigo a ser lido pelo leitor de barras mas este não é registado. 

7) Surge constantemente uma mensagem de erro que só pode ser removida por um funcionário. 


Com toda a tecnologia espantosa que temos, a simples tarefa de pagar as compras neste supermercado é a mais deficiente, aberta a erros crassos e inadmissíveis. Contudo, não parecem dar prioridade a isso. A pessoa pode, sem querer, e por distração dos próprios funcionários que vão apagar a mensagem de erro, levar consigo artigos não registados pelo scanner e pelo seu peso pela balança, o que pode conduzir à uma acusação difamatória de furto, caso os seguranças estejam a controlar tudo pelas imagens gravadas pelas várias cameras incutidas na própria máquina de pagamento!

Mas já estou a ver este "sistema" a resultar. A ser a opção escolhida por muitos "wake". Entrar no supermercado, pegar e sair porta fora... sem qualquer preocupação, sem precisar de carteira, de cartão bancário presente, sem precisar de dinheiro. 

Mas super controladas pela tecnologia e com acesso ilimitado a descontar valores da conta bancária. Esta nova forma de fazer supermercado reduz muito os custos do próprio supermercado, que dispensa tanto pessoal e tanta máquina para pagamento e... torna a vida das pessoas muito mais controlada. Ao ponto de as poder "roubar" nos custos finais, seja por "bug eletrónico" ou outro motivo qualquer. E as pessoas podem nem darem por  isso. Sem poderem fazer muito para reverter a situação, já que tudo é tão burocrático e tecnológico que até cansa.

Ou seja: para tirar é num ápice. 
Para devolver... não há pressa.   



quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Há muito tempo que não via uma destas

 Assim, deste jeito .

Quem se lembra de as ver espalhadas pelo chão e relvado das ruas - até penduradas em galhos de arbustos e árvores durante as crises da gripe A e mais recentemente os anos de Covid-19?


Um dia as gerações futuras irão querer saber pelos poucos familiares que viveram estes anos como foi a experiência real. 

E, como sempre, só assim se poderá descobrir verdades que os livros de história e o passar do tempo omitem. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Músicas famosas que foram PLAGIADAS - início de série 1

 

Rod Steward, 1978, "Do you think I am Sexy?"


Após ter ido ao Rio de Janeiro em 1978, para o famoso "Carnaval" (leia-se orgia) acompanhado de Elton John e Freddie Mercury.