Este é Jason Pyne. Na foto nota-se que é um homem atraente e parece super simpático e carinhoso. Começou a namorar Nicole, uma jovem que já tinha um filho de outro casamento e os dois casaram, tendo-se mudado para outra localidade, onde morava a mãe deste. Tiveram dois filhos. Jason foi muito carinhoso enquanto fazia a corte a Nicole: comprava-lhe flores, seduziu a família dela que o achou muito simpático. De fala calma, prestando atenção às pessoas e sendo afável. Parecia gostar muito de Nicole e do enteado, que ficou muito contente por ter por perto uma figura paterna e o chamava de pai.
Um dia, tinham as crianças mais novas pouco mais de seis ou sete anos, uma tragédia ocorreu: Mãe e filho estavam mortos. Mortos a tiro. O filho foi encontrado a segurar uma caçadeira, morto com um tiro na boca. A mãe, dormia na cama quando lhe estouraram os miolos.
Quem fez a chamada a comunicar o óbito foi o marido, que tinha saído para levar os dois miúdos mais novos à escola e, quando voltou, encontrou aquele cenário de horror.
Muito conveniente que os falecidos fossem somente os que não tinham ligação de sangue com o próprio... Foi um acto de extermínio igual ao que se praticaria quando se quer eliminar uma praga indesejável. Como uma infestação de baratas, por exemplo.
A paramédica que chegou ao local disse que a falecida parecia estar viva e o que a surpreendeu foi o quanto o corpo estava quente ao toque. Parecia que tinha acabado de ocorrer. Quando escutou que existia um segundo corpo na garagem, o do jovem de 16 anos, ficou em choque ao olhar para os olhos do miúdo. Abertos mas sem qualquer vida. E o seu corpo estava muito frio ao toque.
Dito isto, parece obvio que se trata de uma encenação para responsabilizar o adolescente pela sua morte e a da mãe. O padastro disse que, nessa manhã ele estava a ser difícil, a dizer que não ia à escola e que ele, o padastro, desistiu e afirmou que saiu de carro para levar os seus filhos à escola, deixando o adolescente chateado em casa.
Quando chegou... calamidade!
A realidade é que foi ele, o padastro, que assassinou os dois. A menina, Remington, de poucos anos, agora a viver com a avó materna, uma vez contou que o pai viu o irmão mais velho a "fazer assim" - e deitou-se no chão e começou a tremer muito como se estivesse a ter convulsões.
O disparo na boca do adolescente não foi fatal... pelos vistos o jovem, ou o corpo do jovem, teve tempo para reagir daquela maneira. Claro que as provas forenses apontaram para a impossibilidade do jovem ter como alcançar a caçadeira e disparar um tiro na boca, a 10cm de distância. Não há braço que aguente.
Uma expressão mais de acordo com o íntimo da pessoa. Ainda assim, fácil de enganar o próximo, bastando um sorriso e cabelo lustroso.
Mas depois... Jason conseguiu usar a lei e obter um segundo julgamento. E foi aí que apareceu a paramédica, que contou qual a temperatura do corpo de um e de outro. Definitivamente Jason não ia sair da prisão. Então o que fez? Recrutou a mãe para intimidar a paramédica, para que esta voltasse atrás no seu depoimento. As chamadas telefónicas são gravadas e, mesmo em código, dá para perceber o intuíto das mesmas. Mãe foi sentenciada a 10 anos de prisão em liberdade e serviço comunitário.
Este é Henry Lee Jones. Seu rosto e olhar parecem indicar um homem pacato, humilde, simpático, prestativo, amigo, bondoso. E assim foi considerado por quem o conhecesse. Mas era tudo fachada. Mais tarde ou mais cedo, quem viesse a ter contacto com a verdadeira face de Henry jamais sobrevivia para contar a história.
Henry Jones é um serial Killer, matando quem lhe aparecesse pelo caminho para roubar bens e dinheiro. Para ele as pessoas era um meio para um fim. Numa ocasião, recrutou um rapaz que dormia num banco de jardim para o ajudar a conduzir um carro até a casa de uma família. Chegando lá, noutra cidade, ele sai do carro, cumprimenta um homem com "então paizinho?" entra na casa... e o jovem que o acompanha, entra também, depois de ter ido empurrar um objecto para a garagem. Nisto encontra a mulher no sofá, com as mãos atadas às costas e Henry de arma de fogo na mão, a exigir que lhe dissesse onde estava o dinheiro. Depois ele vai para a cave, onde estar o idoso, escuta-se muito ruído e percebe-se que é o som de um assassinato brutal e violento. Leva a mulher para o quarto, tira o dinheiro, deita-a na cama e esfaqueia-a muitas vezes.
Ele era descrito como uma pessoa agradável, simpática e prestativa. Conhecia o casal idoso porque havia morado na zona e, ao verem-no, ficaram felizes por reencontrar alguém que sempre se mostrou tão afável.
Quem vê caras não vê corações. Por vezes, quem fala sempre de forma muito calma, sem levantar a voz, sem alterar muito os maneirismos, os comportamentos, não estão a controlar as emoções. Estão a FINGIR TÊ-LAS.
Tenho no emprego uma colega assim. Soft spoken como dizem os americanos. Fala muito baixo, num tom quase de anjo. Para mim ela foi um demónio. E desde então, dedica-se mais ao que parece ser uma missão de seduzir quem a rodeia - em particular pessoas do sexo masculino - como se vivesse num universo onde estivesse a concorrer para o título de Miss simpatia.
Ela consegui obter turnos diários porque foi para a cama com um homem que até se assemelha fisicamente com o do retrato em cima. Este não era bem visto no local: estava sempre a reclamar, a mandar vir, a dar ordens... As pessoas não gostavam dele.
Nisto, tanto ele quanto ela, mudaram de estratégia. Passaram a falar com as pessoas com simpatia. A contar piadas, a falar de coisas triviais, a cumprimentar com um largo sorriso...
Para se promoverem. Para enganar os que não sabem melhor.
No meu entender, pessoas assim, são perigosas. Porque são aquelas que o Diabo mais gosta de mandar para a terra: Parecem e agem como anjos. Mas enganam!
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