domingo, 18 de fevereiro de 2018

Um ano de cão ou um ano de... ??


A passagem do Pedro Coimbra por este blogue para desejar um "feliz ano do cão" veio mesmo a propósito. Segui o link que providenciou para saber as previsões do meu signo para este ano. Eis o que me apareceu. A sério, fico de boca aberta!


Ando eu aqui a perder o meu sono, preocupada exatamente com a situação da casa. Decidi ficar onde não estava a sentir-me bem, devido à insistência da senhoria e também por o indivíduo ter vindo ter comigo para me dizer que "não precisava ir embora". Isso fez-me achar que existia uma abertura para regressar a uma convivência não digo de amizade, mas harmoniosa, sem atribulações e más vontades.

Mas se calhar interpretei tudo muito mal. O indivíduo não respondeu a um email que lhe escrevi expondo dois temas com os quais havíamos conversado: as contas e as limpezas. IGNOROU. E isso para mim é um sinal de que não está com a mínima disposição de facilitar as coisas e levar a convivência de volta para um patamar de tolerância, respeito e cordialidade. Não vai sequer esforçar-se. Foi tudo uma mentira.

E agora estou a voltar a questionar a minha decisão. 
Uma coisa que ainda não sabem é que... estou em Portugal! Yeih!
Tive oportunidade de vir uns dias e decidi vir.

E agora encontro-me aqui em terras lusas, sobre este sol de Inverno maravilhoso, e o meu pensamento, o meu precioso tempo, que queria ocupar com coisas boas, o meu descanso - tudo continua a ser invadido por aquela assombração, aquele tormento. 

Existe mais que um motivo para estar neste ponto.
É que, tomei a decisão de que vou ficar na casa mas irei mudar de quarto. Vou para um minúsculo, onde acho que me vou sentir melhor. Mas ainda não abandonei o meu! Tenho lá todas as minhas coisas. Ainda é o meu quarto, o lugar que é só meu e onde ninguém deve entrar sem meu conhecimento ou permissão. E bastou eu sair de lá para me sentir desrespeitada e invadida. Pois o indivíduo entrou dentro dele. Sem nada me comunicar. Entrou de um jeito como se fosse o "dono de tudo". Um jeito invasivo, arrogante, autoritário, ditador. 

E a minha inquietação regressou.
Quase duas da manhã - faz 4 horas que o vi entrar no meu quarto, e ainda estou aqui, a pensar se vai voltar a fazer o mesmo todos os dias da minha ausência.

Cada vez que alguém está prestes a sair de um quarto, é perguntado quando este está disponível para receber visitas e também perguntam ao actual proprietário SE PODEM levar pessoas para o ver. Isso não aconteceu. Através de uma camera que lá deixei, foi com espanto que vi a porta abrir-se e duas pessoas entrarem. A rapariga que nunca vi antes, deu três tímidos passos em frente e viu tudo com o olhar. O indivíduo não... ele entrou invadindo, como se aquilo fosse dele. Como se lhe tivesse dado alguma autorização para ver as minhas coisas, olhar para a forma como as disponho no quarto. Entrou e avançou, contornou a cama, fez críticas à forma como deixei o colchão, reposicionou-o, e sei que perscrutou com o olhar tudo o que podia, tecendo na sua cabeça críticas ao conteúdo dos meus pertences. 

Sinceramente, fiquei espantada. NÃO ESPERAVA. Sinto que é uma invasão, uma falta de respeito.

Sei disto porque tinha instalado uma camera de video que comprei com intenção de trazer para lisboa e me comunicar à distância com os meus. Mas a encomenda atrasou e ficou empatada na alfandega, pelo que quando cá estive no Natal, não a pude trazer comigo. Entretanto ao regressar ao uk, decidi tentar ver como funciona e liguei-a. A princípio não entendia nada daquilo e comecei a achar que foi um desperdício de dinheiro e, infelizmente, um mau investimento. Mas após alguma teimosia lá consegui a por a funcionar (instruções em chinês, vem a propósito do início deste post) e depois fiquei maravilhada. O "sonho" de ter uma camera vinha da adolescência e realizou-se agora. Não que pretendesse espiar, mas acho o máximo como registo. Então ela ficou ali, ligada. De vez em quando dava-me sinal que algo aconteceu, eu ia ver, e era eu que me tinha mexido e a camera não se esquecia de me alertar, eheh.

Mas quando saí de lá estava longe de achar que ia registar fosse o que fosse, senão um espaço vazio e silencioso. Contudo, ela já registou DUAS entradas não autorizadas no meu quarto

Uma ontem, outra anteontem e agora estou com receio que o faça todos os dias.
Bastou eu e a senhoria, que mora na mesma rua e também ia ausentar-se em viagem, «desaparecer-mos» dali. Subitamente até aparece uma pessoa interessada em ver quartos - algo que não acontece há mais de um mês, desde que vagou o primeiro. E também aqui, não faço ideia quem é a pessoa que entrou ali no meu espaço privado. Ao contrário de outras ocasiões, não recebi NENHUM email de alguém a mostrar interesse. 

Até nisso estou a ser vitimada. Pois tudo é partilhado online sem o mínimo foco na privacidade. Emails que só dirijo à senhoria são de imediato do conhecimento do indivíduo - de tal forma que suspeito que ele tem a password dela e é por isso que lê e "filtra" tudo o que esta recebe. Percebi que se lhe pretendo comunicar algo que fique entre nós e não seja anunciado, tenho de o fazer pessoalmente. Por email não dá. Já o solicitei no texto em letras em negrito - e no dia a seguir ouvi o indivíduo a perguntar à "mais nova" se tinha lido o email que eu havia escrito, mencionando-lhe alguns pontos do conteúdo.

Um email pessoal dirigido a uma so pessoa!!

Que a senhoria não me soube confirmar se o recebeu ou não ou se o partilhou (contra os meus pedidos). Inicialmente fez-se de desentendida, dizendo que não o recebeu. 

Para mim estavam os dois a tentar fazer-me passar por parva. E eu ia mesmo embora. Não havia volta a dar. Até que fui para a "nova" casa e não me senti a viver nela. Senti-me reclusa, infeliz. 

Mudei de ideias, decidi rejeitar essa nova casa, perdendo com isso metade do sinal que dei para reservar o quarto novo.

Não têm sido momentos fáceis, nem economicamente vantajosos. Vir a Portugal era suposto fazer-me renovar as energias, espairecer, pensar em coisas boas e focar-me no que interessa.

E aqui estou eu, precisamente a passar pelo inverso.
Cheguei cheia de positivismo, boas energias, boa disposição e vontade de fazer tanta coisa - já tudo me foi roubado. 

O que pode ser muito prejudicial. 

Ao vê-lo entrar pelo meu quarto a dentro sem sequer me avisar que tinha essas intenções, fiquei chocada mas tentei entender, justificar, pelo sentido de que "alguém" apareceu para ver o quarto - embora quase possa afirmar que a rapariga não solicitou ver aquele em particular, ele é que aproveitou para espiar. E depois, tenho a certeza que ele ia usar o pretexto de "ter de mostrar o quarto" para justificar a sua presença e não ser moralmente criticado pela presença não autorizada nem comunicada. 

Estava disposta a "deixar passar" este episódio isolado. Até surgir outro. Aqui há horas, a camera volta a dar-me sinal de que algo se moveu. Até temi... E vejo-o a entrar pela escuridão a dentro, direto à janela que está destrancada mas não aberta, e fica ali a fazer muito barulho nos estores de metal. Terá inventado uma desculpa para lá entrar? Mas com que direito? O QUARTO NÃO ESTÁ DESOCUPADO. 

Agora temo o alerta da camera...
Temo o próximo, quando devia continuar segura de que nunca ia receber nenhum.




1 comentário:

  1. Pelo que conta, parece-me que se não arranjar um novo espaço o ano do cão se vai transformar em ano de cão.
    Um abraço e bom domingo

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