domingo, 18 de agosto de 2019

Silencio e sanita sem problemas


Desde que a "policial justiceira" foi embora e em seu lugar chegou um italiano, a mudança na casa é substancial. Para começar, o silêncio. 



Desde Janeiro que a casa não experenciava tranquilidade. Aos fins-de-semana costumava ser aquele berreiro e gritaria, com sons de pancada vindo do convívio regular e "exclusivo" realizado na sala pela noite dentro, que se escutava cá em cima, no quarto, o que acabou por me fazer adoptar o hábito de ter phones nos ouvidos. 


A chegada do novo inquilino removeu a prática dessas festas. E a prática de outros hábitos ruidosos também. Como o de se falar alto do piso de cima para o de baixo e vice-versa.

Agora andam todos com "pezinhos de lã". Por causa do novo rapaz. O que me fez perceber a falta de consideração que demonstraram ter para comigo. Então quer dizer que SABEM ficar quietinhos e não abusar??

Aparentemente desaprenderam a agir com consideração quando só eu me encontrava no quarto. Agora, com outra pessoa no piso de cima, são uns pezinhos de lã e as gargantas privam-se de gritar e palrar em alto volume. 

A sanita não mais aparece suja diariamente e o duche também não. Gostava que a que saiu se confrontasse agora com este facto. As "culpas" estavam a ser caluniosamente atiradas para cima de mim. Mas tudo cessou com a sua ausência.

Coincidência??

Só a tábua sanitária respingada com urina é que continua... Mas o autor tem o "cuidado" de não deixar esses sinais muito visíveis quando "o novo inquilino" está por perto. Na ausência deste (que eu desconhecia) percebi que havia urina na tábua - até pelo cheiro. Só eu e o outro cá estavamos, a mais-velha está de férias. Mas eu desconhecia - porque eles intencionalmente nada dizem - e atribui as suspeitas dessa particular sujidade exclusiva da condição masculina ao "novo" inquilino. Estava errada, era mesmo o "velho".

Com a chegada deste novo italiano, o resto agora NEM PUXA o autoclismo quando usa o WC durante a noite!! Também não acendem a luz - acto que produzia ruído, já que aqui o interruptor é adicionado por um cordão, que puxa um gatilho no teto, o que produz um som distinto e acciona a ventoinha. Até deixaram de a usar, passando a ir ao WC no andar de baixo! Descendo as escadas para o efeito, vejam só. Sempre dormi ao lado do WC e estas práticas são novidade. Levantarem-se e ir ao piso de baixo... estranho. Suspeito até, vindo daqui, há razões para suspeitar.

Mas adiante que não são estas coisas que me vão perturbar. Apenas quero registá-las e me é mais fácil fazê-lo aqui. 

Tem sido espantoso como os hábitos na casa mudaram tanto com a saída da "mascote" e a entrada de um italiano. A nacionalidade tem um peso tremendo nestes comportamentos. Faz as pessoas da casa se comportarem de formas distintas. A que saiu - a pesar de ter sido acolhida pela italienada, como eu suspeitei, nunca o foi totalmente. Não da mesma forma como eles acolheriam um "dos seus". 

Ela também foi acolhida dessa forma para servir certos propósitos, a sua presença e inclusão tinham uma finalidade, não foi incluída apenas pela "bondade dos corações" da italienada.  Para começar, usaram-na para tentarem me afastar desta casa. Usaram a sua juventude, imaturidade, malícia e facilidade em se deixar manipular por aparente amizade e aceitação, para que fosse ela a porta-voz das agressões. Não pensem que não percebi a milhas, porque percebi. Ela desempenhou o papel com gosto - não foi forçada, também sei disso. Mas entre tanta inteligência que julgava ter, na soberba tão típica da juventude, cheia de certezas, tudo tão preto no branco, ela foi usada com o propósito de me atingir tal e qual uma peça num jogo de xadrez, e não teve qualquer percepção sobre isso, passou-lhe ao lado. Julgou que cada manipulação, cada cordel puxado, cada sorriso e cada convite para jantar eram gratuitos. Pensou que as ideias eram dela, não percebeu que foi alimentada para agir e pensar de uma certa forma.

Outra coisa que mudou radicalmente foi o uso do espaço na cozinha. Quando a que-saiu estava para chegar, haviam vários armários livres. Três deviam ser-lhe atribuidos, já que eram os mesmos que a italiana cujo lugar ela ia ocupar, estava a usar. Outros dois, seriam para a outra nova ocupante, esta italiana e amiga do rapaz. Logo temi que a privilegiassem, pois percebi que se preocupavam em proporcionar-lhe os melhores espaços, já a preterir a outra ocupante. Não gostei e, por isso, fiz questão de indicar a esta os armários ocupados pela pessoa antes de si. Ao invés de permitir que os italianos manipulassem a favor da "amiga", como percebi que queriam fazer.Mencionei à nova ocupante não-italiana, a existência do pequeno armário ao lado daquele que seria seu. Disse-lhe que se quisesse, podia usá-lo, já que veio carregada de coisas e disse gostar de cozinhar. Parecia-me sensato, já que era ao lado do armário principal e a anterior ocupante do seu quarto também o usava. Mas não mencionei o outro maior, localizado na ilha. Deduzi que lho seria mostrado também, visto que foi o armário vagado pela italiana. 

Enganei-me. Eles calaram-se sobre a existência daquele espaço. E o armário continuou a ser usado para armazenar os utensílios soltos que eu encontrei pela casa nas férias de Natal. Foi nessa altura que o espaço foi deixado livre - ou quase, já que a que saiu deixou ali algumas coisas que não queria e, pela sala, deixou pertences que pretendia dar aos amigos italianos (que estavam de férias). Eu aproveitei que já era muita coisa espalhada pela sala - as coisas deixadas por ela, mais as tralhas que sempre me incomodaram ver por ali, nomeadamente o estojo de manicure, o secador de unhas e um saco com um livro lá dentro. Aproveitei que era Natal e queria ver o espaço lindo e limpo e coloquei tudo provisoriamente naquele armário.Temporariamente, até a italienada chegar de férias, colectar o que quisesse e vazasse o armário.

Só que isso nunca aconteceu. Ao invés de o colocarem à disposição de uma nova pessoa, a mais-velha apropriou-se dele. Como se já não lhe chegassem os armários que tem quase em exclusividade na sala da máquina de lavar roupa. Seriam todos dela - inclusive os tampos, se eu não tivesse ocupado um assim que cheguei. 

Acha-se a perfeição em pessoa no que respeita a cuidar, limpar e arrumar, mas tem hábitos que contrariam esse meu conceito. Por exemplo: adora espalhar coisas pelos tampos, pelas mesas. Já eu prefiro ter as coisas arrumadas num armário, numa despensa... São gostos. 

Por isso mesmo é que acho o cúmulo ser ela a criticar as práticas dos outros, achar-se melhor e perfeita nas arrumações, quando ocupa tanto espaço e mesmo assim não sabe manter as suas coisas dentro de armários, tem duas dúzias de frascos de especiarias e sumos no tampo da cozinha, frutas e pão, cebola, batatas, garrafa de azeite... tudo pelos tampos da cozinha. E na salinha da máquina, tem quatro embalagens de detergentes em cima do tampo - mesmo tendo todos os armários só para ela. E o cúmulo disto tudo é que cada embalagem está vazia. Ou praticamente vazia. Ela não gosta de deitar fora, não sei explicar o motivo. O novo inquilino que chegou este mês, ao limpar o WC, apercebeu-se que haviam embalagens vazias e deitou-as fora. Ele percebeu de imediato, o "armazenamento" de embalagens vazias. 

O WC é outro espaço onde tudo é deixado pelos espaços livres, ao invés de ser armazenado. Quando entrei nesta casa, foi o que mais estranhei. Sei que a limparam para as visitas, por isso sei que acham que as embalagens à vista por todo o lado é "arrumado". Mas foi o que me fez mais espécie, tinha um ar "atolado". Agora já me habituei mas espero que não fique habituada para sempre. Prefiro ver as coisas num lugar próprio, ordenadas, arrumadinhas... de preferência em armários e cestos. Não sou fixada neste tipo de ordem, tolero bem uma embalagem de champoo na banheira, mas não 25! Ahahah.

Esta WC está toda preenchida de tralha pessoal - desde elixir para a boca, maquinas de barbear, lâminas, pastas de dentes, escovas de dentes, água para o rosto, creme para o rosto, creme esfoliante, creme hidratante, desmaquilhante, bolinhas de algodão, paninhos, esponjas, caixas de maquilhagem (vazias, claro)... tudo a preencher cada superfície livre. E se mais houvessem, mais coisas lá metiam. É um estilo. Só não é muito o meu.

Em suma: O novo italiano chegou e logo teve direito a ocupar o triplo do espaço atribuido à-que-foi-embora! Como gostaria que ela percebesse que, a ela, foi-lhe dado um pedacinho e ao outro, a lua! Ele tem o armário que ficou para as "bujigangas", tem o armário pequeno, o médio e ainda ocupou parte do armário de detergentes da mais-velha. Espantoso! Ela não foi tão generosa assim com a "amiga" e cúmplice. Com ninguém, aliás! Tanto amor, tanto afeto mas... nada de lhe dizer que havia um armário enorme que devia ser seu, com uma gaveta e ainda outro armário para detergentes que ela podia ocupar, se desejasse.

Não era italiana.
Nunca seria realmente aceite.
Foi útil mas, suspeito, já os estava a cansar.

Foi em boa hora.

Quanto a mim, resta-me esperar que o que aí vem seja sereno, tranquilo e bom. 




é isto que me vai incomodar. Nunca mais vou  ,  

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