quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Receios



Ainda o receio. 
Ontem dei com um anúncio de um quarto para alugar na casa que abandonei em Março. Não apenas um quarto, mas o pequeno, do qual gostei tanto. A novidade é que agora é uma casa só para mulheres. Finalmente, as preces de muitos que lá viveram - todos realmente, podem ter sido escutadas: e o gajo foi embora.


Ou então não...
Mudou-se para a casa da senhoria. Afinal, era isso que ela me pediu para fazer: como ia emigrar no Verão (e levá-lo junto), precisava de alguém de confiança e propos-me ir morar para a casa dela, enquanto a ajudava a alugar os quartos da outra. Ora, o rapaz, um egoísta invejoso que já tinha ferrado os interesses dele na senhoria, só de imaginar-me numa posição de alguma influência e proximidade com a senhoria - coisa que queria exclusiva sua - tratou de ser mais "agradável" comigo assim que lhe dei dinheiro suficiente para armazenar para as contas da água e gás. 

Bom, mas tudo isto para vos contar que receio que seja um sinal. Uma forma das energias cósmicas estarem a dizerem-me que não é coincidência esta casa estar a virar italiana e na mesma altura o quarto na outra vagar.

Não que ache que deva regressar. Não. Cheguei à conclusão que "não se deve regressar ao local onde já se foi feliz". Entendo essa expressão. A felicidade não se repete. E o passado é o passado. Cada vez mais percebo isso. Também tem ajudado perceber que as preocupações com o futuro também possam não ajudar. Mas aí já é um pouco mais difícil. Pois se no presente pode-se ditar o futuro, não convém pensar no que se deseja «amanhã» para lá chegar «hoje»?

A somar a estas coincidências, a rapariga que vem tomar o quarto vem assinar contrato hoje. Para um quarto que vai tomar apenas a 4 de Janeiro!!! Falta mais de um mês. Nunca vi tal coisa. Eu assinei o meu uns dias depois de cá vir morar, a rapariga que cá estava semanas antes de mim (italiana) assinou-o muito depois de eu cá estar e a «que vai embora» também assinou contrato muito depois de cá estar a morar. Nenhuma teve este tratamento.


A «rapariga que vai embora» não tem dormido em casa. Nem estado em casa. Depois daquela vinda do senhorio, «eclipsou-se». Será que sabe algo que ainda não sei?


É que é estranho, só isso. O senhorio não faz o género de quem aceita perder um cêntimo. E vai assinar um contrato de arrendamento com mais de um mês de antecedência? Quem lhe vai pagar o mês de Dezembro?

«A que vai embora», legalmente, terá de pagar. Mas toda esta comoção deu-se exatamente por ela não desejar isso. Já que só estará na casa uns 6 dias nesse mês, quer economizar o dinheiro. Da forma como o senhorio está a fazer, ela não tem quaisquer garantias. Está mais prejudicada agora que antes. Sinto que há marosca... NINGUÉM vai bater à porta e aceitar vir ocupar esta casa apenas pelo mês de Dezembro - pagar renda total + depósito, ir passar o Natal junto da família... e por apenas uns dias pagar a renda para que a «que vá embora» não tenha de o fazer.



Fazia muito mais sentido procurar já alguém definitivo- Alguém que viesse em Dezembro para ocupar o resto do tempo. Isso faz sentido. Estas cinco semanas de "reserva antecipada" do quarto faz-me temer o poder e a pressão que a italienada pretende impor nesta casa. 

Vai ser horrível ouvir italiano o dia todo... Nem uma palavra em inglês e um grande alarve... Mais o "esta casa é nossa" e a ausência e comunicação e vontade de comunicar. Se já eram quase nulas, agora que conseguiram a quase 100% os seus intentos de cá enfiarem uma italiana e ver se me empurram daqui, o que será que vem aí? 


Sinto-me como, com perdão pela comparação mas no significado da coisa, como a judia que está no meio de simpatizantes nazis... Quando a situação os favorecer de vez, é «extermínio».

Ou posso estar errada e... ainda conseguir uma convivência de isolamento e separação, porque isso nunca mostraram interesse em alterar, mas tolerável.

Não entendo mesmo é como a tipa vai assinar contrato para só cá vir por os pés em Janeiro! Será que lhe vai dar uma chave? Se bem que, para cá entrar, ela nem precisa... tem cidadania italiana, é o que basta. Todos lhe abrem a porta e até a deixam destrancada para que entre há vontade.

Mas a outra "desapareceu" e esta "vem marcar lugar". O senhorio com tanta pressa para dar o quarto a alguém que facilmente não teria sido a sua escolha por uma questão lógica de só querer pagar o quarto no mês seguinte. Nenhum senhorio dá preferencia a isso. Mas como é uma "amiga"... será que ele não vê que os "amigos" de uns não vão querer se dar com os restantes? 

Prefiro desconhecidos. O mesmo pé de igualdade. Nada de favoritismos, nada de «grupos» e esquemas para prejudicar outras pessoas.

Desculpem regressar a este tópico.




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