quinta-feira, 25 de maio de 2017

Mais umas coisas que precisam saber sobre... ai pois é!


Já estão fartos de posts sobre a Eurovisão e a vitória do Salvador Sobral?
Pois eu não! Ehehhe ;)

Já li teorias sobre a criação da melodia (inspirada em Moon River, veja-se só! Nada a ver... em comum, só serem baladas) e a criação da letra (do sting...). Mas por acaso andava eu nestas andanças sobre as músicas que se sangraram vencedoras do festival europeu durante estes quase 60 anos quando chegou ao ano de 1964 e reconheço de imediato uma melodia que ouvi vezes sem conta enquanto criança: Non ho l'eta, de Gigliola Cinqentti.


Como gosto muito da melodia, deixei-a ficar aberta no youtube para ouvir mais tarde. Mas mesmo sem a ouvir novamente, logo estabeleci um paralelismo entre ela e "Amar pelos Dois". Ambas baladas, ambas diretas ao coração, lindas melodias, interpretadas por vozes versáteis, cristalinas e poderosas, que conquistaram os corações dos ouvintes, que as sagraram vencedoras. Já houve uma altura em que o Festival da Eurovisão apreciava baladas como a que Salvador levou à eurovisão neste ano de 2017.


Era minha intenção mostrar os dois vídeos aqui, para que se entendesse as semelhanças no sentido do que é um género musical e o que é qualidade. Mas a minha surpresa foi ainda maior, quando procurei escutar Non ho l'eta com a artista já matura, num vídeo com legendas em português. 



AGORA DESCUBRAM ONDE 
NÃO ESTÃO AS SEMELHANÇAS! 





NOTA:

Quem entende italiano deve entender que a tradução não é muito fiel, pero, fui procurar uma outra tradução. E esta sim, fiel ao original, mostra uma história ainda mais bonita e muito mais afastada da letra de "Amar pelos Dois". A música Italiana fala da paixão avassaladora de uma jovem menina por um homem maturo. E ela canta que não tem idade para o amar, nem para sair num encontro amoroso com ele mas implora que a deixem viver um amor romântico (de forma platónica) por mais um dia... Contudo, se ele a quiser esperar, se ele esperar por ela, nesse dia ela vai amá-lo muito!

Que lindo! Não é?
Amo as duas melodias. A da Luísa tem algo de especial logo no início, é mais soft... muito bela.
A Italiana é já um clássico. Bela também.

Aqui fica a versão mais satisfatória, mais uma vez, interpretada pela própria, a vivo e a cores, anos mais tarde.


E como não me canso e gosto de ver mais actuações durante uma linha de tempo, aqui está uma fantástica interpretação da mesma cantora, em 1993, num show em Tóquio.


PORQUÊ não existe esta música com letra em PORTUGUÊS é que não entendo.

Ora vamos lá imaginar uma bela voz para a cantar... Quem nomeariam?


Letra (minha versão):

Não tenho idade.
Não tenho idade.
Para amar-te. Não tenho idade.
Para sair sozinha, contigo.
E não teria... muito
a dizer-te
Porque tu sabes muitas mais coisas que eu!

Deixem que eu viva, um amor romântico,
na incerteza, de que chegue o dia,
mas agora não!

Não tenho idade.
Não tenho idade.
Para amar-te. Não tenho idade.
Se tu quiseres... Se tu quiseres...
Esperar-me
E um dia terás todo este amor que tenho por ti!

Não tenho idade.
Não tenho idade.
Para amar-te. Não tenho idade.
Se tu quiseres... Se tu quiseres...
Esperar-me
E um dia terás todo este amor que tenho por ti!


No entanto, como me lembro de uma ideia engraçada que existiu na década de 80/90, aqui achei o que queria! Digam lá o que pensam daquela que julgo ser a única adaptação desta música para português.


6 comentários:

  1. Tanta vez ouvi o Non ho l'etá.
    Ainda hoje oiço com agrado. Penso mesmo que foi das poucas canções de festival que nunca esqueci.
    Um abraço

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    1. Uma balada muito emotiva e com muito sentido.
      E nós, portugueses, vencemos o eurofestival após tantos anos, porque conseguimos criar uma música com o mesmo poder encantador de todas as belas músicas...

      Bom FDS

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  2. Ai credo! Será que sou só eu a achar essa musica terrivelmente errada? Basicamente é uma pirralha a dizer que gosta de um homem mas ainda não tem idade para isso ahahah

    A letra não tem nada a ver com a musica portuguesa. Não vamos por no mesmo saco tudo o que for musica romântica e achar que são todas parecidas. A do Salvador resume-se a pedir para a outra pessoa voltar, mesmo que não goste dele porque o amor dele chega para os dois (o que por si só já é um disparate completo). Enfim, as musicas românticas e tudo o que é romântico, tem o seu quê de parvo e como diz o poema: todas as cartas de amor são ridículas. eheheh
    Beijos

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    1. Ai ana, nisto somos tão diferentes Kkkk!
      Tinhamos de encontrar um ponto de discordância, não é verdade? Afinal, concordar sempre em tudo é uma chatice (lol).

      Estou longe de colocar no mesmo saco tudo o que é balada. O que disse é que a letra da primeira "legendagem" é toda igual à do sobral. A questão é que a letra não é FIEL às palavras. É como a versão de "Amar pelos Dois" que um rapaz que toca violino e é um ex-cantor de festival da eurovisão fez. NADA A VER com a letra da Luísa Cabral.

      Mas o bonito destas músicas é que são um poema embalado por uma melodia sentimental. Non ho léta é muito bonita. A letra... quem não se identifica?

      Ora pensa lá qual foi a tua primeira paixoneta... Não foi por uma homem mais velho? Assim... não se a primeira mas uma bem forte, Kkkk. Faz parte. E daí a música ser tão interessante. Ela exibe também a repreensão moral da altura. Porque é a própria apaixonada que se recrimina por ser nova demais e diz que por isso não é legítimo sentir o amor que sente. E não é isso que se diz a nós mesmas??

      Eu nem sabia o que estava a sentir quando, por volta dos 11 anos, sentia-me «incomodada» com a presença de um homem na casa dos 20... porque me atraía o jeito dele ser, o seu cheiro, a sua voz (ai Jesus, que vozes para mim éeeeee tudo!!), o seu hálito... Tás a ver a tortura? E eu, parvinha, não gostava de me sentir assim e me «condenava». Porque sabia que não fazia sentido! Nem eu queria... mas estava lá. Era real. O sentimento não obedece à razão, embora esta prevaleça e acabe por ter de assassinar o sentimento.

      Tal como na música.

      Ehehe. E já disse demais.
      Bjs

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    2. Ah pois é. Claro que a versão do pikeno do violino nada tem a ver com a letra original. Ele fez o que lhe deu na cabeça e acho que correu bem. Depois há sempre a tal coisa de traduzir uma musica e o sentido ficar completamente alterado.

      Humm... quando era criança era maluca até para cair de amores por personagens de desenhos animados ahahahah
      Atores ou cantores também aconteceu, bem como personagens de filmes ou novelas.

      Eu também sou muito sensivel para vozes e gosto de homens com voz forte, não necessariamente como o Vin Diesel porque aquilo já é demais, mas uma voz forte e autoritária e eu derreto-me toda (logo a voz do Sobral passa longe do meu tipo) ahahah

      Beijos

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    3. OH Ana! Eu não sei especificar que qualidades particulares um certo timbre de voz tem mas que elas andam por aí andam... São do melhor que se pode ter para me pôr logo toda «melosa» KKkkk

      Mas não é a voz do Van Diesel. Não lhe acho particular piada... Não sei especificar só vou desejar que apareça alguém com uma para poder explorar melhor o fenómeno. Ahahah.

      A voz do Sobral é ainda mais admirável exatamente por passar no extremo oposto do tipo de vozes que geralmente cantam grandes canções. Ele é único até nisso. Por isso dou-lhe até mais valor porque decerto precisou trabalhar, conhecer muito bem a si mesmo para conseguir fazer da sua voz o que faz hoje. Mais ainda porque aceita-se com mais facilidade um tipo de voz que vem do outro espectro: a voz grossa e potente e não a voz fininha...

      Olha, sempre que quiseres partilhar vozes que te agradam,podes aparecer por aqui Kkkk. Fazemos um debate :)

      Beijos

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