quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Pardais

No verão passado umas pessoas constataram que não viram um único pardal nas redondezas. Sempre se vêm pardais por todo o lado. Garantiram que não foi esse o caso na primavera ou verão.

Eu respondi:
-"Que disparate! Claro que há pardais. Há sempre pardais".


Burra fui. À luz do filme-documentário que mencionei no post anterior (Racing Extinction) e vistos os meus esforços na altura para me recordar de os ver não terem produzido uma lembrança, temo que aquele «disparate» tenha fundamento.

Nesses meses, até mesmo no inverno, lembro que ouvi muitos grilos ou cigarras (já não entendo a diferença). Vi poucos mas ainda vi alguns melros. Pombos, infelizmente, estão sempre a deixar cagadas na janela... Mas pardais, sinceramente, não recordo. E não deveriam eles comer os grilos e cigarras se de facto andassem por aí?


PARDAIS... sempre os vi. Sempre contei em vê-los. Agora temo não os ver mais!



9 comentários:

  1. Ainda hoje vi uns quantos. Queres que te mande uma fotografia, para matares saudades?

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    1. Oh rafeiro... Tira muitas fotos. Nunca se sabe. Este exemplo fez-me perceber de uma vez por todas que nada é garantido. E o que existe em demasia, pode desaparecer num piscar de olhos.

      Só espero é que daqui a uns meses eles voltem. Sempre existiram e eu gostaria de os voltar a ver, já que o que não falta são jardins e árvores na zona.

      Até lá sei onde os encontrar. A eles e a outras aves. Basta ir à esplanada do Centro Vasco da Gama que eles estão todos lá, a alimentarem-se preguiçosamente dos restos de comida do macdonalds. Acho que mudamos os hábitos de consumo das aves de forma permanente. Até gaivotas, andam sempre por aqui - e o mar fica longe. O peixe no rio pode ficar sossegado: enquanto existirem shopping com grandes áreas de restauração, a pardalhada, pombalhada, gaivotada e até os gatos vão todos lá parar.

      Os cães é que não têm essa sorte, rafeiro. Os rafeitos então têm de ter cuidado para não irem parar ao sítio onde os «exterminam» sobre justificações de higiene pública. Enquanto isso os pombos aumentam e só dão merda.

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  2. Podem haver muitas explicações para esse desaparecimento, desde as mudanças climatéricas até à sobrevivência da espécie mais forte. Aqui acho que vi um desses o ano passado.

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    1. Espero que tenha visto mais que um!
      Quero acreditar que existiu alguma bactéria e na próxima estação já vão andar por aí. Adivinhe lá o que estes vão obrigar-me a fazer? Vou andar atenta e assim que avistar um solto foguetes, rsss.

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  3. Por cada espécie que se extingue, é mais um elo que se parte.
    Um abraço

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  4. Despropositado (ou não):

    !Parecem bandos de pardais à solta
    Os putos, os putos
    São como índios, capitães da malta
    Os putos, os putos
    Mas quando a tarde cai
    Vai-se a revolta
    Sentam-se ao colo do pai
    É a ternura que volta
    E ouvem-no a falar do homem novo
    São os putos deste povo
    A aprenderem a ser homens"

    Apeteceu-me :)

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    1. :) Cante. Cante há vontade! Quem canta, os seus males espanta.

      Resta-nos torcer para que a letra da canção não tenha de ser alterada para "pombos" ao invés de pardais :(

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