terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Quem entende alemão? Sabe o que é isto? (série: Na primeira pessoa)

 

Um excerto de um relatório em que um funcionário esta a tentar mostrar ao patrão o elevado número de eficiência. Aposto que até existia COMPETIÇÃO entre colegas, para ver quem apresentava o número mais elevado e assim cair nas boas graças dos seus superiores. Quem sabe, inclusive, ser distinguido e ter a honra de ir conhecer o seu chefe à sua casa, para receber os parabéns por um trabalho bem feito.

Total numérico: noventa e um mil, seiscentos e setenta e oito "unidades". 

Só que isto não é sobre a compra de produtos e mercadorias para aumentar os lucros de um negócio. Embora fosse assim que foi encarado. 

Nós podemos apenas IMAGINAR o que foi. Outros, SABEM o que foi. Não porque herdaram as palavras de quem o viveu. Mas porque o VIVERAM REALMENTE. Vejam de seguida, pois vale sempre a pena. Na primeira pessoa.  



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

A borboleta dos descontos

 Fui às compras e acabei por trazer uma série de alimentos com desconto. Aqueles cujo prazo de validade expira nesse dia e por isso o valor é reduzido para ver se o cliente pega.

No total paguei um valor que achei curioso. Porque nunca na vida surge um valor cujo total, em euros e em cêntimos é todo feito com um número. Neste caso foi o n. 1.

Desde o tempo antes do COVID que não via descontos tão razoáveis. Costumava-se encontrar carnes a 50 cêntimos, legumes a 30, e refeições pré preparadas a 0.25 cêntimos a unidade.

Isto fazia com que certas pessoas corressem todos os supermercados e até fizessem compras em grupo para assim apanharem tudo. 

Era uma vergonha - a meu ver. Podiam até levar uma boa quantidade de artigos a preços reduzidos. Afinal, um saco enorme de pão de forma a custar 0.15 cêntimos é uma tentação. Entendo. E até compraria dois ou três, congelava um e ia comendo.

Mas haviam pessoas que levavam um carrinho de compras daqueles fundos e enviavam dezenas de embalagens de pão. Deixando quase nada ou nada para os restantes. Eram sempre os mesmos rostos, a rondar a área das promoções, a ficar horas dentro do supermercado de cesto ou carrinhos vazios, a posicionaram-se pelo momento da chegada dos preços reduzidos. 

Depois do COVID surgiu o aumento dos preços e subitamente *deixou* de haver produtos tão reduzidos nos supermercados. Apenas cerca de 10% mais baratos - o que, para artigos que estão expirados é um valor bem caro. Quem quer uma pizza expirada a 2.99 quando o valor de outra idêntica e ainda no prazo de validade deve rondar os 3.49?

O que eu gostei quando percebi que todos aqueles rostos oportunistas desapareceram de vez!!

Foram anos e anos sempre a bater com as suas caras no supermercado. Todos a aclamar que eram decentes, que eram os outros que não sabiam ter maneiras e levavam tudo das prateleiras.

Assim que os preços dos descontos subiram apenas 0.50 cêntimos, e uma embalagem de comida pré preparada passou a custar 1.20 ao invés de 0.25 ou 0.50  - a turma dos cêntimos desapareceu. Cheguei a escutar uns dizerem que estava muito caro. Que 1 libra já era muito. 

E desapareceram totalmente. É que nem se vêm ocasionalmente a fazer compras. Eles não compravam. Eu comprava outros artigos sem ser os promocionais. Considerava-me cliente. Não me sentiria bem se dali só levasse as coisas em promoção e não comprasse outras.

Eles eram as ratazanas dos cêntimos. Vira os artigos a passarem da margem dos 0.50, resmungaram, passaram a levar menos e desapareceram, queixando-se que saia caro. Aleluia!

Agora nem a 1.20 se encontra mais. É muito raro.

Esta compra espetacular que fiz não aconteceu no supermercado mas na loja dos "300". A Poundland.

É lá que encontro o gênero de comida fast food que gosto mais. As sandes deles são mais saborosas que as do Asda e mais em conta também.

Hoje acordei bem cedo - involuntariamente - e fui lá espreitar. Decidi trazer em quantidade para durar uns dias - pois passei o fim de semana sem comer nada porque tudo fecha cedo e eu trabalho continuamente e sempre que saio já está tudo fechado. Pelo que, de quinta a domingo... Não tenho hipóteses de entrar num supermercado para comprar seja o que for. Desta vez andei a iogurtes e umas sopas enlatadas. Apeteceu-me tanto umas sandes e bolachas como snack que agora abasteci-me. 

E não trouxe tudo o que estava disponível. Existia cinco ou seis vezes mais do que mostro aqui.


O chato é que cada artigo tem de passar na caixa registadora a preço normal e tem de ser um funcionário a introduzir o desconto. Tudo manual, tudo demorado e tudo muito dependendo de erro. O que quase sempre acontece - para prejuízo do cliente, que paga mais.


Deixo aqui a foto com os preços marcados nas etiquetas mais 4 libras que gastei em gelados. Somando tudo isto dá os acima referidos 11.11?

Claro que não. Paguei 1 libra a mais. O que me chateia não é o valor, pois comprei tudo reduzido, logo não é muito grave. O que me chateia é que já comi uma embalagem dos wraps, quero comer outra (isto não tem nutrientes come-se e fica uma insaciedade) e a libra que me levaram dava para comer outros dois wraps!!😅


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Como as coisas mudam : tirar uma foto

 Lembro-me de fotos tipo passe que tirei na vida. Lembro-me da expressão que tenho nelas, no cabelo. As fotos eram necessárias para a identificação do cartão escolar, do Bilhete de Identidade etc. 

Muitas delas tiradas numa boot telefónica como aquela onde me encontro agora, sentada, a aguardar a chegada de uma amiga que vai demorar. 

Nisto olho para as instruções de como se posicionar para tirar uma foto corretamente e noto as diferenças. As mudanças sociais que tudo transformam até nós menores detalhes.

A primeira coisa que notei foi o dizer: "só uma pessoa na fotografia".

Lembrei-me dos muitos filmes em que um casal feliz de namorados ou de amigos sempre entram nas cabines de fotografia automática para tirarem fotos engraçadas juntos.

Não pode.

Ou melhor: não deve.

Depois diz que não se pode sorrir.

Antigamente até os fotógrafos profissionais nos mandavam sorrir.

Diz também para manter o cabelo atrás das orelhas. Mais uma coisa que antes não fazia diferença e até preferiam ter o cabelo comprido na frente para ficar bonito.

E por último um aviso em letras vermelhas: não use nada a cobrir a cabeça a menos que seja por motivos religiosos ou razões médicas. 


E é isto.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Novo ano chinês: wooden snake em trafagal square

 Trafagal square encheu-se de pessoas para ver o espetáculo que a camara de Londres ou a London Chinatown Association organizou para celebrar o novo ano chinês.

Fui convidada por amigos para ir e lá fui. Mesmo a tempo de abrirem as cancelas e ver a multidão a invadir a praça e a correr para ocupar a escadaria situada diante do improvisado palco.

Também entrei. Assim que me posicionei as duas pessoas mais altas que vi entre a multidão meteram-se descaradamente á minha frente e fincaram pé que nem estátuas. Achei má educação. Haviam outros espaços, elas viram-me e ainda assim posicionaram-se mesmo coladas a mim tapando-me toda a visão. Tive de mudar de lugar, fazendo questão de me posicionar novamente de modo a não incomodar quem estivesse atrás. 

Em poucos minutos conclui que não gostava da nossa posição porque ficamos muito atrás das cabeças de uma enorme multidão e mesmo atrás de um corredor de movimentação de pessoas. É o mesmo que tentar me concentrar num ponto ao longe ou tentar ver um programa de TV mas à entrada do metropolitano: um horror.

 Estava a sentir a cabeça a ficar zonza devido ao constante movimento que meus olhos captavam vindo de todas as direções. Parece magoar a vista e causar dor de cabeça. 

O evento lá começou. Só que não. É que primeiro chamaram ao palco uma série de vips. Cada um fez um discurso que não acrescentava nada ao anterior. Alternados apenas pelos diálogos introducionais de dois apresentadores, que recorriam entre discursos, a adjectivações generalistas, exageradas e ocas de sentido: "obrigada sra. X, por esse discurso Inspirador/Fantástico/maravilhoso"

E a multidão já a vaiar.

 Uma hora depois ainda estavam nisso. A multidão vaiava e o palco parecia ignorar. Quando parecia que iam acabar, voltavam a chamar outro VIP ou liam a carta de um VIP, tal como leram os desejos escritos de Sua Magestade.

Além disso, estar ali de pé quando já fico várias horas de pé no trabalho não fazia sentido para mim. Minhas pernas sentem sensações esquisitas e incomodativas. 

Ficar ali de pé para nada ver, só para ouvir longos e chatos discursos de cada membro envolvido na organização do evento não valia a pena. Ficou claro que o melhor a fazer seria  abandonar o evento e começar o quanto antes o passeio por Londres. Porque o melhor do dia estava a ser o próprio dia. Um dia com sol!

Sol, céu azul, frio mas um dia abençoado por luz. Em Inglaterra isso não dura muito e quase nunca para além do meio dia. E era quase 1 da tarde. 

Os organizadores do evento não eram lá muito inteligentes para achar que podiam manter uma multidão interessada em mais de uma hora de discursos que ultrapassam as horas de almoço, sem sequer mostrar um pouco de entretenimento.

Temi que o frio predominasse, que o sol ficasse encoberto e o passeio que íamos dar pela cidade depois fosse menos agradável.

Mas nada disse aos restantes e deixei que fosse o grupo a decidir quando partir. Para quebrar o tédio avisei que ia ao WC. Esses foram os melhores minutos de tudo aquilo. Sai quando os apresentadores do evento estavam há uns 20 minutos a dizer que iam acordar o dragão 🐲.

Dirigi-me aos lavabos da trafagal square e percebi que existia muita mais espaço livre por ali, mais conforto, muitas pessoas sentadas. Por mim teria procurado melhor posição pois não via nada sem ser cabeças e corpos sempre em movimento. Mas não quis dizer nada ao grupo. Afinal, foi a primeira vez que saí com estas pessoas, elas é que tinham experiência.

Meti-me numa cabine de WC, aliviei-me, abri a mala para beber um gole de água mas acabei por tirar um iogurte. Enchi o estômago de sabor a frutos silvestres... Delícia.

Nem me apetecia voltar. Estava com vontade de explorar a cidade, antes que escurecesse ou o sol perdesse a força do seu calor. Sem muita pressa, lá sai do lavabo, lavei as mãos e voltei a juntar-se ao grupo. O meu consolo estava em achar que, pelo tempo demorado, o tal do dragão já tinha sido acordado. 

Cheguei ao sítio e os colegas tinham avançado para a frente do corredor de tráfego, o que por si me deixou bem aliviada. Quando percebi que ainda não tinham acordado o dragão e iam chamar mais alguém ao palco para discursar fiz o primeiro comentário a respeito: "O quê? Ainda não acordaram o dragão? Quando fui ao WC ja o estavam a acordar". 

- "É por isso que as pessoas acabaram de vaiar. Não ouviste?"

Pouco depois escutou-se um forte e sonoro som de desagrado vindo de parte da multidão: um grande "Vooooo".

Pensava nos ensinamentos daquela situação. Ali estava espelhada o que é, na realidade, a verdadeira e mais forte faceta da China: a burocracia. O mascarar da realidade. Uma multidão descontente e aborrecida e as pessoas no palco a pedir para que gritassem que estavam a gostar. 

Os meios de comunicação que forem informar o que ocorreu no evento vão falar bem de tudo quando na realidade foi tudo muito poucochinho e muito secante.

Fez-me perceber que a China é um país comunista e o que se divulga não é a verdade. 

Percebi que culturalmente dão muita importância a rituais burocráticos de faz-de-conta, mais do que são capazes de honrar o muito anunciado entretenimento que foi o que levou as pessoas até ali. 

Finalmente, com o dragão já acordado e com uns 50 envelopes vermelhos distribuídos aos vips, lá veio o espetáculo de acrobacia, com os artistas enveredando um fato de dragão e a pular de poste em poste.

As pessoas começaram a abandonar o recinto por essa altura. Era quase uma da tarde.

Esperamos para ver se existia outro ato artístico mas como foram para INTERVALO.... Nós e muitos outros fomos embora.

Achei aquilo mal organizado porque faltou a todos a percepção do que é entretenimento. Aquilo esteve mais para canal de parlamento que outra coisa. Só que pior, porque ao menos no parlamento ainda se trocam uns insultos e a coisa aquece...

Lamentei pelo povo na China, que tinha aquilo como o pão de todo o dia. Sem se perceber é assim que se cansam as pessoas e as fazem obedecer e ignorar outras formas de viver a vida.

Fomos então passear para China Town. Cheia de gente, também com vários dragões ao som de tambores. Nem seria preciso ficar na praça trafagal, bastaria andar pelo bairro.

Enquanto por todo lado se escutava o som de estalos com pólvora a rebentar no chão, o que me deu uma saudade de memória de infância, dei com uma faixa com o nome FALUN GONG e me interessei de imediato. Disse aos meus colegas: olhem, aquilo é importante. Vou lá espreitar

Eles não pararam de caminhar entre a multidão e se afastavam de mim, então aproximei-me muito rapidamente e estiquei a mão. Outra foi estendida de volta e me entregou um panfleto, com um simples "thank you". 

Não quiseram discursar nada, falar nada, explicar nada. Estava uma senhora idosa em posição de pernas e braços abertos, imóvel como uma estátua diante da faixa que juntava as palavras FALUN GONG +ORGANS + SIGNATURE.

Apressei-me para não perder de vista o meu grupo e olhava o panfleto, procurando perceber se podia dar a minha assinatura uma vez em casa. Senti incómodo. 

Aproximei-me do grupo e disse-lhes que aquilo era importante. Depois, olhando de volta, percebi que podia deixar a minha assinatura ali mesmo. Pelo que voltei a avisar o grupo que ia me afastar e assinei uma folha de papel que continha, até o momento, poucos nomes.  

Não me pediram nada. Nem dinheiro, nada. 

Escutei um outro "muito obrigado" e voltei ao grupo, dizendo que eles não pediam nada a não ser uma assinatura não custava nada. Eles deviam assinar também porque era sobre retirar órgãos de pessoas com estas ainda vivas. 

Mas ninguém pareceu entender. Depois, passeando e vendo a alegria das crianças, lembrei-me das saudades que tive e que nunca mais vi - por ser proibido, os tais "estalinhos" de carnaval - pois era assim que se chamavam no meu tempo. Vinham embrulhados em papel fino e colorido e era tão divertido atira-los ao chão para ver a faísca e ouvir o estalo.

Enquanto o grupo olhava para mais um tipo aos pulos vergando um fato de dragao, avisei que ia até uma bancada improvisada para ver o que estavam a vender como souvenirs. O mais barato e mais interessante eram mesmo os estalidos. Acho que já ia com essa ideia em mente, ainda que não o soubesse.

Comprei os estalidos com alegria de nostalgia. Infelizmente não mais em papéis coloridos, nem vendidos á unidade na papelaria como em saudosos dias de carnaval... Mas ainda assim, algo que não existe mais em Portugal e que agora posso recordar.

O pó dos mesmos não é escuro como me recordo ser os de antigamente. É branco. Embora escutasse os estalidos por toda a parte não detetei de onde vinham nem vi clarões de súbita faisca. Talvez hoje sejam diferentes mas pronto. Pela nostalgia... Comprei uma caixinha com 50 unidades.

Depois fomos almoçar e caminhar por Londres, só a ver a paisagem.

De toda esta experiência o que concluo ter sido a de maior valor e importância foi mesmo aquela petição de recolhas de assinaturas contra a prática de genocídio e recolha de órgãos em pessoas vivas, tendo como alvos preferenciais as pessoas pacíficas e inocentes que praticam a meditação FALUN GONG. Mas também qualquer pessoa que o estado da China considere traidor pode ser vítima desta atrocidade de fazer dinheiro com órgãos removidos de pessoas saudáveis e vivas.(E não pensem que colocam anestesia).

O lado da China que se varre debaixo do tapete - assim como tanta outra atrocidade.

O mundo tem de começar a ver o real e não procurar só o entretenimento. Dragões coloridos aos pulos não define tudo o que vem da China.

Agora é na China. Amanhã...

Se é crime contra a vida humana é contra todos nós e a todos diz respeito.


domingo, 2 de fevereiro de 2025

O futuro do corriqueiro social é minado de controlo absoluto e imposições anti- direito à liberdade

 Leiam até ao fim, onde se encontra a nova forma de ir às compras nos supermercados. 

É preciso controlar / legislar o AI urgentemente. Esta tecnologia não serve para mais nada senão para facultar o mesmo que toda a tecnologia prévia faculta: controlo absoluto sobre os cidadãos. Em sociedades que dizem ter o seu pilar de alicerce assente na liberdade, é permitido o recurso a muita tecnologia que vai de contra esse mesmo pilar. 

Preocupo-me com a Inteligência Artificial  - que está a ser usada para muita coisa que ainda nem conheço na totalidade. Mas pelo pouco que conheço - já me preocupa. Ao que parece, a Inteligência Artificial (AI) pode até tomar a vez de personagens num filme. Sim, já tínhamos tecnologia que fazia praticamente o mesmo (Ex: O planeta dos Macacos). Mas para isso sempre era preciso mão-de-obra humana - atores vestindo fato-sensores e muitos peritos passando meses diante de um computador para os transformar visualmente em gorilas e macacos credíveis. A AI dispensa tudo isto. Podem ficar todos em casa, desempregados. A AI toma os seus lugares. Gostam de jogar jogos de computador? Apreciam o grafismo? Pois a AI também pode se encarregar disso, "expulsando" o contributo humano.

É a tesoura do último link que separa a tecnologia de existir dependente do ser Humano.  

Atentem a esta notícia sobre a nova forma de fazer compras na cadeia de supermercados ALDI, no Reino Unido. Para começar, é preciso facultar para os seus dados pessoais a CONTA BANCÁRIA e, a cada entrada, automaticamente é descontado do saldo £10.

Sim, entenderam bem. Só por pisar e entrar, tiram-te dez "euros". 

Porquê? Porque é uma forma muito anti-liberdade de se impor uma compra mandatória. Os 10 euros são depois "descontados" da tua conta final de supermercado. Mas... e se não comprares nada? Depois "devolvem" o dinheiro. Só que não de imediato. Pode levar DIAS. 

Além disso, existem cameras de AI com o único propósito de VIGIAR cada cliente e registar cada artigo que este pegar das prateleiras. Seja para olhar, seja para meter no cesto de compras... TUDO controlado. Cada gesto... 

Isto lá é sociedade onde uma pessoa queira viver? Sinceramente. Já me basta ter o RECONHECIMENTO FACIAL cada vez que entro no supermercado. Agora também vão vigiar ainda com mais rigor e precisão cada gesto meu dentro dessa superfície?

Vão-se F*D*E*! 
Desculpem a linguagem. 

Desgosto profundamente do rumo que as coisas parecem estar a tomar. O futuro parece-me de puro controlo o que é uma característica não tanto de Estado Livre mas de Ditadura. Mas ao ponto de, ao olhar para trás para as anteriores Ditaduras, encontrarmos coisas que eram bem melhores. Sinto apreensão com o futuro que se avizinha. Sinto dó e um lamento pelas gerações que vão nascer e vão ter de fazer o seu percurso neste "novo mundo". De certo foi assim com todas a gerações e as "novas" vão nascer só conhecendo o que existir, desconhecendo o "sabor" da diferença. E quando não se conhece, não se pode sentir saudade de algo que não se viveu e nem sequer se CONHECE. Aceita-se como é. E é assim que ganha força as coisas "menos positivas" que possam surgir neste mundo cada vez mais tecnológico e que impõe várias regras de controlo para se fazer compras em supermercado, para se viajar em aeroportos, para tudo e mais alguma coisa mas que, infelizmente, FALHA MISERÁVELMENTE em facultar um bom SISTEMA DE SAÚDE a esses mesmos cidadãos que tanto controla. 


Em Greenwitch, Londres, o supermercado ALDI introduziu uma taxa de cobrança de £10 libras a ser paga ANTES de se entrar no supermercado. Esse valor será depois descontado da conta final. Contudo, os que gastarem menos de 10 libras ou saírem sem nada comprar terão de esperar até UMA SEMANA para serem reembolsados. 

Esta taxa pré-cobrada antes da entrada aplica-se também aos utilizadores da APP e aos clientes que paguem com cartão na opção "Shop & Go". 

As lojas SHOP & GO da ALDI usam cameras de INTELIGENCIA ARTIFICIAL para rastrear o que o cliente tira das prateleiras e desconta o valor do seu cartão bancário depois deste sair. 

Para ter acesso ao "saia andando" (Shop & Go), os clientes têm de descarregar a Aplicação Shop & Go, registar um cartão de crédito ou passar o cartão contactless à entrada. 

  

Agora fiquei confusa...

Mas começo a perceber onde o futuro das compras nos vai levar a todos. 
Chegamos ao supermercado, somos super vigiados por cameras de AI, pegamos aquilo que queremos e saimos porta fora. Sem ter o gesto de pagar. Nada de caixas registadoras em grande número, nada de ter pessoas a trabalhar nas mesmas. É pegar e levar para casa. 

Contudo, com toda a tecnologia disponível, levamos as coisas sem perceber que pagamos por elas mas pagamos... E só para garantir, 10 euros são logo cobrados antes mesmo de se fazerem compras. 

Agora: sabemos lá nós se nos cobram o valor certo? Se cobram em preço promocional se vão colocar mais unidades, se vão se enganar? Claro que vão! É a tecnologia a fazer as coisas... vai falhar. 

No supermercado ao qual vou, meteram lá cameras de reconhecimento facial e existem seguranças à porta a olhar para monitores e a barrar as pessoas que passem e façam o detetor de metais apitar. (outro bom exemplo de algo que mudou e que aceitamos). Mas as máquinas registadoras automáticas não são NADA fidedignas. São a maior bosta que já vi e de todos os supermercados, aquelas são as únicas que dão sempre defeito: 

1) Não reconhecem o peso dos artigos e não permitem continuar a compra

2) Nem todas registam o preço promocional dos artigos em promoção

3) Algumas não lêm o código de barras dos artigos de preço reduzido

4) Cobram duplamente o mesmo artigo

5) Adicionaram-me uma vez o valor de 12 euros por.... um saco plástico. (se não tivesse visto...)

6) Permitem escutar o som do artigo a ser lido pelo leitor de barras mas este não é registado. 

7) Surge constantemente uma mensagem de erro que só pode ser removida por um funcionário. 


Com toda a tecnologia espantosa que temos, a simples tarefa de pagar as compras neste supermercado é a mais deficiente, aberta a erros crassos e inadmissíveis. Contudo, não parecem dar prioridade a isso. A pessoa pode, sem querer, e por distração dos próprios funcionários que vão apagar a mensagem de erro, levar consigo artigos não registados pelo scanner e pelo seu peso pela balança, o que pode conduzir à uma acusação difamatória de furto, caso os seguranças estejam a controlar tudo pelas imagens gravadas pelas várias cameras incutidas na própria máquina de pagamento!

Mas já estou a ver este "sistema" a resultar. A ser a opção escolhida por muitos "wake". Entrar no supermercado, pegar e sair porta fora... sem qualquer preocupação, sem precisar de carteira, de cartão bancário presente, sem precisar de dinheiro. 

Mas super controladas pela tecnologia e com acesso ilimitado a descontar valores da conta bancária. Esta nova forma de fazer supermercado reduz muito os custos do próprio supermercado, que dispensa tanto pessoal e tanta máquina para pagamento e... torna a vida das pessoas muito mais controlada. Ao ponto de as poder "roubar" nos custos finais, seja por "bug eletrónico" ou outro motivo qualquer. E as pessoas podem nem darem por  isso. Sem poderem fazer muito para reverter a situação, já que tudo é tão burocrático e tecnológico que até cansa.

Ou seja: para tirar é num ápice. 
Para devolver... não há pressa.   



quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Há muito tempo que não via uma destas

 Assim, deste jeito .

Quem se lembra de as ver espalhadas pelo chão e relvado das ruas - até penduradas em galhos de arbustos e árvores durante as crises da gripe A e mais recentemente os anos de Covid-19?


Um dia as gerações futuras irão querer saber pelos poucos familiares que viveram estes anos como foi a experiência real. 

E, como sempre, só assim se poderá descobrir verdades que os livros de história e o passar do tempo omitem. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Músicas famosas que foram PLAGIADAS - início de série 1

 

Rod Steward, 1978, "Do you think I am Sexy?"


Após ter ido ao Rio de Janeiro em 1978, para o famoso "Carnaval" (leia-se orgia) acompanhado de Elton John e Freddie Mercury. 


segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Quando uma CRIANÇA é educada e é socialmente aceite que CUSPA no chão por ver um estrangeiro... isso não é modernice. É antissemitismo a todos.

 Pessoal, eu sempre me senti muito atraída pelos países escandinávicos. Noruega, etc... Dou com este vídeo sobre a Dinamarca e... nojo. 

Agora compreendo PORQUÊ não se vêm escandinávicos a emigrar. NÃO É porque LÁ ONDE ESTÃO é melhor. É porque lá é um microcosmos de preconceito e sofreram todos de lavagem celebral que os faz temer sair da sua zona de conforto.

Viva Portugal. 
Com todo o seu preconceito, que existe, não é nada disto aqui.


"NÃO ACEITAMOS PESSOAS QUE NÃO SEJAM BRANCAS"



"OS CLIENTES NÃO QUEREM PESSOAS QUE SEJAM DE RAÇA NEGRA"



"EXISTE UMA POLÍTICA AMBIENTAL FALSA"


"EXISTE UM PROBLEMA SOCIAL"


"CONHECI UMA DINAMARQUESA AQUI NA NORUEGA QUE TINHA UMA APP NO CELULAR QUE DIZIA QUAIS OS NIGHT CLUBS QUE NÃO TINHAM GENTE NEGRA E ELA NÃO VIA NENHUM MAL NISSO".