segunda-feira, 16 de maio de 2016

Quem chamou por mim?



Alguém me procurou pelo nome. Mas quem me conhece tão bem que googla para me achar?
(Acho que sei...)

Por outro lado, temo um dia ter a identidade descoberta. 

Já aqui o disse. 
Assim, ao acaso. Alguém vem aqui parar, começa a ler, lembra-se que uma pessoa tem uma história idêntica à relatada e pronto: acaba-se o que é tão bom.


Já aqui o disse: escrevia mas não precisava de relatar detalhes muito identificativos.
Depois as histórias tornaram-se mais abrangentes e pessoais. E isso aumenta a vulnerabilidade.

Ser vigiada e não procurada compromete a liberdade de expressão.
E já que pouca coisa me resta, é de valor o conforto do anonimato e a liberdade que este proporciona. 


6 comentários:

  1. Mais tarde ou mais cedo acaba por acontecer á maioria e muitas vezes somos nós que acabamos por nos comprometer...

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    1. Exato. O blogue foi criado para conduzir a reflexões, dispensando particularizações. O único pormenor revelado desde logo (e já achei íntimo qb) foi geográfico.

      Para mim funciona bem assim. Há quem prefira se apresentar tal como é: com rosto, nomes e histórias.

      Mas geralmente falando, penso que quem o faz está noutra etapa da vida. Um dia pode ser que o faça também... :)

      Numa altura em que as redes sociais são usadas pelos patrões para saber da vida dos empregados, e vice-versa, em que há tanta "espionagem" assente em sentimentos como a inveja, parece-me até saudável uma pessoa desejar preservar-se a esses bombardeamentos.

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  2. O anonimato é um direito que a qualquer pessoa assiste.
    E é muito reles ser bufo e revelar a identidade da pessoa quando esta não quer.
    Aconteceu com o blogue O Jumento.
    Boa semana

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    1. Concordo Pedro. Não somos todos feitos com a fibra da integridade. Nestes tempos de "revistas cor de rosa", boatos e exposição de tudo e mais alguma coisa, a capacidade de percepção do que é da nossa conta ou não está em extinção. Felizmente desse mal raramente padeço.

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  3. É por essas e por outras que ninguem que me conhece pessoalmente, sabe do meu blog. Prefiro assim!

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    1. No dia em que o anonimato se perder, e o dia que o blogue morre. As pessoas não sabem consultar um blogue de alguém que conhecem na "boa", querem sempre descobrir um podre, fazer más críticas, espiar o que possam dizer ou contar sobre alguém, alguma coisa, algum evento. Deve ser uma chatice.

      Eu se seguir o blogue de alguém que conheço, calo-me. Uma coisa é tirar as minhas conclusoes, outra é discutí-las em tom de intriga com outros.

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