E se vos confidenciar que o que mais queria para o Natal era estar a trabalhar no DIA de Natal?
Sempre gostei do Natal. Concilia duas coisas que me fazem sentir bem: convívio em família e oferendas.
Mas nos últimos anos o Natal não tem sido a mesma coisa para mim. E isso foi uma surpresa. Passa rápido demais e dá a sensação que as pessoas mal entram pela porta, já estão a sair. E foi num desses momentos que algo me atingiu.
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O que mais me decepciona é que se dê maior importância ao
lado comercial do Natal do que ao lado do convívio. Oiço as pessoas a falar da compra dos presentes, a tentar encontrar algo barato mas que aparente ser caro, oiço-as preocupadas em fazer boa figura e não ficar aquém de ninguém e esquecem, de todo, que a essência do Natal é o convívio entre todos. Não se trata de rivalidades, não é uma quadra para a competição para se descobrir "quem é o melhor", o mais generoso, ou aquele que dá melhores presentes. Não gosto que o comércio se inunde de artigos natalícios três meses antes da data já deixando todos os consumistas stressados e reprovo a excessiva publicidade insistentemente dirigida aos mais pequeninos.
Porque é que o dinheiro é o tema sobre o qual gira o Natal? Vemo-lo nas reportagens televisivas, ouvimo-lo nas bocas dos que se justificam por antecipação que o dinheiro não dá para "grandes" presentes «este ano» (que são todos).
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Sim, dinheiro é preciso para viver em sociedade mas não é de todo essa a mensagem do Natal. Até me podiam oferecer um pacote de bolachas de água-e-sal de 40 centimos... (ia achar o máximo) não é por aí. Os reis magos levaram ouro, incenso e mirra. Podiam ter levado um calhau, uma ovelha, uns biscoitos. Um copo de leite, que seja. O valor está no gesto e na forma sentida como o mesmo é praticado. Isso é que é bonito.
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Compreendo que antigamente o Natal tinha outro sabor porque eu mesma era pequena. E compreendo também que mude, pois as pessoas casam, formam as suas próprias famílias e por sua vez também ganham outra. E têm de repartir o seu tempo entre todas. Mas não serve de desculpa para não se entregarem ao convívio. Se o capitalismo transformou o Natal em comércio, que seja. Não devem as pessoas é deixar que o mesmo comércio e capitalismo entre nos seus lares e comande o seu Natal.
Plenamenete de acordo contigo, comon estava o ano passado em que li textosn em que os autores estavam tão reoltados como tu e irei ler para o ano outro texto igual. Não estou a tirar o mérito ao teu, apenas a tentar fazer perceber que quando esta data chega, os blogers rtevoltam-se em massa! ;) Beijinhos
ResponderEliminarSuponho que sim Alien, que virou "fait divers" entre bloggers. Mas comigo é a primeira vez. A primeira vez que sinto no coração este "abandono" pela data. E por mais que outros tenham já passado pelo mesmo a primeira vez de alguém é sempre marcante :)
ResponderEliminarSe souberes de uma ocupaçãozinha jeitosa para o dia do Natal deixa aqui a sugestão :)
Jinhos