sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Recebi novidades sobre o meu anterior emprego


Trabalhei muito no meu anterior emprego. Agora as coisas por lá mudaram. E eu fico feliz. Feliz por assistir ao progresso e verificar que aparentemente o sucesso continua. Não faço nada o género de pessoa que sai e fica a desejar que agora tudo vá para o cano abaixo. Não. Eu esforcei-me muito e dediquei-me bastante para levar aquela empresa para a frente.

E não foi fácil. No meu segundo dia estava a escutar berros de um patrão que exigia de mim que lhe mostrei de forma organizada e eficiente uma metodologia, porquê a mesma não tinha sido feita semanas antes (sendo que eu estava ali à menos de 24h...). Acho que pelo absurdo de exigir o impossível só podia estar a testar-me. Não desisti e continuei. Fui um tanto hostilizada por alguns colegas e às tantas mesmo perseguida por um, o que me dificultou em muito a vida e o trabalho. Aos seis meses tinha atingindo um ponto de cansaço brutal, daqueles que causam exaustão e pedem por um pouco de descanso. Mas não o tive.

Nos anos seguintes o trabalho só fez foi ficar mais difícil, mais "mal feito" antes de chegar às minhas mãos, com decisões superiores nem sempre bem tomadas e o que era mais grave, não tomadas a tempo. Eram os mais "pequeninos" ali dentro que andavam a apagar todos os fogos. E o trabalho a precisar ser feito acabava por ter de ser refeito diversas vezes devido a erros e relapsos alheios e tudo em tempo record. Tinha tanta mas tanta coisa com que me ocupar e nenhuma dessas primeiras 25 coisas eram relacionadas com a minha função.

Não foi mesmo fácil. Mas depois de sair, sabendo que me ia afastar, consegui recuperar o meu centro. Em pouco mais de 15 dias apenas. E 15 dias depois já me apetecia regressar à rotina. Ela me fazia falta como a droga a um viciado. 15 dias apenas (não é pedir muito), era TUDO o que durante todos aqueles anos de trabalho me tinha faltado para poder zerar o cérebro. E nunca os tive. Se tivesse tido talvez me mantivesse mais tempo em funções. Mas da forma como estava não tinha nem mais estímulo nem desafio. Era sempre tudo a mesma coisa e era quase infrutífero os esforços. Nada ia melhorar, aliás, tudo estava a piorar, novas imposições na metodologia de trabalho (para poupar um dos empregados) iam desabar para o desastre e a vítima escolhida tinha sido eu, que me vi subitamente a ser "forçada" a ir executar parte do meu trabalho num local distante, sem condições mínimas e a arcar as despesas extra do meu bolso.

A simples constatação de que estava a "pagar para trabalhar" entristeceu-me. Isso aliado ao cansaço acumulado de anos, à ingratidão que sempre acontece neste meios e a uma certa desmotivação temporária causada também por pressão injustificada, levou a que procurasse outro rumo, a começar por colocar distância entre mim e o trabalho.

Mas fico contente por a vida lhes correr bem. Porque, tal como previ, para isso acontecer coisas bastante simples teriam de acontecer. Agora, caros leitores, o trabalho que eu fazia está a ser executado por TRÊS pessoas!

E isso só me dá valor.

2 comentários:

  1. R: tens toda a razão, eu aceitei porque queria ir ao festival ( é mais uma inicitavia cultural) assim posso entrar, ter acesso gratuito e é so um fim de semana. Pra alem do mais dão me um diploma de participação na área em que ficar e é sempre uma mais valia. Ainda podenrei muito bem antes de enviar a candidatura.

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