domingo, 8 de fevereiro de 2009

EUA no Paquistão com Obama

O documentário produzido pelo "60 minutos", programa exibido pela Sic Notícias, informa-me que os EUA vão DUPLICAR as tropas no Afeganistão e que até o final do primeiro mandato de Obama, (e provavelmente o segundo) estas vão lá permanecer.
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Isto reforça a desconfiança que tenho de que nada alguma vez muda na política dos EUA. Acho até que aqueles que realmente mexem os cordelinhos no poder, nunca de lá saiem. Vai e vêm presidentes, não passam de fantoches, muito bem pagos, uns vendidos, que servem para iludir o povo. Obama vai assim seguir o mesmo percurso de Bush em relação à guerra. A diferença na escolha deste candidato em relação ao seu antecessor, é que um problema óbvio do outro foi corrigido neste: a falta de carisma.
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Bush não é carismático. Não é elegante, não é bonito, não faz figura. Foi inumeras vezes ridicularizado na comunicação social. Desde Kennedy ou Clinton que a América não tem um presidente charmoso no poder. Bush afasta-se tanto desse padrão que era necessário colocar no poder o seu inverso.
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Obama é só charme. É só figura. Conquistou todos por isso e pela cor da pele, não pelas ideias e palavras. O homem está há 4 anos na política, entrou exactamente no segundo mandato de Bush e nenhuma experiência prévia lhe é conhecida. Obama reúne todas as condições carismáticas necessárias: uma esposa-tipo Jakeline Kennedy, a primeira dama mais recordada e ainda bastante amada pelo povo Americano. Nada melhor que arranjar uma outra parecida a esta. Depois tem os dois filhos. Um casal, na idade certa. Nem são muito novos para fazer asneiras em público, nem são adolescentes para colocar a imagem pública dos pais em risco.
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Que candidato feito à medida!

E depois falam uns, muito suspeitamente, que não se deve fazer referências sobre a cor da pele deste presidente, quando a cor da pele foi o que mais preencheu todos os seus discursos anteriores e posteriores à sua eleição. Foi a mola de lançamento da sua candidatura. Martin Luter King - que pregava a igualdade para brancos e negros, ou seja, pessoas, fosse qual fosse o tipo, foi mencionado nos seus discursos, mas permanece um ícone à parte. A sua ideia estava longe de usar a cor da pele para conseguir subir na vida, quer seja por status quer seja por meios de chantagem emocional. Acredito que Martin deve estar decepcionado com esta parte do comportamento humano, lá onde as almas ficam a viver e a observar.
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Neste mesmo documentário, um indivíduo diz que a America vai continuar a apoiar incondicionalmente este presidente, assim como apoiou Bush. Que erro! É exactamente isso que não se deve fazer. Se erram, os erros devem ser assumidos e a punição deve ser imposta. Nenhum homem, presidente do país ou não, deve estar acima da lei. Richard Nixon deve estar a dar voltas na campa. Porque estes outros podem e eu não??
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Tem toda a razão.

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