sábado, 1 de outubro de 2016

A palhaçada nojenta, repulsiva (Está tudo louco lá pelos States?)


Isto é absolutamente NOJENTO.

Vi uns meros 45s deste curto excerto de vídeo e logo senti repúdio. Mas não pelo motivo apontado.
SUPOSTAMENTE o vídeo é sobre a alegada matança racista da polícia a cidadãos negros. Não sei as circunstâncias mas aparece uma criança negra numa espécie de assembleia a falar num microfone. Uma CRIANÇA. Que diz, tensa e depois a chorar: "Não sei porque nos estão a matar. É uma vergonha não termos os nossos pais e mães connosco e temos de os ir visitar ao cemitério e enterrá-los". 

LOL.
O tempo todo escuta-se uma voz de mulher adulta a incentivar a criança. Cada vez que esta criança repete algo que lhe foi ensinado, a voz feminina reforça: "é isso mesmo! Certo!". A certo ponto a voz ordena, num grito: «Não pares de falar!»




Já dá para perceber o repúdio e nojo que estou a falar?
Estão a usar uma criança para tentar dar credibilidade a algo que não tem fundamento. Pior: estão a usá-la como lenha para aumentar as labaredas de um conflito racial e a traumatizá-la fazendo-a acreditar que a sua vida corre perigo! A criança acredita que os brancos polícias - embora estes também venham noutras cores - andam a matar os que têm a cor de pele escura. A criança chora, a mulher adulta rejubila. Porque o que importa para esta gente é meter lenha na fogueira, é incendiar os ânimos, é fazer da polícia os maus da fita e dos da raça negra os eternos sofredores da opressão e racismo.

A polícia atingiu a tiro um indivíduo. As circunstâncias não conheço, mas julgo que foi a do suposto cigarro... Mau? Sim, se for verdade. Mas daí a extrapolar para uma «caça ao negro», ao ponto de uma criança acreditar (porque foi alimentada para isso) que os pais e mães vão todos a enterrar no cemitério e dizer que «estão a matar-nos» é um exagero e é NOJENTO. É também um enorme DESRESPEITO para com a história e todos aqueles que realmente, no passado, viveram isso na pele. Mas agora nesta altura e nesta sociedade? Em que os direitos são iguais, em que todos estudam, em que todos contam com incentivos e subsídios?? Só pode fazer as reais vítimas de assassinato racial virarem-se nas campas. 

Nos EUA referir-se a um indivíduo como BLACK é socialmente repreendido.
O politicamente correto exige que algo que é real seja substituído por uma outra expressão:
Americanos-africanos. Lol.
NEGRO foi a primeira palavra a ser estritamente proibida no léxico.
A seguir segui-se o preto (black) que, além de tudo, é uma palavra inocente por fazer parte de uma cor da paleta de cores...
Ainda assim, proibida de mencionar perto de qualquer indivíduo de pele escura OU mista.
Exigem o termo acima: African-Americans. Menos quando não é conveniente: em manifs. Caso alguém se pergunte se o inverso também se aplica, a resposta é não.
Nos EUA pode-se dizer Branco, referindo-se a uma pessoa. E até se podem usar termos mais preconceituosos.
Não são proibidos. Podem não ser agradáveis mas não são oprimidos.
E ninguém diz Americanos-Europeus ou Americanos-Caucasianos.

Incomoda-me esta propaganda. Em bairros e zonas com muita gente de raça negra, se um indivíduo é morto pela polícia, começa de imediato uma rebelião mediática. Sempre. Sem excepção. 

O que há de não natural no acto? Deviam ter acertado no único branco que ali vive? Não. Entre 90% de negros e 10% de brancos... fazem um banzé e vão às televisões acusar a polícia de ser racista.




Não é assim. Estão a causar um grave distúrbio social e a inutilizar a força policial. Mediatizando-a de "lobo mau", que caça negros. A polícia não é isso! A polícia desempenha uma função dificílima, têm uma profissão de elevado risco de morte, e tudo isto ainda vai pior mais as coisas, pois está a ser transformada num alvo. E assim a polícia percebe que qualquer cidadão pode ressurgir-se contra si, devido a toda esta propaganda de gente canalha. O que só pode resultar em mais desgraças. Ou a polícia hesita num momento crucial e perde a vida, ou nem hesita um segundo e dispara primeiro, fazendo perguntas depois. 

Está tramado das duas formas. Preso por ter cão, preso por não ter... Com certeza mais incidentes envolvendo disparos policiais e cidadãos negros virão a acontecer, exatamente por causa desta melodramática mentira. O stress está no pico e antes disparar que apanhar bala...

Então de quem é a responsabilidade? Digo: estes rúfias das manifs nas redes sociais e mediáticas têm responsabilidade, e muita. Por estarem tão empenhados em exacerbar os factos. Acho terrível esta menina dizer "porque é que nos estão a matar?". Porque não estão. E o uso de "nos" é um termo aqui usado como elemento de exclusão. Quando ela pergunta isto eu tendo a pensar: mas quem é «nós»? Nós crianças? Nós pessoas? Nós humanos? Porquê sempre a distinção? Quem a quer manter, afinal? Só se forem os racistas. Esses devem exigir essa distinção.



Estive para vir aqui escrever sobre um assunto que me chamou a atenção e aproveito agora para o fazer. Estava a fazer zapping e aparece um daqueles shows reais, sobre o dia a dia de um polícia. Apanho apenas o final. Um rapaz acabara de se formar, passou em todos os testes, graduou-se. O instrutor está a dar-lhe as últimas dicas e a dizer-lhe para o contactar com qualquer questão. Eu vejo o jovem graduado e fico espantada. Era um menino! Tão jovem, tão rapazola... parecia também algo ingénuo, idealista... Mas achei-o novo demais e pensei: «é capaz de não durar muito tempo na profissão». Aí a câmara segue-o na viatura, onde ele relata como foi tenso o primeiro serviço no cumprimento ao dever, com tiroteios trocados... E depois o programa entra no final. O ecrã vai a negro e surgem palavras a dizer que o "policia «João»" morreu nos dias seguintes, no decorrer da função.

E fiquei em choque, quase. Por praticamente o ter adivinhado. Toda aquela sua juventude...  Ninguém fala das vidas que se perdem quando tudo o que se pretende é ajudar as pessoas. E tudo o que ele queria era servir a justiça, ajudar as pessoas, resolver conflitos... Uma bala terminou isso para sempre. Foi para o caixão, levou com a bandeira americana em cima e foi direitinho para o cemitério.


Todos os colegas choravam, desgostosos. Tão pouco tempo em serviço... Será que fizeram algo errado? Ou poderiam ter feito alguma coisa para o evitar? Culpam-se e ao mesmo tempo sabem que não têm culpa, é a profissão. Mas desses, ninguém fala. Também foi parar ao cemitério, morto por um bandido qualquer. Deixou mãe e pai devastados, a chorar a vida de um filho que não chegou a criar família própria. Não teve tempo. 


2 comentários:

  1. O mais engraçado é que as estatísticas da criminalidade também são "racistas": a maior parte dos criminosos são pretos e, ironicamente, muitas das vítimas também são negras. E que dizer do racismo que não existe quando o (criminoso) preto é abatido por um polícia preto?

    Não nego que há casos em que se verifica abuso policial. Mas também não é menos verdade que muitos dos abatidos são comprovadamente criminosos, muitos deles armados e que constituíam perigo para os polícias. Era preferível que os polícias fossem abatidos em vez dos criminosos? E eu digo o mesmo se os criminosos forem brancos. Estarei eu assim a ser racista também?

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