quarta-feira, 11 de março de 2015

A precisar do travesseiro... coração ferido

Eu sempre fui «à frente» do meu tempo mas agora desconfio que ando também dias à frente...
(isto de andar à frente de quase tudo ou te faz parecer um génio, ou és visto como imbecil. Faz muito que passei a  imbecil)

Adiante... Dizia eu que devo também andar uns dias à frente porque podia jurar que hoje, terça-feira dia 10, foi na realidade a sexta-feira 13 que se avizinha!!

Foram os pequenos dissabores. Pequenos, mas que contribuíram para chegar agora a casa a precisar do meu travesseiro, a ver se o dia fica para trás e vem o próximo!

O de ontem também não foi fácil. Na realidade, foi violento. Será que a energia de ontem também decidiu cair hoje?


Bom, nada de muito ruim aconteceu, claro. Mas são pequenas coisas... Como por exemplo, ter comprado um gelado de copo que inexplicavelmente entornou para cima do ombro. E quando fui deitar fora um papel, caiu-me no fundo do saco do lixo a colher que usava para comer o gelado. Decidi que, com estes pequenos azares, só podia jogar no euromilhoes, porque decerto aí a tendência ia ser oposta. Não dizem que «azar no amor, sorte no dinheiro»? Pois, mas só dizem balelas!


Fiz o euromilhões e não me saiu nada. Nem um tostão. 
Mas tudo isto seria irrelevante porque o que realmente me derrubou não foram estas pequenas inconveniências, nem o facto de me sentir cansada, fisicamente fraca e algo esgotada. 

O que me chateou foram duas outras coisas. Foi receber a avaliação do estágio que fiz. Já sabia a nota que ia ter. Mas não sabia a nota de outras pessoas que fizeram o estágio comigo, embora suspeitasse que ia existir injustiça. 

Ó Sócrates, desculpa pá, já concordei contigo mas agora tenho de discordar.
Eu estou aqui a sentir-me miserável! A sofrer.
E como não é o meu primeiro «rodeo», suspeito que vai ficar para sempre uma «marca».
E cá para mim, o que cometeu a injustiça e o que foi beneficiado às custas da minha desgraça está feliz!
Não sofre de consciência porra nenhuma!


E no meu entender existiu. Senti-me injustiçada e pior, senti-me burra. Burra por ter permitido e por ter deixado que as minhas emoções e a simpatia que nutria por algumas pessoas me impedissem de mostrar a minha insatisfação com uma parte do estágio em particular. 


E fiquei triste porque não me senti valorizada. As notas foram dadas com base na "política" da igualdade. Só que nenhum ali é igual ao outro. De modo que aquele que não fez nada, não se esforçou porque nunca gostou daquilo e não mostrou nenhum interesse ou motivação, teve A MESMA NOTA que eu. 

Isto é justo? Claro que não! Então todo o esforço que tive, o interesse que demonstrei, as iniciativas que tomei sem ninguém me mandar fazer nada - coisa que NENHUM dos outros estagiários tiveram uma só vez, tudo isso valeu O MESMO que o tipo que ficou sentado ao computador a não fazer nada o dia todo.


JUSTO??


NÃO!


Fiquei revoltada. Um tiquinho. Já o esperava mas ter o comprovativo foi um soco no estômago. Não tive a nota mais alta, ouve quem tivesse mais. E porquê, se não fizeram mais? Porque PARECEU que fizeram.... e lhes PERMITIRAM que parecesse. 


Eu sou o injustiçado e me sinto infelicíssima!
Sinto-me sabotada. Eu fiz tudo - até trabalhei a partir de casa. Não me desligava nunca do que tinha para fazer. Fui sempre bem preparada e mostrei muita iniciativa e interesse. Isto valeu TANTO QUANTO a tipa que mostrou ZERO disto e limitou-se a passar os dias sentada.

Dá vontade de chorar... Não aprendo. Com esta vida que é injusta. 

As outras que tiveram melhor nota limitaram-se a seguir muito atentamente aquilo que eu fazia e a controlar a QUANTIDADE de coisas que eu fazia. Não querendo ficar abaixo e sempre a me interrogar. Quando comecei a ser «sabotada» e elas conseguiram ter quantidade de trabalho maior, mudaram radicalmente. Principalmente de opinião sobre a orientadora de estágio. Até aí uma «estúpida», que não estava ali a «fazer nada» e muitas coisas bem piores. Essa pessoa, no meu entender, sabotou a minha prestação por ignorar sucessivamente os muitos trabalhos e sugestões que lhe dava. Mas não ignorou os das outras - que ainda por cima trabalhavam em dupla. Nem era sozinhas, era sempre a dois. Cada trabalho, foi feito a dois.

Um dia sentaram-se, interrogaram-me o que eu estava a fazer e começaram a fazer igual. E como mais ninguém lhes disse para fazer outra coisa e não souberam procurar nem quiseram, passaram três semanas a fazer sempre o mesmo.... Que eu lhes «ensinei», porque o exemplo partiu de mim. 

Fizeram, em conjunto 50 «limpezas com o pano do pó». Eu fui uma estagiária que usou o pano para limpar o pó 20 vezes, tirou também o pó com 10 aspiradelas, fez ainda 5 varredelas e 5 autênticos puxar de lustro. Contou a aparente quantidade de fazer sempre o mesmo. Foi só.

E a outra ficou sentada... com a mesma nota que eu!!

RAIOS PARTA A INJUSTIÇA!!


Logo a seguir a ter esta triste notícia, uma outra estagiária a quem estou sempre a estender a mão teve uma atitude que não gostei. No meio de um explicação prática, colocou-se entre mim e o objecto e professor. Não pude perceber nada da explicação porque para onde me virasse, ela me bloqueava. Entretanto tomei a iniciativa de ir fazer outro trabalho e lá fui. Depois fui ainda fazer outro, que é habitual a certa hora. Quando regressei à explicação - que também tinha sido interrompida, a tipa voltou a dar-me as costas. Eu não estava ali para ver o casaco creme dela!

Porra que me irritou! Profundamente. Eu a julgar que a miúda era quase anja, inocente... e sai com uma atitude destas. Vai que pouco depois, quando termina o dia, não espera por mim. Sai sem me dizer nada. O que não é habitual. Mas se agiu assim, é porque tem noção do que fez. 



É a boa FÉ que tenho nas pessoas...
É isso que continua a ser uma estaca no coração.


2 comentários:

  1. Eu confio sempre desconfiando. Já me fizeram tantas, que agora não há ar de "anja" que me convença ... mas é sempre revoltante, quando damos tudo por tudo e alguém nos "puxa o tapete" e fica a rir do nosso esforço.

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  2. Tal como a Nina Nininha, também já me fizeram tantas, que eu deixei de acreditar na justiça, na humana e muito menos na divina. E o meu coração não está ferido, está dilacerado.

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