terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ciclovias com escarlatina

Lisboa despertou para o Inverno com obras em suas das mais principais artérias. A razão é a construção de ciclovias, que, supostamente, vão ligar várias zonas de Lisboa umas às outras. Perto de mim começaram a construir essas vias. Levou tempo mas, terminaram. Ou não?


Acontece que as linhs já foram traçadas, alcatroadas e pintadas de vermelho. Mas, com o Inverno, a chuva foi a principal responsável por levar a tinta vermelha do asfalto... Agora a ciclovia não passa de entulho. Com uma aparência degrada e deprimente mesmo, abandonada. A cor vermelha não assentou no alcatrão o que gerou umas manchas semelhantes à escarlatina. As vedações, redes de plástico esburacadas, em estacas de metal, permanecem no local, caídas pelo chão, como lixo. É uma paisagem triste de se olhar. Já parece um local com anos em cima... e nem sequer teve uso!

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Ao construirem a ciclovia, prejudicaram os moradores locais. É sempre um inconveniente, que queremos curto e esperamos que, quando termina, tudo fique melhor. Mas não. Por causa da ciclovia, o caminho por onde costumava passar para me dirigir à paragem do autocarro, ficou mais longo. como já não me bastasse ser uma subida de 5 minutos, que muitas vezes me faz perder o transporte, foi dificultada por a zona estar vedada. A ciclovia passa próxima de uma varanda de um prédio, o que parece inestético. Também foi colocada numa das minhas partes favoritas para caminar: a berma de uma zona relvada, que, por si só, possuia o seu próprio trilho de terra batida, do tanto que as pessoas cruzam por ali. Em algumas partes do percurso em que a mesma se cruza com caminhos calcetados, passa por cima. Noutra, o caminho permanece no traço e sobrepõe-se à ciclovia. O critério, porém, é duvidoso... E nisto, ainda ninguém me "devolveu" o espaço público, para que eu possa caminhar onde bem desejar...


.Por quanto tempo vai ficar assim? Vou ficar a contar.


Tenho cá para mim que vou poder também contar, pelos dedos, a quantidade de bicicletas que vão, nestes primeiros tempos, cruzar aquele caminho... na primavera talvez seja diferente. Ainda assim, estou para ver se a estética da zona acabou tracejada por algo que a empobrece.

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