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sábado, 14 de junho de 2025

Menstruar não é normal

 A curiosidade fez-me pegar neste livro. 


De seguida reparei nos dizeres no canto inferior esquerdo onde diz "ciclo masculino" e pensei, por esta referência, que o livro foi escrito por um homem visando os mesmos.

Depois abri uma página ao acaso e coloquei os olhos numa frase ao acaso. 

Logo senti que estava diante de um disparate autêntico, um livro cheio de parvoíces misóginas, fruto de uma mentalidade cultural de ignorância onde a mulher é inferiorizada e o homem aclamado em excesso. 

Só há uma maneira de impedir uma mulher de menstruar. E essa maneira é um homem estar sempre a usá-la para sexo e mantê-la grávida. Como se fazem com as vacas para estar sempre a produzia leite.

Achei por isso que este livro era capaz de estar a enviar sinais de misoginia, de perpetuação do papel da mulher apenas como um de subjugação ao poder masculino.

Virei então para a contra capa e lá estava o género da autoria: homem. 

Mas não um homem qualquer: auto intitula-se um "verdadeiro génio". Bem ao jeito de muitos africanos que precisam de se sentir  superiores aos restantes e fabricam currículos para o aparentar.


Olhei novamente para a capa, a procura do clichê "doutor fulano cicrano".

Sabem o estilo... Como aqueles bem conhecidos anúncios nos jornais e revistas de charlatões africanos que se auto proclamam doutores "pai se santo" africanos super poderosos e milagrosos que oferecem ajuda espiritual e resolve "qualquer problema".

Mas na capa, o nome do autor não é precedido de um título auto atribuído. Talvez por precaução. Já na contracapa surge  a palavra "doutor" bem antes de seu nome.


Tinha de estar!

Olhando melhor a capa também vem escrito em cima á esquerda o primeiro nome do autor seguido da designação "pai da medicina".

Estes pequenos truques de associação mental e auto valorização para enganar as pessoas são amplamente conhecidos na Europa.

E digo Europa, porque na contra capa do livro assim surge essa referência para designar tudo o que não vem de africa. "escrito do ponto de vista africano  APROPRIADAMENTE condena o comercialismo europeu, pessoas descendentes da Europa assim como as descendentes de África vão encontrar neste livro a CHAVE para tornar seus corpos mais saudáveis".

Engraçado que, para conquistar um mercado mais amplo e usufruir do "consumismo" europeu que diz condenar (é mais desejar se associar), as "pessoas descendentes da Europa" podem usufruir deste livro.

Este livro serve para todos. É escrito por um génio. Perito na Arte e Ciência africana holística, diagnóstico e remédios.

Mas diz que a Menstruação na mulher não é normal! Mas se foi assim que Deus nos fez... Vem ele dizer que a natureza desde que o mundo é mundo é anormal?

Parece-me venda da banha da cobra. Bem ao estilo africano.

Creio que o próprio nome do autor é também ele uma fabricação visando impressionar um grupo. Suspeito não ser de baptismo e aposto que foi construído a partir de um aglomerado de nomes bem escolhidos, com significado holístico e mítico visando impressionar pelo status e influenciar grupos africanos pelo seu significado no imaginário das pessoas. Para dar credibilidade automática ao autor.

Ainda assim vou dar uma olhada, pois diferentes pontos de vista me interessam, ainda que suspeite dos mesmos. 

Onde diz que a menstruação da mulher não é normal ou saudável, vem escrito:

A menstruação é uma hemorragia. Hemorragias, seja onde ocorrerem, não são normais. Holísticamente, mulheres africanas negras numa dieta natural não menstruam. Estudos Antropológicos revelam que mulheres africanas anciãs não menstruavam. 

Mulheres holísticas seguem um ciclo reprodutor natural (até aqui tudo o que está a ser afirmado carece de explicação e também de fundamento, como costuma ser  comum neste género de autoria) com regras rígidas. Mulheres africanas anciãs não praticam sexo enquanto grávidas (uma forma de validar o homem pular a cerca), a amamentar ou a menstruar.

A amamentação durava entre 3 a 5 anos. ( Tempo esse que o homem africano se privava de qualquer atividade sexual pela esposa holística? Claro que não).

Sexo durante a gravidez ou amamentação provoca uma alteração de nutrientes e no nível hormonal. O que altera a capacidade em criar células saudáveis no corpo do bebê, diminuindo a saúde da criança por nascer. 

(Todos nós amplamente sabemos como todo o povo africano é altamente saudável, vende saúde. Aqueles pedidos humanitários para os alimentar, tratar da saúde em risco de morte por desnutrição... Devem ter sido todos inventados pelos europeus).

Relações sexuais em excesso e fora do ciclo (??) faz a mulher MENSTRUAR. Sexo á noite é anormal e fora do ciclo (ah, a explicação, depois do fato dado como certo...) e enfraquece os órgãos sexuais e a saúde. Sexo durante o dia segue o ritmo Circadiano do corpo. Sexo durante a noite explora emocionalmente e espiritualmente a mulher e contribuí para a hemorragia a que chamam de menstruação. 
 
O fluído da descarga vaginal (não a lubrificação para o sexo) causa a menstruação. As descargas vaginais são altamente concentradas em hormonas, vitaminas e minerais. É uma mistura muito concentrada que equivale ao valor nutricional do sémen. Nutrição que se perde devido à leitosa descarga vaginal e é a causa para que o tecido endométrio (pele do útero) perca a vitalidade e deteore. Esta deteorização celular é conhecida como hemorragia e é comum chamá-la de menstruação. 

Nenhuma mulher tem um ciclo menstrual lunar. Mulheres esquimós mentruam num ciclo solar a cada três anos ou mais. A sua menstruação é muito leve e não este jorrar de sangue da hemorrogia  mentrual dos dias de hoje. 

Menstruação entre mulheres que seguem uma dieta natural mas não seguem práticas sexuais holíticas ocorrem sempre durante o período solar. Períodos lunares são novas ocorrências entre as mulheres. 

Menstruação lunar (o período) pode ser uma fabricação social geneticamente transmitida de geração a geração. O período lunar pode ter sido causado pelo habitual consistente e persistente sexo lunar, orgias e violação da mulher e da dieta nutricionalmente inadequada.

Bem, e vou parar por aqui. Acho que ficam com uma ideia. 









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