terça-feira, 15 de outubro de 2019

Atrações Física-químicas inexplicáveis



Há coisas que não sei explicar. São coincidências, sensações ainda por definir numa palavra apenas. 
Pelo menos que eu lembre ou conheça. Alguém mais erudito ou elucidado saberá, decerto, indicar-me que palavra isolada refere-se ao que a seguir vou descrever. Afinal, existem palavras para definir tudo nesta língua portuguesa. 


1) Quando estava a morar na outra casa, passei a frequentar um parque um pouco afastado e, mesmo antes de lá chegar, passava por uma longa rua que eu achei que tinha lindas casas, com traços antigos. Punha-me a olhar para elas, imaginando o que se terá vivido ali noutros tempos e o que era das casas agora. E como seria bom poder comprar uma casa ali, recuperá-la e viver numa delas.


Por coincidência, vim morar numa casa nessa mesma rua. 



Coincidência? 
Ou ter gostado, ter sentido uma ligação, um apreço pelo local conduziu a este desfecho?



2) Há coisa de seis meses, quando comecei a ir e regressar a pé do emprego ocasional, sempre pelo trajecto do autocarro, notei uma rua com o nome Newton. Não tinha de caminhar por ela, simplesmente reparava na placa com a indicação e punha-me a imaginar o que estaria por ali. Achei curioso existir uma rua «Newton» no meio de outros nomes que nunca me chamaram a atenção. Associo o nome "Newton" ao físico Isac Newton, cujas leis estudei na escola, um tanto sem grande aptidão para a disciplina. FÍSICA... (Ai,!!) As principais três leis de Newton são: O princípio da Inércia, a Força e a Acção Reacção. (Tive de ir espreitar, já não estava lembrada, eh,eh).

Por esta altura, estava muito desanimada e triste. Já não podia mais ocultar o sol com a peneira e continuar sem admitir que os colegas na casa não conversavam comigo. Além de me sugarem boas energias, desanimava-me. A nível laboral candidatava-me a tanta coisa e não havia meio de algo decolar. Senti que tudo não dava certo. Por isso roguei muito ao Universo, em estado atónito e de incompreensão, para que me fizesse o favor de colocar gente boa na minha frente! Porque merecia.

E foi então que em Julho surgiu um emprego. Ia durar apenas dois meses mas, aproveitei. Fui abordada via telefone por uma agência de recrutamento que nunca contactei a pedir trabalho. Isso surpreendeu-me. Quis saber como chegaram até mim. Mas, num mundo global onde a partilha de dados pessoais tornou-se uma banalidade, acabei por deixar passar e abracei a oferta de emprego com satisfação, gratidão e ânimo! 

Enviaram-me por texto a morada da empresa, «segue por esta rua, até ao fundo... vira à esquerda...»
Algo confuso, feito "acima do joelho"... No primeiro dia, quase me enervei, não dava com ela. Lá arrisquei procurar na esquina, ao final da rua indicada... e encontrei-a.

A empresa funcionava na rua... Já adivinharam? A rua era a Newton!


Acho tremendamente curioso que tenha sentido atracção e curiosidade por uma rua e terminar por arranjar emprego nela. Também tenho de acrescentar o parque! Passava por ele "de raspão", a caminho do tal emprego. Despertava-me muita curiosidade. Mas nunca me atrevi a aventurar-me por ele, pois não sabia ao certo onde ia dar e temi aumentar demasiado o tempo de percurso pedonal, acrescentando cansaço desnecessário aos pés e pernas. Quando descobri que o parque onde passei a ir todas as tardes à hora de almoço pela entrada a Norte era o mesmo pelo qual passava a sul, fiquei maravilhada!

Dois locais a suscitarem a minha atracção, onde acabei por ir parar por um curto período de verão. 

É como se existisse uma energia extra-celestial, de uma outra dimensão, que de vez em quando estende-nos um tapete, esperando que consigamos ler as mensagens do caminho.

Nesta rua de Newton... 
Foi onde tudo aconteceu e deixou de existir. 



A terceira lei de Newton fala de "acção-reacção": "Quando dois corpos interagem, as forças exercidas são mútuas. Se o corpo A faz uma força no corpo B, o corpo B irá fazer a mesma força, só que no sentido oposto, em A".

E sim, existiu um princípio de atracção mútua. Mas a força final foi poderosa e em sentidos opostos.


Resta-me rezar bastante para que a minha cabecinha fique mais lúcida, consiga ler entre as linhas destas súbitas mensagens e comportar-se à altura. Sinto muita curiosidade para saber qual o nome que se segue. Se terei mais alguma intuição/atracção, alguma energia especial por aí...


Qual a palavra para isto?


1 comentário:

  1. Olá. São coincidências da vida, umas boas, outras más. Mas também há quem lhe chame destino. (Não vou muito pela física, nestas coisas!). O que importa é que venham muitas e preencham esse coraçãozinho solitário de felicidade. Beij.

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