Inglaterra está a querer expulsar-me.
É impossível que em tantas tentativas para arranjar um emprego, ninguém me contacta. Isto é tão surreal que começo a acreditar em bruxaria. Há muitos anos uma sensitiva disse a um familiar que me tinha sido feito um "trabalho" muito forte e que se não se fizesse nada para o desfazer, nada em que eu me metesse, nada que eu desejasse, nada que eu perseguisse alguma vez ia dar certo. E claro, nada foi feito. Passaram-se 20 anos desde esta "previsão" e se na altura já suspeitava que algo não fluia bem, tive tempo suficiente para ter certeza.
Acreditam?
Provavelmente não...
Não acreditam. Até acontecer convosco.
Se acreditas tens de fazer alguma coisa :)
ResponderEliminarTens razão, Maria.
EliminarNão sei me mexer nessa área. Mas o cenário corresponde ao filme. Assusta. Metade da vida já foi, nem sei se merece a pena.
Olá.
ResponderEliminarNunca soube muito bem porque as pessoas hoje ainda emigram ( não é uma critica, é uma dúvida, mas claro que cada um terá as suas justificações), o certo é que já vi saírem muitos daqui, para não lavarem escadas cá e vão lavá-las para aí. A meu lema nunca foi o de emigrar, porque aqui se estiver a passar fome alguém me dará um pratito de sopa ou um abrigo, aí sem conhecer ninguém nem pertencer ao país, dificilmente mo dariam. Mas claro que cada um sabe o que é melhor para si.
Lamento que estejas sem emprego e desejo que encontres algo rápido.
r: O trabalho infantil o das publicidades e das tvs faz-me impressão, porque as crianças não têm infância, não brincam, não lêm, não conversam com outras crianças e muitas vezes, o dinheiro que ganham nunca é para elas. Quanto às dos outros países, aquelas que trabalham no duro, imensa pena delas, porque essas nem à escola vão. E sim! os nossos pais também comecaram muito cedo, eu própria aos 14 comecei e não me arrependo, não dava na escola e só me fez bem. Se aí há jovens que não querem um curso superior acho muito bem, vão trabalhar e assim poupam o dinheiro aos pais e ganham para eles :)
A zona a que me refiro é em Coimbra, claro que se formos para o Porto ou Lisboa aí nem se fala.
Mena, obrigada pela tua visita. Assim fica mais simples para mim voltar ao teu blogue, cuja leitura me agradou e gostava de continuar a espreitar.
EliminarO meu pensamento quanto à imigração é diferente. Sempre foi este: "Se é para ser explorada, então que o seja por outras pessoas noutro país, e não no meu!".
Porque DOI ainda mais, seres explorada por aquilo que te é familiar e ver a paisagem que tanto gostas tornar-se apenas em desolação.
Depois a emigração dá nova esperança. O desafio dá pica. A diferença entre ser explorada aí e aqui está no ordenado. Aqui, em seis meses tendo ganho apenas uns 800 euros, consigo pagar à mesma a renda do quarto e fazer a minha vida de supermercado, etc. Aí? Seis meses sem salário? Davam para quê?
Detesto ver a minha conta a diminuir quase para os zeros com que cheguei, mas satisfaz-me saber que ainda faltarão uns outros seis meses para correr esse risco.
Coimbra é tradição... os preços devem ir atrás. Há 20 anos entrava eu na universidade e pagava... metade. Por um quarto. E era na altura o mais caro na área. Mas também lhe digo: era a única coisa que prestava em toda a cidade. Calhei em encontrá-lo. Palmilhei toda a cidade e arredores - até me mostraram uma ruina com apenas uma lampada no teto, fora da localidade, a necessitar de uma deslocação de automóvel, mobiliário, etc, e queriam convencer-me que era 100% viável. Tudo o que era proprietário de um buraco qualquer alugava-o ilegalmente. Sem nunca declarar as rendas. A cidade inteira vivia disso. Como queria mudar de onde estava, vi tudo o que ofereciam. Ora a sanita só funcionava a balde, ou as paredes tinham humidade, ou estava tudo uma bagunça, ou metade da cozinha tinha desaparecido... até um chuveiro no meio da sala eu encontrei.
Portanto vou imaginar que pouca coisa mudou.
Nem tudo é assim tão pre-concebido quanto ao trabalho infantil. Acredito que muitos pais tem consciência que o dinheiro é dos filhos e o depositam na conta deles. Tantos pais abrem contas para os filhos e lá colocam dinheiro seu, porque não o dinheiro dos próprios? Assim quando for altura de estudar na UNIVERSIDADE e pagar as propinas, etc... metade do caminho fica facilitado. Nem todo o adulto é aproveitador de criancinha. No início talvez - cheguei a trabalhar temporariamente em castings e o primeiro que fiz foi para crianças e adolescentes. Vi MUITO PAI a insistir com os filhos para dizerem as falas e as crianças nem aí... Os pais não sabiam falar com eles e todos repetiam esta mesma frase: "Ela/e sabe, hoje é que está assim, envergonhada". Entre muitos aparecia sempre aquela criança "especial", com uma energia própria, com gosto por aquilo.
beijinhos
PS: Ah, e eram mais as agencias a tirarem proveito dos sonhos dos pais em verem os filhos a aparecer. Tinham de pagar cotas,inscrição, portfólio fotográfico,etc. As agencias aceitavam todos. Money is money. Poucas eram selectivas e honestas.
EliminarE no final, quem era escolhido para o papel era sempre o que tinha cunha ou aquele que tinha o índice de atracção física superior. Independente do talento de outro sobressair mais. CUNHA!! Sempre a mesma coisa... Tanto trabalho, dias a fazer castings, e era tudo para o boneco, porque a responsavel já tinha uma recomendação de uma conhecida de uma amiga... que até estava nervosa e nao se saiu bem e nem era tão jovem quanto as outras... Mas ela (cunha) e o bonitão (bronco) foram os escolhidos. Para trás, ficaram alguns talentos, cuja tape de casting era por vezes visionada a correr, só porque a aparencia nao agradava. Por vezes todos eram adjectivados com "este tem cara de cavalo", "este parece um idiota" e a mais escandalosa para mim: "este é veado". (um rapaz que achei super carismático e com talento - excluido por maneirismos gays, hoje seria super aceite). Coisas assim. LINDAS de se descobrir lol.
EliminarNo credo en Bruxas, pero que las hay, las hay!
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